26/09/2023 às 17h08min - Atualizada em 26/09/2023 às 20h02min

“É indispensável construir políticas públicas locais que fortaleçam a economia criativa em Ribeirão Preto”, disse Maria Eugênia Biffi

Verbo Nostro
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Com apoio institucional da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, foi realizado o primeiro encontro do Projeto Economia Criativa Ribeirão, no Palácio do Rio Branco (Praça Barão do Rio Branco), no dia 13 de setembro de 2023. A palestra "Escuta: diálogo para identificação da demanda do setor criativo de Ribeirão Preto" foi conduzida pela idealizadora do projeto, a advogada Maria Eugênia Biffi, mestra em gestão de políticas públicas e professora universitária, que conversou com o público, observando as sugestões e dores da cadeia cultural da cidade. 

O objetivo do projeto é disseminar o tema da Economia Criativa como vetor de desenvolvimento no município de Ribeirão Preto. Por meio de encontros de escuta, o projeto aborda diferentes cenários da cultura e do desenvolvimento econômico e social local, levantando dados primários das dificuldades e potencialidades dos setores criativos, identificando possíveis interfaces entre as políticas municipais e o fortalecimento da economia criativa em Ribeirão Preto. O próximo encontro acontece neste sábado (30), das 10h às 12h, na Biblioteca Sinhá Junqueira (Rua Duque de Caxias, 547). A participação é aberta e gratuita.

Para a idealizadora do projeto, Maria Eugênia Biffi, a economia criativa é um dos principais elementos de desenvolvimento social, cultural e econômico da sociedade atual, sendo capaz de gerar renda, empregos, promover a diversidade cultural e o desenvolvimento humano. “Isso tudo por meio dos fazeres criativos, artísticos e culturais, impactando diretamente na rentabilidade de toda a cadeia produtiva. Por isso, é indispensável construir políticas públicas locais que fortaleçam a economia criativa em Ribeirão Preto”, comentou.

Por trabalhar mais envolvida nessa área, a advogada destacou algumas das dificuldades já identificadas. “Um grande problema para os organizadores de feiras, por exemplo, é a falta de uma política pública que atenda suas peculiaridades, pois a legislação municipal exige o cumprimento de obrigações inalcançáveis ao setor, o que torna o processo de execução das feiras muito mais difícil, principalmente porque muitas pessoas, inclusive agentes políticos e funcionários públicos, ainda não compreendem a dinâmica das feiras que fomentam os pequenos produtores da Economia Criativa local”, explicou.

Para facilitar a compreensão sobre o conceito, a palestrante mostrou que a economia criativa está vinculada à duas dimensões: a simbólica e a econômica. A primeira, segundo ela, trata das habilidades, capacidades e criatividade do indivíduo na produção do fazer artístico cultural, como artes plásticas, artesanato, música, teatro, gastronomia etc. “A outra, trata do aspecto da empregabilidade, geração de renda, propriedade intelectual, circulação de riquezas e contratação de pessoas. A Economia Criativa impulsiona a produção cultural e a criatividade e se caracteriza como um setor precursor de um novo viés econômico de alta relevância para geração de emprego e renda nos municípios”, contextualizou Maria Eugênia Biffi.

Por meio da combinação dessas duas áreas, há um cenário muito rico no Brasil – que sofreu um forte impacto durante a pandemia. “A cadeia produtiva da Economia Criativa é uma teia que engloba diferentes frentes de atuação desde o técnico de som, a costureira que trabalha na produção de figurinos, artistas e profissionais de diversas vertentes culturais e todas essas pessoas foram impactadas com a pandemia e a paralisação dos eventos”, disse. Para ela, o setor criativo é, portanto, uma importante área que demanda atenção e fomento. 
     
O segundo encontro do projeto aconteceu dia 19 de setembro, às 18h30, na Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, promovendo um debate sobre vivências da economia criativa em Ribeirão Preto. O terceiro encontro, que acontece neste sábado (30), contará com uma roda de conversa sobre Economia Criativa e uma mediação entre a cultura e o desenvolvimento.   

Sobre a Fundação
A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, responsável pela realização da Feira Internacional do Livro da cidade, hoje considerada a segunda maior feira a céu aberto do país.

Com uma trajetória sólida, projeção nacional e agora internacional, a entidade estabeleceu sua experiência no setor cultural e, atualmente, além da feira, realiza muitos outros projetos ligados ao universo do livro e da leitura, com calendário de atividades durante todo o ano. A Fundação do Livro e Leitura se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Pronac e do ProAc.

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