23/05/2024 às 16h16min - Atualizada em 23/05/2024 às 20h02min

Ronco afeta quase metade da população, mas 86% nunca realizaram exame do sono

Pesquisa inédita feita pela startup SleepUp revela importância de diagnóstico e tratamento de apneia

NB PRESS COMUNICAçãO
Reprodução

Uma pesquisa inédita realizada com 2.439 pessoas, em dezembro de 2023, pela SleepUp, startup da Farma Ventures, parte do portfólio do Grupo FCJ, primeira plataforma de terapias digitais para o sono clinicamente validada e aprovada pela Anvisa, apontou que mais de 48,4% dos respondentes roncam, 37,8% não roncam e surpreendentes 13,7% não tinham certeza se roncavam ou não. Apesar do alto número de pessoas que disseram roncar, mais de 86% dos participantes nunca realizaram polissonografia – exame de referência para o diagnóstico de distúrbios do sono. 

Ainda 51% deles alegaram não precisar do exame, enquanto 35,2% reconheceram a necessidade de realizá-lo. Entre os motivos para a não realização da polissonografia estão: falta de dinheiro (42%), não saber onde realizar (31%) e falta de tempo (27%). O estudo também observou que somente 39% das pessoas que realizaram o exame não pagaram nada por ele; e o número de testes realizados pelo SUS foi substancialmente baixo, 12,5%.  

Muito além do barulho 

O ronco pode ser indicativo de problemas de saúde relacionados ao sono. O principal deles é a apneia, distúrbio que leva à interrupção do fluxo de respiração, ou até mesmo à parada completa da respiração por alguns segundos ou minutos. Segundo a ABS (Associação Brasileira do Sono), 33% da população adulta tem apneia do sono, ou seja, 1 em cada 3 pessoas. 

A doença prejudica o descanso e causa má qualidade do sono, o que pode desencadear outros problemas de saúde, como aumento de risco cardiovascular, hipertensão, arritmia, insuficiência cardíaca e diabetes. A pesquisa da SleepUp ainda evidenciou esses impactos: 36,3% dos participantes se sentem cansados ou fatigados praticamente todos os dias ao acordar e 26,2% cochilam ou já caíram no sono enquanto dirigiam. 

Diagnóstico e tratamento 

O levantamento reforça a importância de agir prontamente após o diagnóstico. Depois de realizar a polissonografia, 74,2% dos participantes iniciaram tratamento. Os dados da pesquisa indicam que 48,7% receberam tratamento com CPAP (dispositivo que ajuda a conter as interrupções respiratórias causadas pela apneia), 35,3% usaram aparelho intraoral e 22,9% foram indicados para cirurgia corretiva. Porém, 69% das pessoas que iniciaram o tratamento abortaram em menos de um ano e 34% em menos de um mês. 

"O tratamento da apneia é fundamental, pois além de reduzir os sintomas como sonolência excessiva diurna e fragmentação do sono, promove melhora significativa da qualidade de vida e diminui riscos de doenças cardiovasculares. No entanto, a adesão ainda é baixa e as causas são multifatoriais, incluindo desde a gravidade dos sintomas, a percepção do paciente sobre a doença, o gênero, a presença de sintomas depressivos e ansiosos, bem como a associação com outros distúrbios do sono, entre eles a insônia”, explica Ksdy Sousa, psicóloga do sono e parte do time da SleepUp. 


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
HERIKA MENDES GRACINDO COSTA
[email protected]


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp