Thiago Santos: Quem é o ser humano Guilherme Sousa?
Gui Sousa: Posso dizer que é um ser de bem com a vida, um alguém que faz todos ao seu redor rir, mesmo nas dificuldades e nos momentos bem difíceis está com um sorriso estampado no rosto... Uma pessoa que respira e ama a arte, e faz dela o seu refúgio, seu ponto de paz.
Tendo como inspiração o passado. Fale-nos o real significado da arte segundo o seu coração!
Arte é algo incrivelmente espetacular, é manifestação de emoção e ideias que desperta o interesse no espectador e a curiosidade de apreciar.
Consegue trazer a tona os sentimentos que lhe vieram em seu primeiro contato com o teatro?
Meu primeiro contato de fato com o teatro foi atuando, então o primeiro sentimento após entrar no palco foi pânico, tinha muito medo de fazer errado, de esquecer o que tinha que fazer, então eu tremia todo e fiquei assim até o final da apresentação, assim que eu entrei no camarim, veio a gratidão e a emoção de ter atuado, de ter dado o primeiro passo para muitas outras apresentações. Ainda hoje tenho esses sentimentos (risos).
Seu primeiro personagem foi um “Mendigo”! Quais lições para o todo de sua vida este momento lhe proporcionou?
Ao passar pela experiência de atuar com o personagem sendo um mendigo, a lição que levei foi de não reclamar da vida, pois tem gente que não come, não tem um abrigo para se aquecer no frio e não fica reclamando o quanto que aqueles que têm reclamam. Então no momento que fazia as cenas, me vinha a realidade dos moradores de rua.
Anos mais tarde você se viu com a responsabilidade de escrever uma peça teatral?!
Não foi algo grande e não foi somente eu. Era semana do folclore e todas as séries tinham que mostrar um trabalho e eu participei junto com uma turma da criação de um roteiro para uma peça escolar de no máximo 15 minutos onde tínhamos que falar sobre as cantigas (cirandas). Mas foi legal participar da criação e da apresentação, passamos por poucas e boas, pois era para vários jovens e muitos deles não se importavam para essas coisas, então ficam conversando, gritando, insultando aqueles que conheciam, mas no final deu tudo certo e foi maravilho. Foi mais conhecimento e experiência.
Num momento de sua vida houve um grande conselho por parte de um amigo?
Sim, na verdade foi de um colega, eu estava louco atrás de cursos de teatro para fazer, só que aparecia cursos pagos e, eu e minha mãe não tínhamos condições financeiras para efetuar o pagamento das mensalidades, pois não eram nada barato, então já estava prestes a dar uma pausa nessas pesquisas e foi quando um colega, que também fazia, disse que tinha um programa nas bibliotecas municipais, o teatro vocacional, então fui atrás de uma biblioteca próxima da minha residência e comecei a fazer o vocacional. Por isso digo, nunca desista, pois Deus, sempre irá abrir uma porta para você.
Peter Pan do Futuro?
Sim, foi uma peça que eu participei que foi bolada no teatro vocacional. Ela contava a história do Peter Pan, muitos anos depois que a Wendy, deixou a terra do nunca, quando ele chega ao quarto que pertencia a Wendy, encontra os netos dela e os leva para a terra do nunca e acontece uma nova aventura, contra a filha do capitão gancho e sua trupe, traições e um tom de comédia. Foi maravilhoso participar. Antes de pertencer ao elenco, participei de vários encontros, porém, começou a apertar o horário, então não estava conseguindo ir aos encontros, e devido a isso, fiquei uns 3 a 4 meses sem ir, ai os outros integrantes do vocacional bolaram roteiro, cenas, bolaram nome e finalmente a peça estava criada, dois meses antes da apresentação eu voltei lá para poder ver o pessoal, e vi como estava, foi quando surgiu a ideia de poder voltar e integrar esse elenco novamente, foi quando criaram de ultima hora um personagem, e pude então participar da peça.
Sempre quis saber até que ponto um personagem consegue fazer parte da vida do artista!
O personagem faz parte da vida do artista, a partir do momento em que o artista começa a estudar a vida do mesmo. Antes de começarmos a ensaiar, temos que saber tudo sobre nosso personagem, porque as reações e ações que vão ser expostas na hora da atuação é fruto do que você estudou, então é nesse momento que o personagem faz parte da vida do ator. Tem momentos que chegamos a fazer comparações com as pessoas que passam por nós todos os dias, nesse ponto você percebe como você já cria o personagem antes mesmo de se tornar ele, e depois que começamos a vivenciar um, os que já se passaram viram marca em nós.
Porque a “mãe arte” se sentiria orgulhosa em relação a sua pessoa?
Não sei se já cheguei ao ponto de fazer a “mãe arte” se sentir orgulhosa, pois estou no começo, mas pretendo continuar nos caminhos das artes e fazê-la ter tais sentimentos para comigo.
Peccatum?
Foi uma das peças que participe a partir do curso que estou fazendo. Deus, mostra para o diabo sua criação, o homem, enquanto o diabo mostra os 7 pecados capitais, e como isso pode destruir a grande criação divina. No meio de todo esse enredo tinha peças de grandes dramaturgos. Foi uma satisfação enorme participar desse elenco e trabalhar com grandes atores.
Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!
Bom, vou começar o curso superior de administração, pois enquanto não vivo de teatro preciso viver de alguma maneira, então a administração vai me ajudar nesse ponto (risos). Também irei continuar meu curso de teatro... Tudo indica que farei parte do elenco de uma peça, provavelmente no meio do ano!
No momento estou iniciando uma Cia de Teatro com alguns amigos, estamos no processo de criação do nome, espaço para os ensaios, entre outros assuntos a serem discutidos para o inicio desse projeto e assim que terminar a graduação de administração e meu curso de teatro, pretendo cursar o superior de artes cênicas. Esses são meus planos. Mas temos que esperar os planos de Deus!
