20/05/2024 às 16h02min - Atualizada em 20/05/2024 às 20h02min

Por que algumas pessoas são superdotadas e como funciona o cérebro delas

Muitas vezes confundidos como gênios, a superdotação pode ser uma dádiva e um fardo ao mesmo tempo

ANDRé ELOI
Crédito: champpixs/iStock
 

Quando o assunto é superdotação, muitas vezes nos vêm à mente uma imagem falsamente criada através da mídia e da fantasia (como filmes, livros e séries) de uma pessoa que praticamente consegue enxergar o tecido da realidade de forma diferente, ou que números, equações e ligações entre informações simplesmente surgem na sua visão como uma forma de superpoder.

O que é superdotação?

Classificar o que é superdotação é algo difícil e subjetivo para diferentes especialistas. Existe um certo consenso entre grupos de especialistas em neurociência que dizem que indivíduos que fazem o teste de QI (Quociente de Inteligência) e pontuam acima de 140 são considerados superdotados. Já outros grupos de especialistas discordam dessa classificação por alegarem que o teste de QI possui uma gama muito estreita de habilidades testadas, como lógica, matemática, geometria e linguagem, não se tornando subjetivo face a outros espectros de habilidades, como canto, composição, pintura, inteligência corporal, música, relacionamento interpessoal, etc.

De maneira geral, uma pessoa é considerada superdotada quando apresenta uma capacidade de execução e raciocínio de uma ou mais habilidades muito acima da média que as pessoas comuns. Por exemplo, uma pessoa que consegue reproduzir uma música perfeitamente após ouví-la uma única vez pode ser considerada superdotada nessa área, mas em outras habilidades ela executa de forma ordinária como outras pessoas.

No entanto, existem algumas características que se conectam

Um fator em comum nas pessoas superdotadas é que todas elas apresentam uma capacidade de raciocínio acelerado. Por um lado, isso resulta em maior velocidade de aprendizado e de resolução de problemas, já por outro, essas pessoas mostram uma tendência maior de se sentirem entediadas, de ter pouco desafio nas tarefas do dia a dia (especialmente em crianças na fase escolar), o que pode resultar em distrações constantes e frustração.

Pelo fato de se sentirem acima da média, mesmo que inconscientemente, essas pessoas acabam desenvolvendo um senso autocrítico muito exacerbado. No entanto, esse senso autocrítico pode ser trabalhado para que atue de forma positiva para o crescimento pessoal na área profissional, acadêmica ou social.

Um ponto negativo que muitos superdotados sofrem é relacionado à capacidade de dormir; muitas dessas pessoas sentem muita dificuldade em pegar no sono pelo fato de o seu cérebro nunca desligar e estar em constante estado de agitação, o que pode levar a quadros fortes de insônia.

Pela necessidade de se sentir desafiada, a pessoa superdotada apresenta uma tendência maior a assumir riscos (embora sejam sempre riscos ponderados) na busca de satisfazer e extravasar o excesso de velocidade de pensamento, criatividade, vontade de falar ou criar. Portanto, é muito comum encontrar pessoas superdotadas em ambientes de testes, como o concurso Caixa ou outros concursos públicos, que exigem conhecimento específico e profundo de determinados assuntos.

Outro ambiente no qual a pessoa superdotada “se sente em casa” é no mundo acadêmico, especialmente quando envolve pesquisas profundas que correlacionam diferentes áreas do conhecimento; muitas vezes esses pesquisadores veem o mundo como um grande quebra-cabeças que tentam solucionar.


 

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ANDRE LUCIO ELOI DE SOUZA FILHO
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