03/08/2015 às 14h12min - Atualizada em 03/08/2015 às 14h12min

Bárbara Danielli

Atriz

Thiago Santos

 Thiago Santos: Quem é o ser humano Bárbara Danielli?

 Bárbara Danielli: Bárbara Danielli, antes de tudo, é uma mulher que preza muito pela família. Uma pessoa amiga, que se preocupa, como uma “mãe”. Gosta de boas risadas, aventureira, daquela que topa tudo, mas também muito profissional e essa é a sua prioridade antes de qualquer coisa. De personalidade forte e muito transparente. Uma pessoa humana, disposta sempre a ajudar ao próximo dentro do seu alcance.

 

 Bárbara?

 Uma pessoa apaixonada pela arte! Que realmente ama o que faz e, quando faz, se entrega por inteiro, de corpo e alma, sem medo, sem pudores. Nunca tive dúvidas do que eu queria ser, acho que nasci com alma de artista. Busco sempre minha evolução profissional, sempre buscando aprimoramentos e tentando cada vez mais ser uma “artista completa”.  E digo mais, não seria tão feliz e realizada se fizesse outra coisa, ser artista é prazeroso demais.

 

 E à arte lhe foi irresistível. Recorda o momento que o sim, diante o convite feito por ela bradou em seu coração?

 Difícil falar de um só momento, nossa vida é tão cheia de surpresas e convites. Mas em 2013, estava em um espetáculo e tive a honra de conhecer Dimas Oliveira Junior, um grande diretor e hoje também, um grande amigo que me apresentou um mundo “novo” o qual me apaixonei: grandes artistas da era da Rádio Nacional. E em 2014, veio o convite de fazer o meu primeiro projeto como protagonista de interpretar a grandiosa atriz e cantora de rádio Heloisa Helena. Foi maravilhosa a experiência, e me rendeu grandes frutos, como o curta fez parte do “Projeto Memórias – Velhos Nomes, Novos Talentos” , fui contemplada com prêmio de Atriz Revelação e Melhor Filme. Mas além dos prêmios, fui premiada com algo muito maior: descobri que interpretar “época” é algo que realmente me realiza.

 

 Sábio é aquele que se entrega aos estudos qualificadores no quesito escolha. E você seguiu este caminho tão precioso?

 Bem, como disse, nunca me imaginei fazendo outra coisa, desde sempre sabia que minha realização seria ser atriz. E parece que estava escrito, pois no ano que prestei vestibular, abriu o curso de Artes Cênicas na Universidade Federal de Santa Catarina, não pensei duas vezes, quando veio o resultado foi uma alegria única! E foi durante a faculdade que, devido a alguns projetos, surgiu uma paixão pela produção artística também, e a partir dai comecei a desenvolver também essa área. Sempre soube que quando acabasse a faculdade, eu me mudaria pra São Paulo, nunca tive duvidas disso, mas não posso negar que só em pensar na saudade, principalmente da família, dava um aperto. E assim aconteceu, terminei minha faculdade e vim pra São Paulo e aqui sempre venho buscando aprimoramentos. Já fiz cursos de cinema, TV, dança, dublagem, produção e atualmente estou cursando Naturalidade para TV e Cinema na Oficina de Artes RosinaPagan.

 

 E seu estado natal lhe trouxe ótimos momentos e creio terem sido de grande importância para o segmento de sua carreira?

 Bom, no meu estado natal foi onde tudo começou sim. Desde muito pequena, sempre fiz cursos voltados à arte. Mas foi durante a faculdade que tudo se tornou mais profissional, participei da minha primeira Companhia de Teatro como produtora e como atriz (Companhia Latino Americana Chama), desenvolvi estágio na área artística dentro da Secretaria de Cultura e Arte da Universidade, participei de um grande Festival de Teatro de Animação, Chamado FITAFloripa, durante dois anos consecutivos, além de todas as vivências da faculdade que realmente nos fazem viver como artistas.

 

 O ano de 2012 lhe proporcionou um ótimo momento?

 2012 foi um ano muito marcante pra mim, pois foi o ano da minha chegada em São Paulo.  Eu não conhecia nada, não conhecia ninguém. Tive que ter muita garra e coragem no início, dava a “cara a tapa” mesmo e foi assim, que fiquei sabendo de um teste para a Ópera “Crepúsculo dos Deuses”, direção de André Heller, no Teatro Municipal de São Paulo e pensei: “bem, o não eu já tenho, não custa tentar”. E fui, fiz o teste e fui aprovada. Pra mim, tudo aquilo era coisa de outro mundo, nunca imaginei trabalhar naquele lugar, lembro como se fosse hoje a emoção que senti quando pisei naquele teatro, além de ter conhecido pessoas maravilhosas e muitas se tornaram grandes amigos.

 

 Como foi estrear no gênero comédia?

 Sempre tive muito apego ao drama sabe, mas hoje vejo que não era exatamente isso e sim, que “é muito mais fácil fazer os outros chorarem do que rirem”, fazer comedia é um grande desafio e não é nada fácil. Acho que este foi o espetáculo que eu ensaiei em tempo recorde, foi tudo em menos de 10 dias. Tudo já começou de uma forma muito estranha, de “um cachorro quente” (risos). Isso foi ano passado, 2014, ia acontecer uma semana de Artes na Oficina de Artes RosinaPagan e eu queria apresentar algo mas não tinha pensado em nada, ai em um domingo a noite, eu tinha ido na Oficina para assistir um filme e  resolvi fazer um cachorro quente, nisso eu e o diretor estávamos conversando, quando eu entrei no assunto: Dimas, eu queria fazer algo nessa semana de Artes, mas não pensei em nada, então fazer por fazer também não adianta. Ai, ele disse que também queria que eu fizesse algo junto a outro ator o Jefferson Mascarenhas, ele ate citou um texto de drama que ele queria mas não tinha encontrado , então disse que ia pensar. Nisso, fui para a cozinha enquanto o Dimas ficou no computador, de repente, comecei a ouvir gargalhadas incontroláveis e fui até ele. Ele encontrou um site com peças e começou a ler e disse: achei o texto pra vocês, vou mandar mensagem pro Jefferson e amanha vocês começam a ensaiar. Fiquei surpresa claro, mas foi delicioso, tivemos uns 4 ensaios apenas, mas tudo ocorreu conforme o planejado. E ainda, como presente, consegui o contato com o dramaturgo do texto Ruy Jobim Neto que fez questão de estar presente na estreia para nos prestigiar. Assim surgiu a adaptação de “Dois Para o Saguão”, com direção de Dimas Oliveira Junior, minha primeira comédia.

 

 Do palco para a TV?

 Acredito que para nós atores, não importa onde, o que importa é passar a arte. Na televisão, fiz algumas dramatizações tanto na Record quanto no SBT e fiz também alguns comercias. Além de participar de alguns curtas, vídeos institucionais, corporativos, mas nesse caso, foram vídeos para a internet.

 

 Trabalhos de época?

 Bom, essa paixão, como disse anteriormente, surgiu quando conheci o Diretor Dimas Oliveira Junior, especialista em documentários de Época. Junto a ele, tive a honra de participar de muitos projetos, tanto como atriz principal, coadjuvante e até apresentadora. Alguns deles: Curta Francisco Alves – o rei da voz (2014), Curta Dulcina de Moraes (2014), Curta Heloisa Helena – Um samba na vida (2014), Curta Elvira Pagã – Minha Garota Favorita (2015), Curta Linda Batista – A Estrela do Brasil (2015) e, ainda em processo de filmagens, o Longa Metragem “Dora”.

 

 O quepersonagem Heloisa Helena proporcionou para a atriz Bárbara Danielli?

 Interpretar Heloisa Helena foi um marco muito especial na minha carreira, como disse, em 2014, fui premiada na 1ª Mostra do Projeto Memórias Velhos Nomes, Novos Talentos com o título de “Melhor Filme” e de “Atriz Revelação”. Além disso, Heloisa teve uma carreira artística e uma mensagem de vida lindíssimas, a qual me inspiro como atriz. Além de uma grande artista, foi uma mulher de visão e encaminhou grandes nomes para a televisão brasileira e, um desses nomes é a renomada atriz Arlete Salles, que tive a honra de conhecer e entrevistar, e quando falamos que se tratava de Heloisa Helena, nos recebeu muito bem. Fiz questão de entregar um DVD do curta para ela, que assistiu com maior prazer e ainda me enviou uma mensagem “rasgando elogios”, esse reconhecimento foi único.

 

 Recentemente sua graça deu mais um passo importante em sua carreira?

 Sim, recentemente recebi o convite do personal trainer e produtor do canal Lewh Sports: Leandro Araújo, para apresentar um programa no Youtube que aborda segmentos do Handebol Brasileiro. No programa, falamos sobre o esporte além de receber grandes personalidades dentro do Handebol (atletas, presidentes de confederações, ligas, entre outros).

 

 Se importa em expressar palavras que se tornem sinônimo de inspiração para o amigo leitor que também deseja viver em prol da arte? E também uma frase que seja capaz de descrever o que você sente por fazer algo que muito ama?

 Para viver em prol da arte não basta apenas querer, acho que você tem que realmente amar o que faz, sem criar barreiras. O caminho não é fácil, mas também ninguém disse que seria, mas quando existe amor, não existem “trancos nem barrancos” que te façam desistir. O que eu posso dizer é isso, e claro: se você tem um sonho, não deixe ninguém destruí-lo, acredite, este é o primeiro passo para o sucesso.

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Bem, atualmente, apresento o programa no Canal Lewh Sports e recentemente recebi o convite para participar do Longa-Metragem que vai Homenagear o Centenário do Cantor Orlando Silva e mais uma vez, terei a honra de interpretar esta grande artista que tanto me inspira: Heloisa Helena.

 

 

 

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