23/05/2024 às 11h54min - Atualizada em 23/05/2024 às 20h02min

Deficiência de testosterona: quais as causas, sintomas e formas de prevenir

Estudo publicado neste mês na revista científica Annals of Internal Medicine relacionou a baixa de testosterona ao maior risco de morte precoce, antes dos 70 anos. Entenda

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A baixa de testosterona no corpo pode estar relacionada a um risco de morte precoce, antes dos 70 anos. É o que mostrou um estudo publicado na revista científica Annals of Internal Medicine neste mês de maio.

A pesquisa, liderada por uma equipe da Universidade da Austrália Ocidental, comparou estudos que investigaram o efeito dos níveis de testosterona na expectativa de vida de homens de diversas idades. Os cientistas analisaram mortes por qualquer causa, mas identificaram principalmente um aumento nos óbitos por consequência de doenças cardíacas entre os participantes com baixos níveis de testosterona.

Produzida nos testículos, a testosterona é o principal hormônio sexual masculino. Ela regula uma série de processos no organismo e tem ações anti-diabéticas e anti-inflamatórias.

Especialista em endocrinologia e metabolismo pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM), o médico Flavio Cadegiani explica que o nível de testosterona recomendado varia entre 300 e 900 nanogramas de testosterona por decilitro (ng/dL) de sangue.
 

"Quando há deficiência deste hormônio, a pessoa tem maior risco de problemas como doenças cardiovasculares, diabetes e sobrepeso", explica o doutor em endocrinologia clínica.

 

Causas da deficiência

De acordo com Flavio Cadegiani, as principais causas de baixa testosterona são fatores como sobrepeso/obesidade, diabetes e determinadas alterações metabólicas.

"Existem as causas centrais, que são aquelas quando ocorre uma falta de comando do cérebro para o testículo produzir o hormônio. Nós temos uma região do cérebro, o hipotálamo, que estimula a glândula hipófise. Esta, por sua vez, estimula os testículos. Então, no caso de sobrepeso, ou de uma inflamação metabólica no corpo, por exemplo, há uma queda no estímulo do hipotálamo, o que desencadeia essa deficiência de testosterona", detalha o médico.

Ainda conforme o especialista, os níveis de testosterona também podem cair em situações agudas de estresse ou doenças crônicas como um todo. "Já no caso do envelhecimento, a causa é mista: tanto por falta do estímulo do cérebro, quanto dos testículos", diz Cadegiani.

"Outro estudo recente mostrou que a queda da testosterona está mais associada às comorbidades que vão sendo desenvolvidas ao longo da idade do que a idade em si", acrescenta.

Fique atento aos sintomas

Ao contrário do que muitos podem pensar, a baixa libido não é o principal sintoma da queda de testosterona. Os principais sintomas são falta de disposição, dificuldade de pensamento e alteração de humor.

"Nestes casos, antes de fazer reposição, devemos investigar a causa, pois nem sempre é necessário repor. O paciente com obesidade, por exemplo, pode perder peso e já ver um aumento nos níveis de testosterona. Então, é preciso avaliar caso a caso", reforça o especialista.

Fazer atividade física e evitar ganho de gordura (principalmente abdominal) são ações que contribuem para o aumento de testosterona no organismo. Além disso, uma boa alimentação, com poucos carboidratos refinados (como açúcar) e baixa quantidade de gordura, também tem impacto positivo na produção desse hormônio masculino.


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ANA KAROLLINE ANSELMO RODRIGUES
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