24/05/2024 às 17h10min - Atualizada em 24/05/2024 às 20h07min

Estudos reforçam que a iluminação pública e medidas preventivas são decisivas na segurança das mulheres

Uma iluminação eficiente nas cidades pode reduzir significativamente a ocorrência de crimes de gênero

ESTRUTURA DE COMUNICAçãO
IPMinas
Divulgação

A segurança das mulheres  é uma preocupação constante no Brasil, especialmente em áreas com iluminação pública deficiente. Para se ter ideia, no primeiro semestre de 2023, o Brasil apresentou um aumento de 2,6% nos crimes contra as mulheres em relação ao ano anterior. Os estados que apresentam os mais altos níveis de aumento deste crime, de acordo com a pesquisa "Visível e Invisível, a vitimização das mulheres no Brasil", são:  São Paulo (33,7%), Espírito Santo (20%) e Minas Gerais (11%).

O Relatório da ONU Mulheres enfatiza que a iluminação pública adequada é crucial para reduzir a violência contra as mulheres em espaços públicos. Assédio, agressões sexuais e assaltos são riscos que se intensificam em locais escuros. Para ajudar nesses casos, a IPMinas propõe uma série de orientações para mulheres que precisam se deslocar à noite.

"Nosso compromisso é continuar investindo em tecnologias inovadoras e melhorias na infraestrutura de iluminação para tornar nossas cidades mais seguras e acolhedoras. Queremos garantir que todas as mulheres possam circular livremente e com confiança, independentemente do horário", destaca Júlio Neves, gerente da IPMinas. 

Casos reais
Um estudo realizado em Nova York pelo Bureau Nacional de Pesquisa Econômica (NBER) em parceria com a polícia local revelou dados impressionantes sobre o impacto da iluminação pública na segurança. A pesquisa, que analisou o efeito do reforço da iluminação em vias públicas, constatou uma redução de 36% nos crimes noturnos nessas áreas. Em números absolutos, a criminalidade geral nos locais pesquisados caiu 4%.

Outro caso foi o identificado pela ActionAid Brasil que mostrou que Cabo de Santo Agostinho é uma das cidades brasileiras que mais sofrem por conta da iluminação pública. Para se ter ideia, 78% das entrevistadas residem em áreas com iluminação precária, o que gera insegurança e leva 70% delas a evitar sair de casa por medo de assalto ou assédio. Além disso, 73% já precisaram alterar suas rotas e 39% modificaram até mesmo o modo de se vestir para se protegerem.

DICAS DE SEGURANÇA PARA MULHERES

- Prefira rotas bem iluminadas e movimentadas: Sempre que possível, escolha caminhos com boa iluminação e fluxo de pessoas. Evite atalhos por áreas escuras e desertas.
- Compartilhe sua localização: Informe amigos ou familiares sobre seu trajeto e previsão de chegada com aplicativos de compartilhamento de localização em tempo real.
- Seja cautelosa em horários de menor movimento: Durante a noite, tente organizar-se para caminhar acompanhada. Se isso não for possível, mantenha-se atenta ao seu entorno e evite horários de pouco movimento.
- Mantenha-se atenta ao ambiente: Evite o uso de fones de ouvido ou celular que possam distraí-la enquanto caminha e mantenha-se atenta ao que acontece ao seu redor.
- Leve dispositivos de segurança pessoal: Considere portar um apito, spray de pimenta ou outro dispositivo de autodefesa. 
- Informe sobre falhas na iluminação pública: Se você notar postes de luz quebrados ou áreas mal iluminadas, notifique as autoridades locais. 
- Aprenda autodefesa: Participar de aulas de autodefesa pode aumentar sua confiança e fornecer habilidades práticas para se proteger em situações de risco.

Seguindo essas dicas, as mulheres podem minimizar os riscos e aumentar sua sensação de segurança. A iluminação pública é uma aliada importante nessa jornada, mas atitudes preventivas também são fundamentais para garantir a segurança de todas.

Sobre a IP Minas

Desde dezembro de 2019, toda gestão da iluminação pública do município de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, tem sido feita pela parceria público-privada (PPP) entre a prefeitura municipal e o consórcio IP Minas, composto pela empresa catarinense Quantum Engenharia, Seven Engenharia e pela FortNort Desenvolvimento Ambiental e Urbano. 


 

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DARIANE CARVALHO CAMPOS
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