03/04/2015 às 10h28min - Atualizada em 03/04/2015 às 10h28min

M.Pattal

"Aquilo que você mais valoriza será perdido até que aquilo que você perdeu seja mais valorizado." A Promessa

Thiago Santos

 Quem é o ser humano M. Pattal?

 Uma pessoa que acredita que o acesso democrático ao conhecimento precisa ser garantido a todos, pois conhecimento usado para o bem da humanidade pode transformar o mundo em um lugar melhor para se viver. Não concluí minha Faculdade de Pedagogia, mas o tempo em que a cursei, sempre acreditei nesta visão. Quando nossos olhos são abertos para uma verdade, novas possibilidades surgem e crescemos como seres humanos.

 

 O que influenciou na escolha em relação ao pseudônimo “M.Pattal”?

 Pattal é meu apelido de infância, logo decidi usá-lo como nome de Escritor. Mas, pouca gente sabe (na verdade é a primeira vez que revelo) que Pattal é uma espécie de prato confeccionado com folhas de árvores no qual a população serve o alimento na Índia. É mais comum no interior do país. Os Indianos se alimentam nesses pratos sem talhares, usando apenas as mãos. De certa forma, quando estamos lendo um livro, também estamos nos alimentando com as mãos. Daí nasceu o meu lema: “Boa Leitura: Alimento para a Alma”.

 

 

 De que forma aquele “garotinho” com apenas nove anos de idade se apaixonou pela literatura?

 Tudo começou com a abertura de uma Biblioteca na Escola onde eu estudava. Ao tomar conhecimento da Série Vaga-Lume, achei um título interessante: “O Rapto do Menino de Ouro”, de Marcos Rey. O mistério que envolvia a obra me fisgou de imediato. Logo, tornei-me fã do autor e do estilo e iniciei a leitura de outros autores da série.

 O estilo investigativo, com boas doses de mistério, terminou por me influenciar nas leituras ao longo dos anos, bem como no meu estilo como escritor.

 

 

 Quando se deu conta de que tinha capacidade para criar uma história por meio da escrita?

 Só me dei conta disso quando terminei de escrever meu primeiro Romance e o apresentei a amigos e familiares. Apesar de serem suspeitos (risos), demonstraram sinceridade dizendo que eu tinha uma boa história nas mãos.

 

 

 Nos fale o que sentiu ao ter seu primeiro livro em mãos!

 Foi muito emocionante. Sendo um leitor voraz ao longo dos anos, nunca consegui me ver do outro lado, como Escritor. Ao sentir um exemplar nas mãos foi como se eu tivesse gerado um filho. Foi exatamente isso que eu disse quando tive o livro nas mãos: “Saindo da ‘Maternidade’. Meu bebê nasceu!”.

 

 

 

 

 O conteúdo de seu livro visa ser mais um, entre os muitos “canais lapidadores” que objetivam cooperar na formação do caráter de nossa juventude?

 Sim. Acredito que vivemos em uma época onde o acesso facilitado à informação tem gerado, além de benefícios, muita confusão também. São diversas as fontes desta informação e, ao mesmo tempo, o senso crítico e a filtragem muitas vezes não são realizados. Haja vista o compartilhamento de conteúdo nas Redes Sociais sem a devida confirmação de veracidade. Valores, tais como amor, respeito ao próximo, limites, honestidade, importância da família, em muitos casos, tornaram-se secundários. Viso em minhas obras, dialogar com a juventude esses valores, mas sem criticar ou julgar. Quero levá-los à reflexão sobre assuntos como namoro, relacionamento com os pais, crises existenciais e fé. Todo Escritor precisa ter uma responsabilidade social e tenho procurado exercê-la através de minhas histórias.

 

 

 Como se sente ao saber que sua escrita já faz parte de um todo, qualificativo em relação à história da humanidade?

 O título de minha obra nos traz um tema inerente ao ser humano, A Promessa. Quantas promessas já foram feitas pela humanidade ao longo dos anos? Praticamente todos já fizemos alguma promessa, pelo menos em algum momento da vida. Cumprir promessas está relacionado ao caráter, ao fato de manter a nossa palavra e assumir compromissos. Daqui a cem anos é certo que não estarei mais aqui, no entanto, os seres humanos ainda estarão fazendo e recebendo promessas entre si. Se cumprirão ou esperarão firmemente, já é uma outra história. De forma que, tratar deste e de outros assuntos do cotidiano humano, é muito prazeroso, pois sinto estar contribuindo para a reflexão sobre as relações interpessoais.

 

 

 O quanto se é pedagógico ao se deparar com uma outra cultura?

 Trinta por cento do livro “A Promessa” se passa em Nova York. Estive na cidade em 2011 quando aproveitei para visitar uma tia que na época morava em Long Branch, cidade que também cito no livro; o pai da Protagonista, Polly, mora nesta cidade. Esse episódio contribuiu para agregar conteúdo ao enredo da obra. Nada mais recompensador do que você visitar uma cidade, seja ela qual for, e ter a possibilidade de contar as experiências no local em sua obra. É lógico que nem sempre temos a possibilidade de fazer isso, mas quando acontece é maravilhoso. Enquanto você escreve, as lembranças inundam a sua mente e tornam a história ainda mais crível e próxima do leitor. Sem falar na possibilidade de transmitir conhecimento cultural àqueles que estão lendo. Essa, inclusive, é uma de minhas preocupações enquanto Escritor; gosto de enriquecer culturalmente os meus leitores.

 

 

 Você também é formado em Teologia!

 Sim. Mas não me considero um Teólogo religioso. Acredito numa

Teologia que aproxime o homem de Deus e Deus dos homens. Que traga Deus para o nosso cotidiano, sem impor uma religião, mas incentivando um relacionamento pessoal com o Criador. Quando faço alguma referência a Deus em minhas obras, sempre é sob a perspectiva da fé e não da religião; sem preconceitos, discriminações, julgamentos ou tentativas de proselitismo.

 

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 A Série Promessas contará com cinco livros, dos quais três já estão finalizados e o segundo deverá ser publicado ainda este ano. Lançamento previsto para a Bienal do RJ em Setembro deste ano. Pretendo escrever o quarto livro da Série ainda em 2015. Em paralelo, estou me aventurando em um outro estilo, a Fantasia. Estou terminando o primeiro livro do que será, provavelmente, uma Trilogia. Ainda sem nome definido.

 

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