Aprovada na última sexta-feira (7), a reforma tributária representa uma transformação significativa na forma como os impostos são arrecadados e pagos no Brasil, configurando a maior mudança em quase 60 anos. Essa alteração terá um impacto abrangente na vida de todos os brasileiros, incluindo os investidores, que devem estar atentos e aguardar os desdobramentos, de acordo com o especialista e AI da Miura Investimentos, Guilherme Müller. Até o momento, a tributação sobre a renda ainda não foi discutida, um assunto de grande interesse para todos os investidores. Portanto, é recomendado que se mantenha a paciência, pois é prematuro considerar qualquer mudança nesse sentido. Apesar disso, conforme apontado por Guilherme, existem previsões de que a reforma tributária afete certos ativos de interesse dos investidores. “Entre eles, destaca-se a tributação de dividendos de fundos imobiliários, ações e a possível cobrança de imposto de renda na modalidade "come cotas" em fundos exclusivos”, diz o assessor. No entanto, é importante ressaltar que o investidor não precisa se preocupar, uma vez que o Direito Tributário possui princípios que protegem o contribuinte, adiando a produção dos efeitos dessas novas regras. Nesse intervalo, segundo o especialista Müller, os investidores podem aproveitar para realizar ajustes em suas estratégias de investimento, caso necessário. A discussão em torno da reforma tributária se estendeu por décadas e, entre as principais mudanças, resultou na unificação de cinco tributos: ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins, além da criação do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), que será dividido em um imposto federal e outro estadual/municipal. É importante ressaltar que a reforma tributária ainda está em processo de implementação e regulamentação, e seus impactos específicos nos investimentos serão acompanhados de perto pelos especialistas. Os investidores devem manter-se informados e buscar orientação adequada para tomar decisões embasadas durante esse período de transição.