19/09/2023 às 14h01min - Atualizada em 20/09/2023 às 00h02min

Teste do olhinho identifica precocemente doenças oculares graves

Trata-se de um teste rápido, indolor e sem riscos, que consiste na identificação do reflexo vermelho, projetado por um feixe de luz do oftalmoscópio que ilumina os olhos do bebê

Infinita Comunicação
Divulgação/IOMG
As primeiras 72 horas de vida de um bebê são determinantes para rastrear a presença de possíveis doenças oculares graves por meio do teste do reflexo vermelho (TRV), comumente denominado de teste do olhinho. Na maior parte dos estados brasileiros esse exame é coberto pelo SUS, além de ter cobertura pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quando é realizado por convênio particular.  
 
“Trata-se de um teste rápido, indolor e sem riscos, que consiste na identificação do reflexo vermelho, projetado por um feixe de luz do oftalmoscópio que ilumina os olhos do bebê. O reflexo na cor vermelho-alaranjado simétrico é considerado normal. Na ausência do reflexo vermelho em um ou ambos os olhos, ou em caso de assimetria, a criança deve ser encaminhada ao oftalmologista com urgência”, explica Raquel Toledo  Caten, oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais, especialista em catarata e glaucoma.  
 
Segundo a médica, o TRV não permite a visualização das estruturas oculares, por isso bebês que nascem antes de 32 semanas gestacionais e pesam menos de 1,5 kg devem ser examinados pelo oftalmologista o mais breve possível para uma avaliação mais detalhada do fundo de olho com a dilatação das pupilas. “Crianças prematuras são mais suscetíveis a apresentar problemas oculares, como a retinopatia da prematuridade, considerada uma das principais causas de cegueira prevenível da infância”, alerta.
 
Através do exame do reflexo vermelho é possível detectar tumores intraoculares, como o retinoblastoma, catarata congênita, glaucoma congênito, opacidades de córnea e malformações.
 
“O retinoblastoma é o tipo de câncer ocular mais comum na infância, considerado uma doença silenciosa, que pode levar à cegueira e até mesmo à morte. O diagnóstico precoce é pré-requisito para o sucesso do tratamento, elevando as chances de cura e preservação da visão. A catarata congênita, quando interfere na visão, deve ser operada o mais rápido possível, pois um atraso na sua remoção pode comprometer o desenvolvimento da região cerebral responsável pela visão, gerando um déficit visual permanente. Inclusive, a catarata é considerada uma das principais causas de cegueira infantil”, descreve Raquel Toledo Caten.
 
A especialista lembra que o desenvolvimento visual da criança ocorre até os 7 anos de idade, e mesmo que não apresente nenhum sinal de alteração ocular, segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), todas as crianças saudáveis devem ser examinadas por um oftalmologista entre 6 e 12 meses de vida, e entre 3 e 5 anos de idade.
 
 

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