21/08/2015 às 11h45min - Atualizada em 21/08/2015 às 11h45min

Giulia Paim

Escritora

Thiago Santos

 Quem é o ser humano Giulia Paim?

 Guilia Paim: O ser humano Giulia Paim é acima de tudo uma menina. Não no sentido de gênero, mas no de ser para sempre jovem de coração. Apesar de ter 19 anos e não ser mais criança, eu sonho acordada todos os dias, gosto de criar um mundo só meu, acredito que, de alguma forma, existe magia no mundo e ainda estou descobrindo de fato quem eu sou. Desde pequena gosto de criar histórias, inventar mundos e pessoas, até mesmo antes de saber o que era escrever! E esse sentimento não mudou, pelo contrário, só fica cada dia mais forte. Sinto que me expresso melhor pela escrita do que falando por ser tímida, mas pelo menos consigo esconder isso bem, hehe!

 

 Giulia?

 Uma das grandes paixões que eu tenho é fazer as pessoas rirem. Por isso gosto tanto de escrever comédias. Mas também gosto de trazer ao leitor uma variedade de emoções, por isso não me limito a apenas um gênero. Saber por um leitor que uma de minhas histórias o tocou de alguma maneira (seja por fazendo-o rir demais ou fazendo-o chorar) me deixa extremamente feliz, e orgulhosa de mim mesma por ter feito um bom trabalho. Em relação ao mundo artístico, acho a música uma fundamental e diária fonte de inspiração, não conseguiria viver sem escutar música. Filmes dos mais variados gêneros também me inspiram - principalmente meu gênero favorito: musicais! -, pois quando vejo um personagem que eu gosto, que eu simpatizo, sempre tento colocar um pouquinho dele em algum personagem que eu possa criar no futuro.

 

 Apaixonada pela cultura oriental?

 Completamente apaixonada! Desde música folclórica até quadrinhos japoneses! Tanto é que meu livro originalmente se chamava “Tokyo Boys”, pois a história se passava no Japão. Meus personagens são bastante caricatos, algo que tirei dos personagens dos mangás e animes, que também são assim. Também sou louca por K-Pop (pop coreano), admito! Admiro tanto o lado tradicional quanto o lado moderno dessa cultura tão rica e diferente.

 

 Uma geek nata?

 Com certeza! Não vivo sem meus livros, filmes, séries e quadrinhos. Se não fossem por eles, jamais teria tido a inspiração e o fôlego para escrever meu livro. São deles que tiro a maioria das minhas referências. Além disso, estou conectada na rede 25 horas por dia, haha!

 

 Em que momento de sua vida um “livro”  se apresentou expressando o quanto seria prazeroso para ambos a criação de laços?

 Quando tive contato pela primeira vez com os livros do Sítio do Picapau Amarelo, do Monteiro Lobato, que minha avó tinha em casa, e com “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, que minha mãe lia para mim antes de dormir. Devia ter uns 6 anos. Comecei a ganhar um gosto pelas histórias tão grande que, quando terminei, queria ler mais e mais, descobrir todos os mundos que ficavam escondidos por trás das páginas!

 

 Na fase da adolescência já lhe era conhecido o mundo da escrita?

 Sim! Na adolescência gostava de escrever fanfics (histórias criadas por fãs com personagens de livros, filmes, séries - e no meu caso, mangás e animes- que já existem) e publicá-las online. A partir dessas fanfics que comecei a escrever histórias de minha própria autoria. Comecei o rascunho de “Boston Boys” com 14 anos, em 2010. Escrevia na escola  e passava para minhas amigas, que liam e comentavam, me estimulando a escrever cada vez mais. Em 2013, com 17 anos, iniciei minha carreira no mercado literário ao publicar um conto na antologia “Amores Impossíveis”, chamado “Coração Prematuro”.

 

 Hotel 636?

 É um dos contos que criei na adolescência. Originalmente era uma fanfic, mas transformei-o em uma história com meus próprios personagens, mudando os originais. Foi uma das primeiras comédias que escrevi, e tive uma aceitação muito boa na época! Por isso tenho um carinho enorme por essa história e resolvi reescrevê-la. Hoje ela está disponível no meu site: http://giuliapaim.com.br/#contos

 

 O que implicou na escolha de uma escrita tendo seu nome como autora isso com base na experiência anterior onde eram muitos autores no todo de uma obra literária?

 Desde criança queria ser escritora, e quando cresci, descobri que isso era difícil, mas não impossível. O livro de contos foi bom para uma primeira experiência no mercado literário, e como a aceitação foi boa, continuei e segui em frente com meu sonho,mas meu objetivo desde o início sempre foi ter uma carreira solo.

 

 Nos fale o que sentiu em relação ao processo de escrita desde as primeiras palavras até o momento do lançamento.

 Sempre senti um carinho enorme por essa história. Desde o início, quando veio a primeira inspiração, até escrever a primeira palavra, até o ponto final. Os personagens se tornaram parte de mim. Volta e meia me pego em situações da minha própria vida e penso: “O que será que meus personagens fariam?”. Foi uma jornada de 4 anos escrevendo a história até o momento que a publiquei, por isso criei um vínculo com ela como jamais havia criado com qualquer história minha. E isso ainda vai continuar por bastante tempo, pois pretendo fazer mais 2 ou 3 livros dessa série!

 

 A personagem Ronnie Adams encara quais realidades e estas se assemelham de que forma num comparativo ao mundo real?

 Ela encara a realidade do “por trás das câmeras” de uma banda famosa que tem seu próprio programa de TV. Ela convive diariamente com o outro lado, aquele que normalmente os famosos não mostram. Ela tem a oportunidade de conhecer o lado humano dos meninos, o lado que foge dos holofotes e flashes diários, vê seus defeitos e qualidades sem nenhuma máscara. Esse é o grande diferencial do livro, e o que o aproxima da vida real. Todos temos uma visão idealizada de pessoas famosas, e as vezes esquecemos que, antes da fama, do sucesso e do glamour, eles são humanos, que cometem erros, que são imperfeitos. Além do mais, Ronnie vive a época da adolescência, um período de confusão, drama, autoconhecimento e momentos marcantes que todos nós já passamos ou passaremos.

 

 O objetivo em sua obra “Boston Boys” é?

 Quero mostrar meu potencial criativo e conseguir cativar pessoas do Brasil inteiro. Mostrar que é possível sim, uma menina brasileira, de apenas 19 anos, ter seu espaço conquistado no mercado literário. Quero divertir e emocionar meus leitores, e saber que minha obra conseguiu, de alguma maneira, mudar suas vidas.

 

 Sua graça também participou de um grande evento, esse responsável pelo enaltecimento e divulgação da arte contida na leitura e escrita?

 Participei dos seguintes eventos literários:LiteraCaxias, na Biblioteca Municipal de Caxias-RJ, na Feira Literária de Olaria, na Semana do Livro Nacional em São Gonçalo, na Feira Literária de Porto Alegre e estarei na Bienal do Livro esse ano! Nesses eventos eu conto minha experiência de ser uma escritora nova, e como me identifico tanto com meu público, que, afinal, tem idade bem próxima de mim. Em cada um desses eventos pude conhecer leitores novos e antigos, que são sempre muito queridos e animados com o livro! Os eventos são uma ótima oportunidade de escritores nacionais, que muitas vezes não têm seu devido espaço nas livrarias ou editoras, de divulgarem suas obras e mostrarem que tem muito potencial.

 

 Nos fale dos seus projetos atuais e futuros!

 Atualmente estou na reta final da continuação de “Boston Boys”! Pretendo lançá-la no início do ano que vem, e fazer mais 2 ou 3 livros para a série! Tenho outros projetos de livros paralelos também, então quem sabe, em breve podemos ter histórias novas sendo lançadas!

 

 Para finalizar, se importa em expressar palavras que se tornem sinônimo de inspiração para o amigo leitor que também deseja viver em prol da arte? E também uma frase que seja capaz de descrever o que você sente por fazer algo que muito ama?

 O que eu tenho a dizer a vocês é: realizem seus sonhos. Quem acha que brasileiro e jovem não gosta de ler, não sabe de nada! O mercado literário está cada vez mais receptivo a novos talentos, e se foi possível que tudo isso acontecesse para mim, definitivamente é possível também para vocês! Nunca se deixem convencer de que não são bons o suficiente, ou que não vão conseguir chegar onde querem. Corram atrás, façam acontecer! O céu é o limite! E o que eu sinto por ser uma escritora, é orgulho de mim mesma e amor. Façam tudo sempre com amor. Faz diferença.

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