02/03/2015 às 09h10min - Atualizada em 02/03/2015 às 09h10min

Sabrinna Zanini

Jornalista e Assessora de Imprensa

Thiago Santos
Foto: Paulinho Rodrigues / Iluminação: Bismarck Ferreira

 Thiago Santos: Quem é o ser humano Sabrinna Zanini?

 Sabrinna Zaninni: Sou uma pessoa extremamente simples, gosto das pessoas pelo que são e nunca me importei com a posição social dos que trago para minha vida, quando eu gosto é de verdade, sou muito intensa em meus relacionamentos, me apego muito fácil as pessoas e a decepção geralmente é consequência.

 Sinto imenso prazer em ajudar, estendendo a mão a quem precisa, isso me dá sensação de dever cumprido.

 Sou vaidosa e tenho o meu lado "perua", mas danço conforme a música, pois não dá para estar sempre igual uma "Barbie", sei apreciar do simples ao sofisticado.

 A vida e minha trajetória, me ensinaram a ser cada dia mais tolerante, não guardo rancor, rapidamente esqueço as atitudes erradas das pessoas em relação a mim. Não me acho melhor que ninguém, acredito que haja espaço para todos em qualquer carreira, basta colocar em prática nossos objetivos.

 Sou uma pessoa espiritualizada, devo isso a minha mãe. Infelizmente escuto críticas sobre a minha vida e carreira, geralmente de pessoas que me acham concorrente, não me conhecem e são maledicentes, mas "graças a Deus Inveja é um sentimento que eu nunca tive", e quando percebo que algumas pessoas sentem inveja de mim, eu faço uma oração por elas e energizo a minha casa.

 Com o sofrimento e cultura, aprendi que tudo na vida é uma questão de pensamento, por isso faço dos meus os mais positivos possíveis.  

 

 Não existe idade para que nasça uma linda paixão pela arte?

 Desde os meus 5 anos de idade tive inclinações para a carreira artística, adorava dançar e cantar, passava o dia cantando e dançando em frente ao espelho, colocava fantasias de carnaval e salto da minha mãe, lembro que fazia a escova de cabelos de microfone para cantar, rsrsrsrs...

 Quando completei 7 anos tinha sempre dentro de casa, em torno de 5 a 14 amigas, eu era a RP (Relações Públicas) da minha rua. Maquiava e produzia as amigas e assim passava a tarde inteira ensinando elas a dançar, minha mãe ficava louca com a bagunça. Essa bagunça toda durou até meus 14 anos, sinto pena da minha irmã que queria estudar e não gostava de barulho, aturar isso foi complicado pra ela. 

 

 Qual foi o processo consciente entre os seus cinco anos de idade, até os quatorze, especificamente no momento em que você venceu o concurso que objetivava escolher a melhor bailarina?

 Ganhei um concurso como bailarina para entrar na banda "Novo Tempo", no Rio Grande do Sul, na época era a melhor banda de baile do estado, com apenas 14 anos, minha mãe me acompanhava e viajava junto. Foi a única que me apoiou, pois não vim de uma família de artistas, minha família é conservadora e meu pai faleceu quando eu tinha apenas 6 anos, com certeza se ele fosse vivo, para ter vindo pro Rio de Janeiro, só fugindo como a falecida Derci Gonçalvez fez, rsrsrs... 

 Quanto ao processo consciente entre meus 5 e 14 anos, simplesmente não existiu era tudo baseado no amor pela arte, no amor por estar num palco.

 Eu era uma criança grande, mas meu trabalho foi crescendo e passei a dançar em seis bandas diferentes do RS. Com 16 anos tirei minha carteira de músico, após 1 ano de curso na Universidade Federal de Santa Maria, na área de canto, que na época ficava no centro da cidade.

 Dos 14 aos 17 anos, além de estudar a minha profissão era "Cantora e bailarina". Viajei pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo com essas bandas. O Repertório era variado, pois fazia bailes de formatura à festas de reveillon, tinha de tudo, internacional, MPB, Anos 60, pagode, entre outros.    

 

 Quais pensamentos lhe vieram  ao saber que faria parte do elenco de uma minissérie? E o que sentiu ao ver sua imagem na “ telinha”?

 Na verdade foi uma participação muito pequena, mas foi maravilhoso. Fui convidada pelo empresário e assessor artístico Leandro Kochhann para gravar "O Quinto dos Infernos", em Parati no Rio de Janeiro. Fiquei uma semana gravando, na época a Natália Casassola do BBB, também participou a convide de Leandro.

 Já havia feito Cursos de interpretação com professores famosos que o Leandro levava para a cidade, pela Luzarte Escola de Atores, da sua propriedade. Fiz antes dessa minissérie curso com o diretor Miguel Rodrigues e com o ator Luiz Mello.

 Eu apareci muito pouco em cena, mas adorei, sempre gostei de aparecer, rsrsrs...acho que gostei mais da revista "TV Brasil", que saí na época e das matérias em colunas sociais da cidade. Era tudo muito recente e pequeno, mas para mim significou muito, pois foi daí que partiu a vontade de vir morar no Rio e seguir carreira.

 Cheguei na Cidade Maravilhosa com apenas 17 anos, deixei a família por um sonho, fiquei um ano sem ver ninguém, pois meu trabalho era permanente e estava terminando o terceiro ano do ensino médio, só pude voltar nas férias. A saudade era imensa, mas o amor pelo trabalho e o fato de estar num set de gravação era o meu sonho, eu transformei esse sonho em dever e honra, pois tinha que mostrar a todos que criticaram que  eu conseguiria, além de dar muito orgulho a minha mãe.

 

 Quanto lhe é prazeroso exercer  várias funções?

 Já exerci várias funções diferentes, nunca fugi do que se chama "arte", Cantar, dançar, atuar, coisas que sempre fizeram parte da minha vida. Como minha família não é uma família de artistas, como citado anteriormente, acabei fazendo tudo o que tinha vontade, e vocês sabem que quando somos muito jovens temos vontade de fazer tudo ao mesmo tempo, rsrsrsrs...talvez tenha faltado um pouco de foco, mas acredito que não, sempre fui dinâmica, não conseguiria ser de outra forma.

 Em 2002, fiquei um ano como elenco de apoio da Série "Malhação", sob a direção de Edson Spinello. Era  aluna do Múltipla Escolha, e do club de capoeira, tinha raras falas, (o que me deixava irritada, mas vamos convir que estava muito bom para quem tinha acabado de chegar do interior com um sotaque fortíssimo e totalmente "crua").

 Em 2003, fui Juliet (uma prostituta da novela Esperança), no núcleo de Reynaldo Gianichini e Gabriela Duarte, sob a direção de Luiz Fernando Carvalho.

 Na Globo passei por participações no Zorra Total, Casseta e Planeta, Os Normais e Agora Que São Elas. Tenho uma ligação forte com humor.

 Passei por 3 grandes agências de modelos do Rio: Army, 40 Graus e Mega, nas quais fiz trabalhos com moda, comerciais e catálogos. Ainda faço trabalhos do tipo, o fato de ser jornalista molda um pouco os trabalhos, mas tenho por hobby fotografar, o que me inspirou unir minha assessoria e abrir uma agência de modelos e assessoria, a "Mirror Models Assessoria".

 Nunca deixei de estudar, além de vários cursos de interpretação, fotografia e etiqueta, fiz também faculdade de Comunicação social/ Jornalismo e pós-graduação em Docência do Ensino Superior e Telejornalismo. Sou assessora de imprensa de atores famosos, cantores, músicos e modelos.

 

 Qual a importância de uma assessora em relação a carreira do contratante?

 O Assessor de Imprensa é um jornalista, responsável por divulgar tudo que seja coerente e importante sobre o artista.

 O assessor possui um mailing de emails de mídia e acesso a canais de comunicação para onde envia o material com release sobre o artista, a tarefa do assessor é divulgar o artista na mídia, além de em muitas ocasiões acompanha-lo e fazer a cobertura de eventos.

 Muitos assessorados infelizmente confundem o assessor com agente: "O agente consegue trabalhos e o assessor consegue mídia, para que surjam trabalhos".

 O artista que não possui um assessor de imprensa, terá menos mídia, menos visibilidade e dificilmente será lembrado, até mesmo os mais famosos.

 O Assessor de Imprensa é de extrema importância na vida de um artista.

 

 Sendo proprietária de uma agência para modelos, qual o seu diferencial?

 Gostei da pergunta, de extrema importância. Eu fundei a "Mirror Models Assessoria", é uma agência de modelos e assessoria, que trabalha os modelos na mídia, pois os assessorados são divulgados para que surjam trabalhos e não ficam apenas esperando os testes acontecerem para aparecer. Ser notado é de suma importância para os artistas em geral, e depois de ganhar visibilidade os trabalhos começam a surgir automaticamente.

 O meu projeto, que já está em prática é criar oportunidades para os meus modelos e artistas em geral, não pedindo exclusividade, para que eles possam abrir horizontes, chegarem a fama e ganhar dinheiro de fato.

 "Não sou uma pessoa egoísta, não quero ninguém preso a mim por obrigação e sim por acharem que sou indispensável".   

 

 Sei do seu interesse quanto ao bem estar do próximo, diante disso qual a sua opinião em relação aos projetos sociais?

 Eu sempre fui uma pessoa consciente em relação a pobreza, nasci numa família de classe média, tinha amiguinhas mais humildes, minha mãe e avó sempre me ensinaram a ajudar ao próximo, sempre doei minhas roupas e sapatos, nunca fui do tipo de pessoa que fica guardando com pena de doar, pelo contrário, tenho que me controlar, pois se deixar doo até a roupa do corpo, rsrsrs...

 Quando era criança cortava o cabelo e raspava a cabeça de crianças carentes, que tinham "piolhos", quando via tinham várias pessoas apertando a campainha para que eu cortasse os cabelos, nessa época eu tinha uns 13 anos. Minha mãe ficava louca, rsrsrs,,,

 Acho ridículo aquele tipo de artista que não se importa com as crianças carentes e quando chega o final do ano, próximo ao Natal, vão fazer fotinhos em lares de menores abandonados, somente com o intuito de aparecer.

 Acredito que dentro das minhas condições sociais eu colaboro sim. Divulgo trabalhos beneficentes, doo roupas no sinal. Quem sabe com o tempo consiga realizar um projeto social relevante, esse é um grande sonho.

 Acho que a diferença está nos pequenos gestos, o pouco as vezes é muito, se todo mundo resolvesse ajudar, praticando o desapego, faria grande diferença.

 Ex: Minha filha Luana, com 8 anos resolveu cortar o cabelo para doar ao banco de perucas, seu cabelo comprido foi parar no queixo, isso por iniciativa própria. Esse tipo de amor e sentimento é algo muito particular, tem que surgir de cada um ou trabalhar essa conscientização dentro de si próprio.

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Tenho tantos projetos, mas no momento prefiro apenas citar os que estou desenvolvendo que é assessoria de imprensa de artistas famosos, entre eles o ator Kadu Moliterno e o pianista e fadista internacional Mario Moita.

 A Mirror Models Assessoria, os trabalhos relativos a ela que variam entre moda e televisão. A revista Styllus, na qual sou Dir. Comercial no Rio de Janeiro, jornalista e colunista.

 As festas de lançamento das capas da revista Styllus, que eu produzo. O desfile que estou produzindo, parceria da Mirror Models com a revista Styllus.

 A minha parceria com a Tríplice Modelos e Atores no Rio Grande do Sul, onde tenho mais de 40 assessorados. e a minha "querida coluna na Gazeta da Semana", que além de me dar espaço para divulgar eventos e trabalhos dos meus assessorados, publico meus polêmicos textos críticos, que adoro.

 Para finalizar, quero lembrar a todos que a minha coleção de biquínis SZanini (by Sabrinna Zanini), está exposta nos hotéis Golden Tulip Continental e Golden Tulip Regente, ambos em Copacabana- Rio de Janeiro, na famosa boutique da empresária Cristina Marins, durante todo o mês de fevereiro. 

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