02/03/2023 às 09h27min - Atualizada em 03/03/2023 às 00h01min

A inovação e a redução da pegada de metano

*Por Leandro Toledano

SALA DA NOTÍCIA Yara Lucia Provatti de Lima
Em 2021, o Brasil se comprometeu a colaborar com a meta mundial de redução de 30% nas emissões de gás metano (CH4) até 2030. Mas, segundo análise do Observatório do Clima, a partir de cálculos do Sistema de Estimativas de Emissões de gases de Efeito Estufa (SEEG), no ritmo atual, deve chegar ao fim da década com alta de 7% nas emissões desse gás, a segunda substância que mais contribui com o aquecimento da Terra.

O metano (CH4), assim como o gás carbônico, é um gás que, em concentrações excessivas na atmosfera, retém o calor no Planeta, colaborando com o aquecimento global. Porém, a molécula de metano tem potencial de aquecimento 28 vezes maior que a do gás carbônico.

O lado bom é que o metano tem vida curta, ou seja, se as emissões fossem todas zeradas hoje, em cerca de 15 anos já não haveria mais o efeito dele na atmosfera.

O Brasil é hoje o 5º. maior emissor de metano do mundo, de acordo com o SEEG, sendo que 72% das emissões são da agropecuária, principalmente da fermentação entérica do gado. Na sequência, 16% das emissões de metano no Brasil são de lixões e esgoto, 9% da queima de florestas e 3% do setor de energia e processos industriais.

Soluções como o manejo da pastagem do gado para a ingestão de mais composto energético e menos fibra, melhorando a digestão, agilizando a engorda e antecipando a idade do abate, reduziriam essas emissões. Assim como, soluções tecnológicas como a biodigestão do esterco por exemplo, atenderiam outro aspecto do controle de emissões de metano.

Atuamos, no sentido de apoiar a ampliação do acesso ao crédito para essas soluções e buscamos promover a aproximação da tecnologia ao gestor do campo pois acreditamos que são pontos decisivos para que o País consiga atingir as metas do acordo global. Quando o produtor, mesmo o pequeno, entende que os benefícios das tecnologias vão além do aspecto socioambiental e que promovem economia, geração de renda e aumento da produtividade, ele se propõe a investir. O resultado é o desenvolvimento do Brasil como um todo.

A Biomovement Ambiental, hoje representa com exclusividade os biodigestores da HomeBiogas, empresa israelense líder global no segmento da microgeração. Os biodigestores de uso doméstico que tem essa classificação global pela ISO 23590  são tecnologias sociais, inovadoras e sustentáveis que tem como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida, a preservação do meio ambiente e a geração de renda, três dos pilares da sustentabilidade, que impulsionam o desenvolvimento sustentável

*Leandro Toledano é CEO da Biomovement Ambiental, empresa representa a tecnologia HOMEBIOGAS no Brasil e atua baseada nos pilares da tecnologia, da inovação e do desenvolvimento sustentável.
 
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