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“A Liga” retornou à boa fase na Rede Bandeirantes. A atração encontrou um caminho sem o líder Rafinha Bastos.
Na última terça-feira (12/06), o programa retratou a Parada Gay que agitou as ruas de São Paulo. A cobertura de grande parte dos programas de entretenimento e jornalísticos da TV brasileira sobre a festividade, há muitos anos, foca em imagens de drag queens e travestis. Porém, “A Liga” exibiu outros ângulos do evento. Não só a “purpurina”. O jornalístico flagrou cenas de sexo em público que ocorreram na Praça da República e uso de drogas. Pessoas alcoolizadas desmaiadas pelo asfalto também ganharam espaço na atração da Band. O deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) foi utilizado como contraponto. Ele representa um setor da sociedade brasileira (por incrível que pareça). “O Estado quer incentivar o homossexualismo”, bradou o político. A Parada, de certa forma, virou uma espécie de Carnaval fora de época e perdeu o caráter de militância política em prol de direitos para a comunidade LGBT.
Em outras edições, a pauta "falta de moradia" recebeu uma discussão. Débora Vilalba e Cazé Peçanha viveram os dilemas dos sem-teto. O ex-apresentador da MTV mostrou o dia a dia de um acampamento. Já Débora foi até a Favela da Prainha e conviveu com todo o drama dos “moradores” que enfrentam os trens, de um lado, e maré alta, de outro.
Lobão viveu seu melhor momento no programa dedicado a pessoas que enfrentam transtornos mentais. O músico passou 24 horas em uma clínica. Mostrou o dia a dia desses pacientes. Passou emoção ao telespectador. Apesar disso, a saída do cantor do programa é benéfica. O ângulo retratado por Lobão era semelhante ao do Cazé. Sophia Reis é outra que abandonou recentemente a atração. A saída da jovem não será tão traumática quanto a saída de Rafinha.
“A Liga” cresceu exatamente na edição concentrada em Cazé e Débora. Esse é o caminho a ser seguido. O telespectador agradece.
Fabio Maksymczuk
