28/05/2024 às 17h23min - Atualizada em 29/05/2024 às 20h02min

O Crescente Perigo da Extorsão e Exploração Sexual Infantil na Era Digital.

A Dra. Karina Chernacok, avisa que a sextorsão pode ter sérios efeitos emocionais e psicológicos na vítima, incluindo vergonha, medo, depressão e ansiedade.

SAMANTHA DI KHALI
Divulgação

Todos os pais, professores, psicólogos, médicos, educadores, cuidadores e afins, precisam estar atualizados com o que está acontecendo, conhecer certos e novos crimes, bem como aprender como lidar com eles, quando acontecem, pois é de forma assustadora que estão acontecendo. E muito!. A Dra.Karina Chernacov, psicóloga especializada no tratamento de pessoas vítimas de trauma, é também mediadora familiar da suprema corte na Flórida nos Estados Unidos, explica como identificar e proceder nesses casos.

Hoje em dia, algo que merece atenção é um crime cada vez mais comum e alarmante: a sextorsão. Este crime envolve a utilização de informações, fotos e vídeos de teor sexual para chantagear a vítima, ameaçando divulgar esse conteúdo caso ela não cumpra determinadas exigências.

À medida que o cenário digital continua a se expandir, a sombra da exploração sexual infantil também cresce. A internet, embora seja uma ferramenta poderosa para educação e comunicação, tornou-se um terreno de caça para predadores que buscam explorar a inocência das crianças. Essa tendência alarmante exige um esforço conjunto de pais, forças de segurança, empresas de tecnologia e especialistas em cibersegurança para proteger nossa população mais vulnerável.

Sextorção é um tipo específico de extorsão que ameaça divulgar imagens ou vídeos sexualmente explícitos de uma pessoa, a menos que essa pessoa pague dinheiro ou forneça mais imagens ou favores sexuais. O termo é uma combinação de "sexo" e "extorsão.”Esse crime tornou-se uma ameaça significativa no mundo infantil e crescente por serem os menores de idade o alvo preferido dos predadores.

A sextorção geralmente envolve predadores coagindo vítimas, explorando sua confiança ou manipulando-as através de enganos. Uma vez obtido o material explícito, o predador inicia as ameaças. Esse ciclo de exploração coloca as vítimas em estado de medo, vergonha e confusão, dificultando ainda mais a busca por ajuda.

O criminoso pode obter as imagens ou vídeos de várias maneiras, incluindo hacking de dispositivos, falsas promessas de romance ou emprego, ou simplesmente por convencer a vítima a compartilhar conteúdo íntimo. Inicialmente eles se passam por coleguinhas da mesma idade, e se tornam íntimos das vítimas pela identificação que criam. As conversas online intensificam, e em breve a sedução já estabelecida favorece a troca de conversas íntimas e picantes. E é aí que as trocas de imagens dos tão conhecidos “nudes” começam.

Depois vêm as ameaças. Uma vez que o criminoso tem as imagens ou vídeos, ele ameaça compartilhá-los com a família, amigos, ou publicamente nas redes sociais se a vítima não cumprir suas exigências. A vítima agora já “na mão” do criminoso se sente cada vez mais encurralada, com medo e sob a ameaça de que suas fotos mais íntimas sejam vazadas pela internet, e TODO O MUNDO terá acesso a elas. Nesse momento o pânico se instala. A criança ou adolescente vira refém do celular e do abusador criminoso.
E assim começam as demandas. As exigências podem incluir dinheiro, mais imagens ou vídeos explícitos, ou outros favores sexuais.

Lembrando que a maioria dos casos são crianças e adolescentes, alvos fáceis e muito vulneráveis.

A exploração sexual infantil online atingiu níveis sem precedentes. De acordo com o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas nos EUA (NCMEC), os relatórios de exploração infantil online aumentaram drasticamente nos últimos anos. Só em 2023, a CyberTipline do NCMEC recebeu mais de 21,7 milhões de relatórios de suspeita de exploração sexual infantil. Esses relatórios incluem casos de pornografia infantil, sextorsão e tráfico sexual infantil, muitas vezes facilitados por redes sociais, aplicativos de mensagens e plataformas de jogos.

A Dra. Karina Chernacok, avisa que a sextorsão pode ter sérios efeitos emocionais e psicológicos na vítima, incluindo vergonha, medo, depressão e ansiedade. Em casos extremos, pode levar a consequências trágicas, como suicídio. Na verdade, tragicamente um terço das vítimas cometeram ou tentaram suicídio.

Em caso de criança e adolescente é primordial que os pais deem importância à comunicação aberta e frequente, coloque limites no uso dos aparelhos celulares, computadores e I-Pads, que saibam quais sites seus filhos usam, com quem conversam, quem são os seus amigos, e principalmente o que está por trás de uma mudança de comportamento brusca, como isolamento, agressividade, tristeza, ansiedade, queda no rendimento escolar e falta de desejo de estar com a família ou até mesmo com os amigos. Problemas físicos também são comuns, como perda de apetite, dormir na escola(geralmente não conseguem dormir uma noite tranquila em casa), diarréias, náuseas, ou vômitos.

Para prevenir a sextorção, é crucial ser cauteloso ao compartilhar conteúdo íntimo online, usar senhas fortes e autenticidade de dois fatores para proteger as contas, e desconfiar de pedidos de estranhos na internet. A cibersegurança desempenha um papel crucial no combate a esses crimes hediondos. Tecnologias avançadas estão sendo desenvolvidas e implantadas para detectar, relatar e remover conteúdos explícitos envolvendo menores. Ferramentas como inteligência artificial e aprendizado de máquina são usadas para escanear grandes quantidades de dados em busca de material ilícito, identificando e sinalizando ameaças em tempo real.

Se alguém for vítima de extorsão, deve denunciar imediatamente às autoridades competentes e buscar apoio psicológico e legal. Criar um ambiente mais seguro para as crianças crescerem e se desenvolverem sem medo deve ser prioridade.

*Se você quer ou precisa de informação sobre como fazer uma denuncia, como retirar vídeos, fotos ou material sexual explícito acesse o canal do youtube Karina Chernacov, ou mande um direct no instagram @Karina.chernacov, ou se preferir entre em contacto pelo email [email protected]

A Dra. Karina vai explicar passo a passo o que fazer.

 

 


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Samantha di Khali Comunica
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