02/08/2023 às 23h47min - Atualizada em 02/08/2023 às 23h47min

Aventura real

À frente do “No Limite”, Fernando Fernandes supera desafios junto com participantes em temporada amazônica

Fala-se muito em superação no “No Limite”. O reality aventureiro da Globo está na segunda temporada comandada por Fernando Fernandes e a sétima desde a estreia do programa, no ano 2000. E, para ele, a ideia de se desafiar o tempo todo parece nunca ter feito tanto sentido quanto agora. Isso porque, pela primeira vez, o programa é gravado na Floresta Amazônica. “Ao mesmo tempo em que a natureza encanta, ela amedronta. Com o passar dos dias, a gente vê que é no limite mesmo: na hora de gravar, de enfrentar os desafios ou de ir para as gravações”, defende.
Uma das primeiras dificuldades que encontrou nessa jornada na Amazônia foi a temperatura. “O calor daqui é algo que eu nunca senti na minha vida”, entrega. Por outro lado, a experiência também está sendo propícia para incluir no trabalho duas de suas maiores paixões: o caiaque e a canoa. “Penso nessas questões de dificuldade. Mas, na hora em que sento no meu caiaque, me dá uma motivação enorme”, diz.
Para Fernando, o verdadeiro proposito da sétima temporada de “No Limite” é o grande diferencial dela. “Não só transmitimos algo de entretenimento e um reality de sobrevivência, mas também mostramos a beleza da floresta e como ela é importante para nós. Damos voz à Amazônia”, enaltece. O apresentador garante que, sempre que acorda para as gravações, sabe que enfrentará dificuldades. Mas também tem certeza de que, por mais complicado que seja, terá de lidar com isso de qualquer forma. E esse talvez seja o principal motivo para se mostrar tão envolvido pela atual temporada.
A proposta de expor a Amazônia no reality fez com que os desafios propostos aos participantes tivessem de ser pensados de maneira diferente das edições anteriores. Dessa vez, cada prova é inserida, de alguma maneira, no contexto da floresta. O que pode instigar a quem assiste, mas traz obstáculos para quem produz e apresenta o “No Limite”. “Por um ponto de vista, é muito bom. Mas, por outro, para a gente que está vivendo de dentro, é bem duro. Tem hora que sofro junto com os competidores. Mas é uma questão de se adaptar ao ambiente”, conta.
Quando foi escolhido para apresentar o “No Limite” – em 2021, na volta do programa à grade da Globo, o posto ficou com André Marques –, Fernando já tinha experiência em televisão. Em 2002, participou da segunda edição do “Big Brother Brasil”. Depois de sofrer um acidente de carro em 2009 que o deixou paraplégico, tornou-se paratleta, chegando a se consagrar tetracampeão mundial em paracanoagem em 2012, depois de quatro vitórias consecutivas no esporte.
De lá para cá, apresentou quadros no “Esporte Espetacular” e o “Boletim Paralímpico”, ambos na Globo, e também deu expediente no canal Off, do Grupo Globo, à frente de programas como o “Além dos Limites”. Mesmo com o currículo extenso tanto no esporte quanto na aventura, Fernando assume que ainda enxerga dificuldades no posto de apresentador do “No Limite”. “Você atinge milhões de pessoas e tem uma equipe infinitamente maior. Há uma responsabilidade grande. Tive de administrar não só a questão física, mas também a psicológica”, explica.

“No Limite” – Globo – Terças e quintas, na faixa das 22h.

Zona de conforto
A mudança na ambientação do “No Limite” para a Amazônia representou uma mudança ainda maior para Fernando Fernandes pela proximidade que o apresentador tinha com os cenários comumente explorados nas edições anteriores do reality. “Já vivo onde foram as outras temporadas, como praias e dunas, onde estávamos em um ambiente relativamente controlado. Tinha certo controle sob tudo o que acontecia”, defende. De cara, assim que foi informado sobre a novidade, a primeira preocupação era justamente com a mobilidade. “Quando recebi a notícia de que seria na Amazônia, confesso que dei uma travada. Falei: e agora? Para onde vou? O que faço? Como vou me locomover no meio da floresta? Mas isso não é só para mim, tem a parte técnica também, de quem está filmando”, reconhece.
De fato, não faltam questões relacionadas aos fenômenos do tempo e à imprevisibilidade da floresta para serem contornadas pela equipe. “Às vezes, os equipamentos superaquecem. E a umidade aqui é absurda. Tem dia que está mais quente e, depois, vem uma chuva que não se sabe de onde veio. É tudo muito intenso”, fala Fernando, que acabou encontrando um jeito de transformar as dificuldades em combustível para seu próprio trabalho. “Isso do desafio sempre mexeu comigo e me motivou. Minha zona de conforto é estar no meio desse furacão, dessa bagunça a ser arrumada. O novo me provoca muito”, valoriza.

Instantâneas 
# Neste ano, Fernando Fernandes participou da terceira temporada do “The Masked Singer Brasil”, sendo o quarto eliminado da disputa. Ele estava fantasiado de Circo.
# Fernando começou a treinar canoagem em Brasília, enquanto fazia reabilitação.
# Nesta temporada, Fernando tenta estabelecer uma quebra de barreira na comunicação com os telespectadores do “No Limite”. “Muitas vezes, parece que estou falado diretamente com o público de casa. Como se tivesse conversando e não só apresentando. Fica mais intimista, mais gostoso e eu estou mais preparado para essa comunicação”, afirma.
# No “BBB2”, Fernando foi o terceiro eliminado, com 77% dos votos, em um paredão duplo disputado com o chef de cozinha Tyrso.

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