27/05/2024 às 09h10min - Atualizada em 28/05/2024 às 00h02min

Pode treinar com cólica? E com gripe? Especialistas esclarecem

Enquanto alguns quadros de saúde se beneficiam das atividades físicas, outros exigem descanso

BEATRIZ AGUIAR
Créditos: reprodução

Algumas queixas são recorrentes no dia a dia, desde cólicas e gripes a ressaca e dores de cabeça e costas. Para quem está acostumado a se exercitar, ao sentir algum incômodo, a primeira dúvida é: posso continuar minha rotina? As recomendações para cada quadro variam, podendo as atividades físicas ajudarem nos sintomas ou piorarem.

Abaixo, os especialistas Camila Braido, professora de ginástica da Bio Ritmo, marca fitness high end, e Dra Joyce Ikedo e Dr Odilon Ribeiro, médicos da clínica Saludia, tiram essas dúvidas:  

 
  1. Cólica

Não há contra indicação para prática de exercícios físicos durante o período menstrual, contanto que não haja mal-estar e dores intensas. Pelo contrário: continuar com sua rotina ajuda no alívio dos sintomas, uma vez que a atividade física libera endorfina e ajuda na vasodilatação, mecanismo que leva mais nutrientes e oxigênio para o útero, contribuindo para a redução da dor. 

 

Os médicos recomendam que a intensidade seja de leve a moderada e a professora de ginástica concorda. E complementa com exercícios  indicados, como alongamento, aeróbicos que ajudam a reduzir o inchaço, como caminhada e bike, e atividades focadas na conexão corpo e mente, como ioga. 

 
  1. Dor de cabeça 

A prática regular de atividades físicas, com aumento de intensidade progressivo, pode ajudar a ganhar condicionamento e melhorar o quadro de quem sofre cronicamente com a doença. Uma pesquisa do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), que desde 2008 avalia a ocorrência e os riscos de doenças crônicas, 150 minutos de exercícios por semana podem prevenir dores de cabeça como enxaquecas. Porém, em momentos de crise, movimentos podem agravar a dor, por isso é desaconselhado.

 
  1. Dor nas costas 

Alongamentos e fortalecimento muscular ajudam a prevenir o problema, que segundo a OMS atinge 80% da população e está ligado ao sedentarismo, sobrepeso, envelhecimento e má postura. Ambos os médicos afirmam que o fortalecimento e alongamento da musculatura pode ser uma opção de tratamento eficaz em muitos casos. Porém, em momentos de crise, é sugerido repouso. 

 

Camila lista algumas atividades que podem ser incluídas nesse tratamento. “Após um diagnóstico médico, é muito importante trabalhar a região para prevenir doenças e minimizar sintomas. Alongamentos, ioga, pilates, além de treinos específicos para o core, os músculos da região central do corpo, são interessantes”. 



 
  1. Gripe

A indicação depende dos sintomas da doença. Caso esteja melhor, atividades leves a moderadas estão liberadas, como caminhadas. Os doutores Joyce e Odilon, no entanto, chamam para a respiração, que deve ser um fator de atenção na recuperação de um paciente de gripe. Quando há febre, mal-estar e/ ou dor no corpo, o melhor é repousar para poupar energia e acelerar a cura.  

 

“A recomendação seria descansar até apresentar melhora dos sintomas, e ir retomando os exercícios aos poucos e gradualmente. Por ser uma doença altamente transmissível, é importante que o paciente tente se isolar de contatos com outras pessoas o máximo possível, usando máscaras, e evitando aglomerações e ambientes fechados. Portanto, nada de visitas à academia”, colocam. 



 
  1. Ressaca

Durante a ressaca, o corpo apresenta desidratação e sintomas desagradáveis como dores de cabeça e mal-estar. Uma vez que as energias estão concentradas em eliminar as toxinas do álcool, é comum baixa disposição e concentração. A desidratação grave pode ocasionar tontura, fraqueza, desmaios e até convulsões. Sendo assim, praticar atividades físicas é desaprovado, segundo todos os especialistas. 

 

Em todos os casos é importante haver a liberação médica para o treino, mas caso o paciente esteja fazendo o uso de medicamentos, se faz necessário, uma vez que alguns remédios não combinam com atividades físicas. A professora da Bio Ritmo acrescenta que, havendo liberação, é possível continuar com a rotina e alcançar os objetivos: 


“O mais importante sempre é respeitar os limites do corpo. Quando há incômodo, dor, pare e investigue. Descanse. E ao retornar, faça aos poucos para não esgotar as energias e/ou causar um novo problema”, finaliza.  


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BEATRIZ ESTEVES DE AGUIAR
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