07/08/2015 às 10h14min - Atualizada em 07/08/2015 às 10h14min

Gabriela Cardial

Escritora

Thiago Santos

 Thiago Santos: Quem é o ser humano Gabriela Cardial?

 Gabriela Cardial: Acho que uma sonhadora acima de tudo, tendo em vista carreira, vida pessoal, ou qualquer coisa que possa pensar. Ainda sou nova, então tenho uma vida inteira pela frente, por isso às vezes me embolo com tantas ideias e vontades que surgem na minha cabeça. Creio que tenho que aprender a entender o que posso realmente fazer e o que só ficará na imaginação. É difícil, mas acaba sendo preciso.

 

 Gabriela?

 Louca por séries, livros, comics, filmes e cultura japonesa em geral. E por Paramore!(melhor banda que existe, na minha humilde opinião). Apesar de ter dezoito anos, às vezes penso que minha idade mental diminui para doze quando estou com minhas amigas.

 Amo passar meu tempo dentro de casa - seja escrevendo ou deitada na cama olhando para o teto -, por isso alguns me consideram uma velha no corpo de uma "criança". Só são precisos um livro e uma barra de chocolate para deixar meu dia completo. 

 Sempre que possível faço uma maratona de filmes(normalmente Harry Potter) com meus primos e irmã, e costumamos assistir a séries juntos.

 Sinceramente, é preciso muito pouco para me fazer feliz.

 

 Todo escritor um dia se deleitou no exercício da leitura. Recorda o primeiro livro lido e como lhe foi importante?

 Nossa, nunca canso de lembrar!(risos) Tinha por volta dos treze anos quando pedi meu primeiro livro de Dia das Crianças. Sussurro, da autora Becca Fitzpatrick. Foi a primeira vez que li um livro sem ter sido obrigada. Lembro de ter terminado em dois dias, foi uma experiência tão boa. Acho que nunca conseguirei esquecer.

 De lá para cá, fico cada vez mais encantada pela quantidade que parece infinita de histórias e autores maravilhosos como a Becca que existem por aí. Não importa o gênero. Se a história me agradar, vou acabar lendo.

 

 Um sonho já tomava o todo de seu ser?

 Desde pequena sabia que não havia lugar para mim senão na área de Letras. Meu único problema era pensar que só poderia ser professora, e isso eu não queria, mesmo tendo minha mãe e minhas duas tias como exemplo.

 Quando entrei no ensino médio e me deparei com o vestibular, comecei a pesquisar o que, dentro de Letras, me agradaria. Então encontrei a Tradução.

 Começo a faculdade em uma semana, mas não preciso de quatro anos para saber que é isso que quero fazer pelo resto da minha vida. É meu sonho e nada pode mudar isso.

 

 Logo seu pensar foi tomado de uma descoberta?

 No começo do ano, já tinha começado a escrever um outro livro com meus primos. Começamos despretensiosamente e eu acabei me divertindo demais com aquilo. Infelizmente tivemos que dar uma parada e eu estava sentindo muita falta disso.

 No meio do ano, fiquei muito sobrecarregada e estressada, porque queria focar no vestibular e no terceiro ano do colégio. Em determinado momento adoeci e precisei passar um pouco mais de uma semana em casa, então me veio a ideia.

 Já tinha discutido com minhas amigas sobre a possibilidade e percebi que precisava de um tempo de todo aquele estudo. Precisava de algo para arejar a cabeça e aliviar as minhas preocupações. Foi então que comecei a escrever.

 

 Tomada a decisão. Qual foi o passo seguinte?

 Comecei a discutir as ideias com as minhas amigas e colocá-las no papel. Ou melhor, no computador. Agora que estou na faculdade, acho que posso falar sem minha mãe me repreender: durante as aulas de Física eu preferia ficar escrevendo a prestar atenção(risos).

 A cada capítulo terminado, enviava o texto para duas das minhas melhores amigas, que são apaixonadas por livros assim como eu. Como elas gostaram do que viram, decidi continuar... E o resultado é Insight.

 

 Imagino que nos primeiros rascunhos o pensar comum de que não seria possível ser criado uma história também lhe veio?

 Sinceramente, às vezes. Porém, na maior parte do tempo, as ideias vinham tão facilmente que eu já tinha mais ou menos rascunhado na cabeça começo, meio e fim do livro. A criação em si foi super tranquila, mas o que mais me preocupava - e continua preocupando - é o que os leitores vão pensar.

 

 Também imagino que na criação do primeiro trecho em teor qualitativo se tornou mais do que inspiração para que assim, seguisse nesta carreira?

 Sim, com certeza. Assim que terminei Insight, comecei o esboço de um novo livro. O que me deixa feliz é o fato da minha escrita estar melhorando, e quero que a cada dia seja um passo à frente.

 

 Insight?

 Um romance leve e divertido. Não quero falar muito, porque com certeza acabarei soltando um spoiler ou outro, então prefiro só dizer isto. Mas uma coisinha bem importante: espero que os leitores passem boas horas na companhia dele.

 

 Como surgiu a ideia?

 Olha, nem eu sei direito(risos). O começo da história, a ideia superficial, é inspirada no que eu penso do meu futuro. É meu sonho morar em São Francisco, minhas melhores amigas e eu com uma editora, e, como dito nas primeiras perguntas, também sonho em ser tradutora.

 Foi a base da minha história e o decorrer da narrativa simplesmente veio. Não entendo como nem porquê, só sei que deu certo.

 

 O que você pode adiantar ao amigo leitor?

 Hum... muitas risadas. Pelo menos eu dei enquanto lia, mas isso soa um pouco suspeito, não acha?

 Como falei lá em cima: se eu falar demais vou acabar soltando spoiler, e sei que vocês vão querer me matar caso isso aconteça. Então, como eu gosto de viver, deixo só isso para vocês.

 

 Nos fale dos seus projetos atuais e futuros!

 Passei sete meses em casa esperando a faculdade começar, então o que não me faltou foi inspiração para novas histórias!(risos). As ideias foram tantas que criei esboço para três livros. Um deles quase finalizei, mas decidi reescrevê-lo e estou novamente no processo de criação. Quem sabe vocês o conheçam em 2016!

 Adiantando: é um romance sobrenatural com uma pitada de suspense. Talvez uma duologia ou trilogia, dependerá do que minha cabecinha pensar.

 

 Para finalizar, se importa em expressar palavras que se tornem sinônimo de inspiração para o amigo leitor que também deseja viver em prol da arte? E também uma frase que seja capaz de descrever o que você sente por fazer algo que muito ama?

 Olha, não importa o que digam, nunca desistam de um sonho. A vida é feita de pessoas com gostos diferentes, e pode ter certeza que no meio das 7 bilhões espalhadas pelo planeta, uma boa porcentagem vai gostar do que você criou. Críticas são importantes, mas só as construtivas. Elas nos fazem avaliar nossos erros e crescer tanto como pessoa quanto como autor(a). Não deem bola para os haters, porque sempre haverão e pensar em ofensas é perda de tempo.

 Se recusarem seu trabalho, continue tentando. Eu mesma fiquei pensativa por causa disso incontáveis vezes, mas então eu parava e pensava na J.K.Rowling. Sem querer me comparar a ela, porque é impossível chegar aos pés da deusa, mas ela foi recusada por tantas editoras que deve ter perdido a conta... E olhem onde ela chegou. Se ela conseguiu, por que não nós?

 Para acabar, porque já devem estar cansados do meu blá-blá-blá, espero que gostem de Insight. Ao escrever, em primeiro lugar quis agradar a mim, minha família e amigos, e consegui isso, mas acho que escrever um livro vai muito além disso. É uma sensação ótima estar feliz com seu trabalho, mas quero que leiam Insight e fiquem felizes, deem boas risadas. Se eu conseguir isso de um de vocês já estou feliz.

 Beijinhos e até a próxima, foi um prazer passar esse tempo com vocês!

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