23/03/2015 às 10h16min - Atualizada em 23/03/2015 às 10h16min

Nalin Junior

Felizes serão todos aqueles que deixarem o comodismo de lado. Rendendo-se então para às “ chamas “ de seus sonhos....

Thiago Santos
Thiago Santos

 Quem é o ser humano Nalin Junior?

 Sou um cara “ pé no chão “, buscando sempre as coisas concretas e seguras. Sempre procurei ser muito ético, justo e coerente com tudo que faço. Gosto muito de lidar com pessoas, fazer o bem e ajudar de alguma forma... às vezes um pouco mais firme, mas sempre com muito carinho e atenção, hoje me permito sonhar um pouco mais, acreditar em algo não tão palpável, e com muita luta e suor, tenho trilhado meu caminho, sem atrapalhar o de ninguém.

 

 

 

 De garoto tímido a dançarino de Lambaerobica?

 Hahaha! É pra você ver, com meus 15 anos quando comecei a me envolver com esse mundo das artes, foi na Lambaerobica que iniciei minha vida no palco, com o grande Prof. Neto que hoje é um querido amigo; a principio o objetivo era o de poder ficar perto dos amigos e não virar um bicho do mato! Eu até era sociável, mas nunca gostei de estar em evidencia, sempre fiquei mais na minha, tanto é que nas aulas, sempre ficava lá no fundão para ninguém me ver, e com o passar do tempo fui fazendo mais amizades, pegando gosto e indo lá para frente até descobrir que estava em casa ( Rs ), depois de um ano já estava dando aula no próprio grupo e também em eventos, arenas e associações, tudo pela prefeitura de Santos. Em paralelo a isso comecei a buscar novos estilos de dança, como Dança de Salão, Forro Universitário e outros com isso, passei também a ministrar aulas de Dança de Salão, com grupos de, 3º Idade e deficientes mentais, o que foi de grande valor para mim!

 

 

 

 

 

 

 O quanto para você foi pedagógico ao se deparar com pessoas da melhor idade e também com os que sofrem em meio à deficiência mental, agindo como verdadeiros heróis no ato da superação?

 Exatamente a partir desse ponto, entendi realmente a importância do caminho que tinha escolhido, foi uma das melhores experiências da minha vida poder fazer parte, mesmo que por algumas horas, da vida dessas pessoas que tem tanto a dizer e a ensinar, cada gesto de carinho, cada sorriso me fez aprender, e respeitar ainda mais as diferenças, sejam elas quais forem. Na questão da deficiência mental, acho que a superação, tem que vir também das pessoas que se dizem “normais”, superação em relação ao pré-conceito e, também quanto a questão do pré-julgamento.

 

 

 

 

 

 Busque sempre o que te faz feliz?

 Sempre ouvi em casa que se você faz algo que te faz bem, te faz feliz, te dá prazer, se faz com mais empenho, amor e muito mais vontade. Com isso seu rendimento é maior e você acaba atraindo boas energias (acredito em energias). Sentia-me feliz estando no palco e fui atrás disso!

 

 

 

 

 

 

 Sou admirador da palavra volver. Já que ela indica a capacidade humana em relação há um novo começo. E foi exatamente isso que você viveu!

 Quando tomei a decisão de largar tudo, foi meio que um “ tiro no escuro “, não sabia ao certo o que aconteceria, mas tinha muita vontade e curiosidade de saber como era atuar de verdade! No começo fiquei com um pouco de medo, pois iria viver numa cidade à qual me era desconhecida, e ainda sozinho. Mas arisquei permitindo então que a curiosidade quanto ás muitas e novas possibilidades predominassem, e fui... Confesso que no começo havia um pouco daquela vontade ( fantasiosa ) de ser reconhecido na rua pelo fato de ser um ator. Coisas de quem não sabe nada sobre as muitas realidades, tratando-se das dificuldades e desafios existentes nesta profissão. Porém, aos poucos fui me apaixonando pelo que realmente, à arte representa e principalmente pelo teatro, logo esse “reconhecimento” (superficial) já não me era necessário, graças a isso, deixei de lado esse desejo fútil e sem lógica! O que me era interessante naquele momento, estava no ato de sempre buscar fazer um ótimo trabalho e assim ter o “reconhecimento” profissional de verdade.

 

 

 

 O que sentiu ao pisar pela primeira vez no palco?

 A primeira vez mesmo foi no ensaio, lá era tudo muito novo e desconhecido, não tinha ideia do que faria ou sentiria quando a cortina abrisse, mas estava achando tudo o máximo “feliz” por estar pisando ali!

 Já na estreia, desculpa a palavra, mas senti um “ cagaço enoooorme “... rss , medo de errar tudo, de esquecer falas, do publico não gostar, mas depois da primeira fala acho que tudo se encaixou, as atenções redobradas e o publico já não me julgava mais, continuei tenso, mas isso não me prejudicou não!

 

 

 

 

 

 

 Houve em especial algum  personagem que o fez compreender terem sido corretas as decisões que trouxeram você até aqui?

 Tem sim, montei o musical ” Godspell” que conta a historia do evangelho segundo São Matheus, onde interpretei João Batista e Judas, esses personagens me trouxeram uma visão mais geral do que o teatro e a arte podem fazer com as pessoas, publico e atores, falávamos de amizade, honestidade, igualdade, irmandade, amor, felicidade, e éramos mesmo como se fossemos irmãos e amigos de longa data. Fantástico é olhar em direção ao publico e perceber a emoção, atenção e compreensão do que estávamos falando e mostrando para eles e ai está o poder da arte, poder fazer com que uma pessoa possa parar a sua vida por algumas horas e prestar atenção em algo que você tem a falar e ainda sair pensando e se questionando com tudo aquilo que viu, isso sim é mágico, e também, uma grande responsabilidade para o ator.

 

 

 

 

 

 Qual conexão pode haver entre o ator e palco?

 O Palco a meu ver é um lugar diferente da realidade e ao mesmo tempo, muito próximo, mas diferente. Nele, vidas se transformam e são contadas de mil formas diferentes, através de um instrumento que pode ser, tanto amado quanto odiado, “O Ator”. Nele, todos os sentimentos são permitidos, o palco é lugar em que o ator expõe sua arte, sua essência, e se não existir essa conexão de vidas, e possibilidades entre ator e palco, não se torna real em quanto a cortina estiver aberta.

 

 

 

 O quanto é importante há prática da busca pelo conhecido em relação à arte da interpretação?

O estudo é fundamental para essa profissão, ler bastante é um dos melhores caminhos para o aperfeiçoamento, é importante também o estudos de métodos, historia, e tudo que possa acrescentar em sua busca. Um ator nunca será completo se, limitar seu conhecimento. Gosto de pensar que cada passo que dou na rua ou em qualquer lugar, existe algo novo a se perceber, como uma conversa entre duas pessoas, um caminhar diferente, um espirro, um abraço, um sorriso, uma ajuda, tudo a sua volta te ensina alguma coisa, basta abrir os olhos e perceber. Para criar um personagem, por exemplo, precisamos nos apropriar dos mínimos detalhes para essa construção... Não preciso ser medico para fazer uma “cirurgia” em cena, mas preciso no mínimo saber como me portar em uma cirurgia. Para tal, a melhor forma será analisar, pesquisar e estudar muito sobre o assunto.Claro que essa construção posteriormente pode ser desconstruída, depende da proposta !

 

 

 

 

 

 

 O Rei e a Coroa Enfeitiçada?

 O Rei e a Coroa Enfeitiçada é uma peça Infantil escrita por Rogerio Falabella e direção de Cynthia e Débora Falabella, produção da Mesa2 Produções, na qual faço parte do elenco. A peça conta a história do reino da “ Felizlândia “  que é governado por Nicolau I, um rei honesto e de bom coração, que faz questão de viver com simplicidade e só pensa no bem-estar de seu povo. Nicolau I e sua esposa Margarida têm uma linda filha, Irene, que herdará o trono quando atingir a maioridade. Aos 17 anos, Irene namora seu professor de equitação, Augusto Valente, um jovem plebeu sério, astuto e trabalhador.

 Adorado pelos súditos e reverenciado por outros governantes, que veem nele um exemplo a ser seguido, Nicolau I tem um grande sonho: proporcionar uma vida cada vez melhor a todos os habitantes do reino. Por isso, está empenhado em investir na educação e na saúde de seu povo. Mas seu invejoso irmão, o duque de Urticária, tem outros planos. Estávamos em cartaz em São Paulo de Agosto de 2014 até de Fevereiro de 2015, e agora vamos começar a viajar apresentando em algumas unidades do Sesc e também do Sesi!

 

 

 

 

 

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Atualmente estou viajando com a peça infantil “O Rei e a Coroa Enfeitiçada” por todo o estado de São Paulo. E a programação será até o final deste ano.

 Sou Professor na escola CN Artes da Cininha de Paula, no curso de interpretação para câmera e teatro para crianças de 5 a 9 anos.

 Estou em processo de ensaio de um  musical Infantil chamado  “João e Maria” – Produção 4Fun, com estreia em agosto de 2015 no teatro ViradaLata.

 Para o futuro, tenho alguns projetos em andamento que serão efetivados á partir do segundo semestre, masssss farei certo suspense ( rs ). Em breve, novidades surgirão!

 

 

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