02/10/2023 às 16h04min - Atualizada em 02/10/2023 às 20h02min

Prevenção ao suicídio conta com novos tratamentos contra a depressão

Psiquiatra especialista em casos resistentes da BV Longevity, Dra. Letícia Ruthes é quem fala sobre a conscientização contra o ato e explica sobre nova abordagem para doenças psicológicas

Isabella Sala de Andrade
Créditos: Freepik

O Brasil realiza, anualmente, o Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suícidio que começou em 2015. Durante o período, é reforçada a importância do tratamento contra a depressão e a ansiedade, doenças que podem levar ao ato, executado pelo próprio indivíduo. Entretanto, o incentivo ao debate sobre o assunto é essencial diariamente para que as pessoas peçam ajuda, caso precisem. “Apesar da campanha ser sazonal, a conscientização deve ser mantida durante o ano todo, para que as pessoas continuem buscando ajuda e se tratando com profissionais”, salienta Dra. Letícia Ruthes, psiquiatra da BV LONGEVITY, unidade conceito do Grupo Bello Vero, detentora de clínicas médicas focadas em saúde física e mental e cuidados 360º para quem busca emagrecimento, longevidade e qualidade de vida.

Publicado em julho deste ano, dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam um aumento de cerca de 11% no número de casos de suicídios no país em 2022, somando 16.262 casos. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica cerca de 80 mil mortes por ano, no mundo todo, devido à questão. Em relação à depressão, a instituição contabiliza que 322 milhões de pessoas no mundo sofrem da doença, sendo que, só no Brasil, são mais de 11 milhões de casos, que aumentaram após a pandemia da Covid-19. O país, inclusive, é o que conta com maior prevalência de depressão na América Latina.

Atualmente, existem diferentes tipos de tratamentos convencionais para a depressão e ansiedade. Entretanto, a eficácia depende do grau das doenças e do organismo de cada pessoa, que reage de forma distinta e imprevisível. Um dos tratamentos disponíveis e que é novidade mundial é a infusão de Cetamina, procedimento inovador para depressão resistente aos tratamentos convencionais, apresentando resultados efetivos, rápidos e satisfatórios em pacientes que voltam a aproveitar a vida.

“A cetamina é um anestésico que existe há mais de 60 anos. Foi desenvolvida em 1962 e é considerada extremamente segura. Estudos nos últimos anos têm indicado a substância como um fármaco muito eficiente no tratamento da depressão resistente, quando utilizada em doses muito menores do que para fim anestésico e aplicada sob supervisão médica especializada”, explica a Dra. Paula Peres, médica há mais de 12 anos que trouxe a nova abordagem para a clínica BV LONGEVITY, em São Paulo, e que acredita que a cetamina seja a esperança para muitos casos. “O tratamento reverte até 75% dos casos crônicos de depressão, sendo a nova esperança para pacientes que têm suas vidas afetadas e alteradas pela doença. Com a novidade, podemos, realmente, mudar vidas”, complementa.

 

Diferente dos antidepressivos tradicionais, que podem levar semanas ou até meses para começar a demonstrar resultados, a cetamina é administrada por via endovenosa ou nasal - em spray - e sua ação acontece em questão de horas ou dias. “Enquanto os tratamentos atuam no sistema nervoso, promovendo a normalização do fluxo de neurotransmissores, a cetamina atua diretamente no glutamato, substância que auxilia no reparo e reconstrução de circuitos cerebrais, aumentando o número de sinapses - ponto de contato entre uma célula e outra - , que são altamente danificadas em um paciente em estado depressivo”, explica Dra. Letícia.
 

Em palavras simplificadas, o tratamento produz uma ponte, que restabelece a comunicação das áreas cerebrais responsáveis pelo equilíbrio emocional, aprendizagem e memória que, quando depressivas, apresentam “mau contato” ou são quebradas durante o processo. “Os resultados podem ser percebidos já na primeira sessão, mas são recomendados, no mínimo, seis delas, com duas horas de duração cada e intervalo de sete a 10 dias entre elas. Vale ressaltar que o paciente já deve estar em uso de antidepressivos e o tratamento precisa ser encaminhado e acompanhado por um psiquiatra, já que é indicado para aqueles que estão lutando contra depressão grave e que precisam de uma intervenção imediata”, ressalta a Dra. Paula.

Além da função contra a depressão, a cetamina melhora o funcionamento cognitivo, ajudando na atenção, concentração e memória de alguns pacientes. Estudos também apontam um possível efeito neuroprotetor, que preserva as células cerebrais e as protege contra danos causados pelo estresse e inflamação, o que pode ter implicações positivas no tratamento de transtornos mentais.

 

Alguns dos sintomas comuns da depressão são: angústia, ansiedade, irritabilidade, desânimo, cansaço, diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer, desinteresse, falta de motivação, apatia, desesperança, desespero, desamparo, pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, interpretação distorcida e negativa da realidade, diminuição do desempenho sexual, perda ou aumento do apetite e do peso, insônia ou despertar matinal precoce, além de sintomas físicos e dores não justificadas por problemas médicos. “Se perceber alguém próximo ao seu convívio que apresente as condições ou se sentir dessa forma continuamente, busque ajuda médica e psicológica. Depressão é uma doença e deve ser tratada”, finaliza Dra. Letícia Ruthes.

BV Longevity
Endereço: Av. Moema, 300 - cj. 65 - Moema, São Paulo - SP, 04077-020
Contato: (11) 958460887
Site www.bvlongevity.com.br.
 


 

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