13/08/2015 às 10h04min - Atualizada em 13/08/2015 às 10h04min

Fernanda Sanches

Atriz

Thiago Santos

Thiago Santos: Quem é o ser humano Fernanda Sanches?

Fernanda Sanches: O ser humano Fernanda Sanches é uma mulher curiosa, com alma de criança, que se interessa por muitas coisas ao mesmo tempo, que tem sede de aprender e que fascina pela alma humana em todos seus aspectos, em especial pela fragilidade e inocência...

 

 O primeiro momento em que se deu conta quanto a sua paixão pela arte da interpretação?

 Meu desejo de ser atriz vem desde criança, então não consigo me lembrar ao certo quando isso começou dentro de mim... só me lembro que queria ser muitas coisas ao mesmo tempo, quando me perguntavam sobre “o que ser quando crescer”. Eu queria ser de astronauta a presidenta, passando por professora e dançarina, não conseguia me decidir... queria viver todas a vidas em uma só, e acho que foi ai que percebi que poderia viver tudo isso sendo atriz.

 

 Roteiros em mãos, primeiro personagem e aí?

 Meu primeiro personagem no palco, para o publico, foi uma professora de biologia que brincava com os alunos a respeito de sexualidade, quebrando o tabu do tema, em uma peça sobre jovens e os anos 60. Eu tinha 13 anos. Foi muito difícil fazer isso pra mim. Eu só conseguia pensar que minha família estaria na primeira fileira, como eu iria ter coragem de falar a palavra tesão? Foi  difícil e eu suei frio na estreia. Engraçado lembrar disso, pois hoje em dia se tem uma coisa que não sinto é pudor de assuntos polêmicos ou vergonha de nudez em cena. Pelo contrario, acho lindo.

 

 Como se sente numa nova apresentação teatral tendo no histórico mais de 20 apresentações?

 Vinte apresentações não, mais de 20 espetáculos, e cada um tem bem mais que uma única apresentação, em média fiquei uns 6 meses em cartaz com cada, umas mais, outras menos... mas voltando a pergunta, me sinto com o mesmo frio da barriga como se fosse a primeira vez. E sempre será, pois cada apresentação realmente é única,  isso que é mágico em nossa profissão!

 

 Do teatro para a “telinha” implicou em quais emoções?

 Na verdade meu primeiro trabalho profissional foi na TV, era uma série piloto do SBT que ia passar no Domingo Legal e chamava “Família Pimenta”. Eu estava com uns 16 anos, e era a única “laranja”, como eles me chamavam! Isso sim foi tenso e emocionante!!! Mas pra mim foi a realização de um sonho, atuar na TV e voltar pra casa com um cheque assinado!

 

 Um prêmio de melhor atriz reflete quais sentimentos em relação aos muitos esforços feitos no passado e para com as conquistas desejadas quanto ao futuro?

 Bem, esse espetáculo onde eu ganhei esse prêmio foi a peça que eu me formei profissionalmente, então era um prêmio “famoso” na minha escola, a Fundação das  Artes de São Caetano do Sul, minha cidade. O prêmio levava em conta o desenvolvimento do melhor aluno ao longo do curso como um todo e também pela atuação na peça final... Me senti bem merecedora, pra falar a verdade, pois sempre fui “cdf”, rs, e criei um personagem muito difícil exatamente para me arriscar. Foi muito especial isso pra mim.

 

 Sua graça promove a difusão do folclore brasileiro e cantigas de roda através de eventos artísticos para público infantil?

 Desde criança gosto de criança! É realmente um dom que tenho, o de lidar com crianças, parece que tenho um imã que as atrai, além de minha paixão por elas! Com isso, desenvolvi muitos trabalhos para o público infantil, desde recreadora, contadora de histórias, cantora, atriz, diretora de espetáculos e eventos, etc.. E nesse trabalho, sempre foquei minha pesquisa nos jogos colaborativos, como as brincadeiras de roda e no folclore brasileiro, que são temas que tenho um prazer incrível em pesquisar, pois sou completamente apaixonada pela cultura popular brasileira, que considero uma de nossas maiores riquezas!

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Bem, continuo sempre aberta para todos os tipos de trabalho como atriz: seja publicidade, teatro, TV, cinema, locução, dublagem, inclusive apresentadora e mestre de cerimônias. Tenho prazer em trabalhar com e para o público, em conhecer propostas, processos, lugares e pessoas diferentes.

 Atualmente estou dando aula de teatro para adolescentes em uma ONG muito interessante com o foco artístico-social; finalizando um documentário que dirigi chamado “Outra Dança”; captando patrocinio para um espetáculo infantil que quero dirigir; iniciando uma banda - pois descobri há pouco tempo o prazer que amo cantar! E em breve vou atuar em uma peça de minha autoria! E quero mais, sou agitada!

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