DivulgaçãoEm um mundo repleto de desafios e demandas incessantes, muitas vezes esquecemos de um aspecto fundamental de nossa existência: a capacidade de receber amor. Sob o título intrigante "Você Consegue Receber Amor?" A psicóloga e terapeuta Solange Gomes, mestra em psicologia e terapia familiar, vai ajudar você a mergulhar em uma jornada de reflexão e descoberta sobre essa essência humana tão profunda.
O amor, em suas diversas formas e expressões, é o tecido que une nossas experiências e dá significado à nossa jornada. No entanto, ao longo do caminho, podemos nos encontrar diante de barreiras invisíveis que nos impedem de verdadeiramente acolher esse presente precioso.
As raízes desse dilema podem ser encontradas em nossa história pessoal. Experiências passadas de rejeição, traumas emocionais e padrões de relacionamento disfuncionais podem criar um véu que obscurece nossa capacidade de receber e reconhecer o amor ao nosso redor.
Bert Hellinger, além de terapeuta, foi o criador das Constelações Familiares (ou Constelação Sistêmica) e um pesquisador magnífico que conseguiu atingir uma grande percepção e sabedoria a respeito da alma humana. De acordo com seus estudos, a constelação familiar é uma ferramenta excelente para nos mostrar, na prática, o efeito das ordens do amor em nossas vidas. Por exemplo, para haver equilíbrio numa relação tem que haver troca, pois quando não há troca (entre iguais) desestabiliza-se a relação, podendo levar até ao total rompimento.
Quando gostamos de alguém temos vontade de dar ou de fazer algo para a pessoa. Quando fazemos, ficamos felizes, porque é mais uma forma de demonstrar nosso amor. Quem recebe o presente fica feliz, mas com a sensação de que deve algo. Mobilizado por essa sensação, ele quer dar algo maior em troca. Aquele que recebe ou toma, fica feliz por ter recebido algo maior, e dá novamente. Cada vez vai confiando mais nessa relação, se dando e permitindo receber mais, o que torna a relação mais profunda, próspera e rica. Quando damos algo a alguém, essa pessoa fica feliz, mas se retribui menos ou não retribui isso começa a gerar algo na pessoa que não retribuiu, muitas vezes levando a um sentimento de humilhação. Essa falta de equilíbrio entre dar e receber entre os iguais é mais frequente do que se imagina.
Mas e se pudéssemos desvendar esses mistérios e abrir as portas do nosso coração para uma experiência mais plena e gratificante? Esse convite à reflexão nos convida a explorar nossa relação conosco mesmos e com o mundo que nos cerca.
Receber amor é mais do que apenas aceitar gestos românticos ou palavras gentis. É uma jornada de autoconhecimento e autocompaixão, que nos leva a reconhecer nosso próprio valor e a nos permitir sermos amados mesmo com todas as nossas imperfeições. Como a professora Solange diz: “não ser amado pelas qualidades que temos, mas sim, apesar dos defeitos que possuímos”.
A reciprocidade desempenha um papel fundamental nesse processo. Assim como recebemos, também devemos dar, criando um ciclo virtuoso de conexão e intimidade que fortalece nossos laços afetivos e enriquece nossa experiência humana. E, ainda, já pensou que muitas vezes damos demais ao parceiro(a), além do que ele tem capacidade de retribuir? Ou ainda, que não damos a ele(a) o tempo e espaço que precisa para encontrar a forma de retribuir?
Portanto, se de um lado precisamos doar, de outro precisamos nos permitir receber. É importante fazer pelo outro, mas na medida que ele pode retribuir à altura e dar o tempo e espaço necessário para que possa fazê-lo.
Em última análise, ao nos permitirmos receber amor, não apenas nutrimos nossa própria alma, mas também contribuímos para a construção de um mundo mais compassivo e acolhedor para todos nós. Que essa jornada de autoconhecimento e amor seja o ponto de partida para uma vida mais plena e significativa.
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Instagram: @solangemesquitagomes
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Samantha di Khali Comunica
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