08/08/2023 às 12h41min - Atualizada em 11/08/2023 às 04h01min

A importância da amamentação

Pediatra do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus destaca a importância da amamentação e esclarece dúvidas sobre aleitamento

Jamille menezes
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Foto de Wren Meinberg na Unsplash

O leite materno é considerado o alimento padrão-ouro para o bebê. Para propagar a importância da amamentação no Brasil e no mundo, o mês de agosto tornou-se um símbolo e foi criado o "Agosto Dourado". No entanto, amamentar é uma experiência diferente para cada mulher e algumas enfrentam dificuldades. Por isso, a médica Mirela Rozza, pediatra do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, instituição sob gestão do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), esclarece as principais dúvidas sobre o aleitamento materno e destaca sua importância.
 

"Amamentar é diferente para cada pessoa, pode ser mais fácil para algumas mães e mais difícil para outras. Depende de vários fatores - físicos, psicológicos e sociais. Pode ser realmente desafiador se não tiver um pré-natal adequado ou se houver dificuldades relativas às mamas, por exemplo, como lesões nos mamilos", explica a Dra. Mirela Rozza.
 

Mesmo diante de eventuais dificuldades, a pediatra ressalta que é importante insistir pois a amamentação tem inúmeros benefícios. "Para a mãe, tem benefícios logo após o parto, diminuindo o risco de sangramento e infecção uterina; tem benefícios na saúde mental, diminuindo o risco de depressão pós-parto, estresse e ansiedade. Outro ponto é que melhora a imagem corporal; também diminui o risco de câncer de mama, ovário e endométrio; além do risco de outras doenças, tais como: endometriose, osteoporose, diabetes, síndrome metabólica, hipertensão e doenças cardiovasculares, artrite reumatoide, Alzheimer e esclerose múltipla", revela.
 

A pediatra explica ainda que algumas ações podem levar à dificuldade de amamentar, como, por exemplo, esfregar esponja ou escova de dentes nos mamilos, o que pode causar lesões e dor. "Os erros de pega e posição são a causa mais frequente de dor na amamentação. A dor e o estresse também podem inibir o reflexo de ejeção do leite, diminuindo sua produção. Além disso, alguns itens não são recomendados, como bicos de silicone, chupetas, mamadeiras e conchas de silicone, que podem causar candidíase mamária, confusão de bicos e prejudicar a amamentação", revela.
 

Outra queixa frequente das mães é o "pouco leite", mas a médica explica que a maioria das mulheres têm leite suficiente para nutrir o bebê. No entanto, a produção pode cair se houver palpites de que o leite é fraco e que o bebê está "passando fome", pois isso causa estresse, preocupação e insegurança na mãe, diminuindo a produção de leite materno.

O diagnóstico de "pouco leite" ou hipogalactia só pode ser dado por um profissional após uma investigação detalhada e a observação da mamada completa. "Deve-se corrigir a causa da hipogalactia, por exemplo, orientando sobre a pega correta, aumentando a oferta do seio materno, disponibilizando as duas mamas na mesma mamada, melhorando a dieta, a ingestão hídrica da mãe e também aumentando o descanso materno. Em casos especiais, pode-se introduzir medicação para aumentar a produção e/ ou introduzir relactação", diz a pediatra.
 

O leite materno possui múltiplos benefícios para a saúde do bebê, como anticorpos e células de defesa que protegem contra infecções respiratórias, intestinais e alergias. A amamentação também é importante para reduzir a morbidade e a mortalidade infantil, já que diminui o risco de adoecimento da criança e, caso ela fique doente, a gravidade será menor e o risco de morte também.
 

"Bebês amamentados têm risco menor de doenças crônicas não-transmissíveis, como obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, diabetes tipo 1 e 2 e síndrome metabólica, seja na infância, adolescência e na vida adulta. O leite materno também diminui a incidência de cáries e má-oclusão", completa Rozza.

Sobre o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL)
 

Fundado em 2008, o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL) nasceu com o propósito de fortalecer a atuação social voluntária da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês na saúde pública do Brasil, tendo como missão levar a excelência administrativa e operacional, já reconhecida no setor privado, às esferas municipais e estaduais do País.
 

Atualmente, o Instituto é responsável pela gestão de 10 equipamentos de saúde: Hospital Municipal Infantil Menino Jesus (HMIMJ), Hospital Geral do Grajaú (HGG), Hospital Regional de Registro (HRR), AME Interlagos, Hospital Regional de Jundiaí (HRJ), AME Jundiaí, AMAs Santa Cecília, Núcleo de Saúde da Fundação Lia Maria Aguiar, Ambulatório de Gratuidade e Serviço de Reabilitação Lucy Montoro de Mogi Mirim.


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