28/01/2015 às 12h05min - Atualizada em 28/01/2015 às 12h05min

Mauro Bonfim

Ator

Thiago Santos

 Thiago Santos: Quem é o ser humano Mauro Bonfim?

 Mauro Bonfim: Um ser tranquilo, às vezes acho que até demais(risos). Sobre tudo humilde e que gosta de ajudar no que for preciso. E que sem dúvida passou a amar a arte de uma forma muito intensa.

 

 Sua entrada no mundo artístico tem toda uma narrativa interessante?!

 Acho que o amor a arte começou de uma forma inusitada até. Estava eu num belo dia em meados de 2005, passeando pela cidade de Franco da Rocha, e me deparei com uma faixa na parede da biblioteca convidando a fazer um oficina de teatro pela prefeitura, a principio decidi fazer teatro somente para perder a timidez, eu era absurdamente tímido. E foi onde tudo começou e me apaixonei perdidamente pelo teatro e estou nessa busca até hoje.

 

 Gosto de saber sobre os sentimentos que tomam as pessoas nos momentos de maiores importâncias para elas! Como foi a sua primeira aula?

 Bem... Minha primeira aula foi um tanto nervosa, afinal nunca tinha tido contato com a arte e estar num palco, fazer exercícios, trabalhar emoção. Foi um misto de sensações como nervosismo, alegria e acima de tudo um grande desafio.

 

 Como é para você o processo de iniciação de uma produção e por fim ver seu personagem sendo aplaudido?

 Até hoje, todos os personagens que fiz foram grandes desafios. Creio que todo personagem desde o mais simples até o mais complexo exigem muito trabalho e estudo. E olha que já fiz muitos personagens. Palhaço, Noivo, Policial, Amigo, Marionete, Padre, etc...

 Tenho em minha carreira de estudos no teatro a média de 10 espetáculos, um dos personagens que mais me marcou foi o Sr. Smith da peça "A cantora careca" de Eugene Ionesco (Recomendo que leiam), eu adoro teatro do absurdo e foi um personagem que adorei fazer e que trouxe grande alegria.

 Um texto de 1948, mas com assunto tão atual. A peça é caracterizada pelo surrealismo verbal, dentro de um cotidiano de burguesia em decadência na Inglaterra. A obra procura ilustrar o absurdo da existência humana de forma cômica, assim como o distanciamento e a frieza na comunicação entre as pessoas.

 Todos personagens tiveram sua importância mas esse foi um dos que mais me marcou.

 E percorrer o caminho da criação até a concepção com espetáculo pronto e aplausos do público, é uma sensação indescritível, que só quem vive sabe com exatidão o que estou descrevendo.

 

 Me parece que sua carreira alcançou novos ares graças a um conselho?

 Sim. Como comentei, comecei no teatro em 2005 e meu primeiro professor foi André Arruda, excelente professor de teatro e grandessíssimo poeta. Fiz oficina com ele durante aproximadamente 3 anos e uma participação no ano seguinte. E eu disse que gostaria de continuar fazendo teatro, ele me disse, lembro como se fosse hoje as palavras que me proferiu:  " Ano que vem não quero ver você mais aqui, você gosta muito de teatro eu percebi, está na hora de alçar novos voos".. Então segui seu conselho e fui em busca de um curso mais profissionalizante.

 

 Um personagem vivido até o exato momento que o fez sentir-se inspirado para o todo de sua carreira?

 Na verdade não tem um personagem que me inspirou na carreira, acho que o que mais inspirou foi o incentivo e os excelentes professores que tive o prazer de ter em minha vida.

 

 Como foi estagiar na função de Assistente de Direção?

 Estagiar como Assistente de direção foi sensacional. Quando fui alçar novos voos e busquei um outro curso  profissionalizante, tive a oportunidade de conhecer uma escola que me deu essa oportunidade de ser assistente e ver como é outro lado e confesso que gosto mais da direção do que atuação... rs.

 Estudei nessa escola até o 4º módulo e então pedi a coordenação que me permitisse fazer um estágio como assistente de direção e como disse tive professores excelentes em minha vida e dessa vez foi o Professor Fabio Montino, que me concedeu essa oportunidade e sou imensamente grato a ele também. Além da assistência eu também fazia a iluminação do espetáculo.

 

 Além de atuar, você também escreve poesias?

 Sim. Curioso esse fato também de escrever.

 Essa escola profissionalizante que estudei até o 4º módulo tem módulos intensos e dentro da grade curricular dos módulos fazemos de tudo um pouco. Atuamos, escrevemos, cuidamos da luz, do figurino, cenário,  dividimos as tarefas nos exercícios e foi onde comecei a escrever as primeiras cenas. Confesso que eu era péssimo em escrita, mas fui desenvolvendo essa habilidade e hoje gosto muito. De 2 anos pra cá comecei a escrever esquetes, e poemas. Meus poemas falam do cotidiano, de amores e desamores, revolta, política, de tudo um pouco. Um misto de sensações vividas e sentidas.

 

 O que é ser ator?

 Ser ator é simplesmente demais. Você viver histórias e personagens totalmente opostos de sua vida, não tem preço. Uma experiência única. Uma palavra pra ser ator é "GRATIFICANTE".

 

 Peccatum?

 Peccatum foi a peça mais recente em que fiz estágio como assistente de direção no final de 2014. Foi uma peça muito bacana de se montar, eram 4 esquetes e notamos que elas de alguma forma falavam de algum tipo de pecado, então o grupo decidiu colocar esse nome e soou muito bem. E uma das esquetes o professor/diretor me permitiu praticamente dirigir quase que sozinho, fiquei muito feliz. Experiência mais que sensacional. Foi nos estágios de direção em que percebi que gosto mais de orientar/dirigir do que realmente atuar. E que quero seguir esse caminho de orientador, professor ou diretor.

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Atualmente eu faço curso Técnico em Arte Dramática pelo SENAC, no qual me formo em Outubro. Pretendo ainda nesse ano de 2015 lançar meu livro de poesias, já tenho poesias suficiente pro primeiro volume e estou a procura de patrocínio e editora. Quero também fazer um curso de direção e de roteiro, pois estou adorando escrever. E tenho o sonho de fazer uma faculdade relacionado a arte...

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