24/02/2023 às 12h58min - Atualizada em 24/02/2023 às 20h06min

Calor excessivo e umidade no verão afetam os cães

Veterinária da Dra. Mei dá dicas sobre a forma de agir e o que pode ser dado para minimizar os efeitos da temperatura elevada nos pets

SALA DA NOTÍCIA 2PRÓ Comunicação
Centro de Bem-Estar Petland
 

O verão deste ano está mais quente e úmido, causando incômodo a todos. E com os cães não é diferente. Os pets sofrem com esse calor excessivo e precisam de cuidados ainda maiores. A alimentação, os passeios, os banhos e os parasitas devem ter atenção redobrada dos tutores nessa época.

A veterinária Mariana Paraventi, supervisora técnica das redes Petland e da Dra. Mei, lembra que as raças de cães chamados braquicefálicos, que possuem o focinho achatado, como o pug, buldogue, chowchow e shihtzu, são as que devemos ter mais cuidado em dias de calor. “Devido à anatomia do focinho desses cães, impossibilita uma boa respiração que é o principal meio deles perderem calor”, explica. 

Outra atenção deve ser o sobrepeso. Mariana afirma que “o cão acima do peso ideal suporta menos as temperaturas elevadas e possui maior tendência de apresentar problemas respiratórios e, consequentemente, dificuldade na perda de calor”. O mesmo ocorre com cães idosos e filhotes.

Alteração no funcionamento dos órgãos

O fato de cachorros perderem calor através da respiração, segundo a veterinária, faz com que o ambiente tenha grande importância no período do verão. “Ambientes superaquecidos podem favorecer o aumento da temperatura corporal com a dificuldade da termorregulação”, alerta. “Em situações de calor muito intenso os pets podem apresentar um quadro que chamamos de hipertermia. Nesses casos a temperatura do corpo se eleva em níveis superiores a 40º (a temperatura normal dos cães está entre 37,5º e 39,4º) e começam a aparecer alterações em outros órgãos.

 

Neste caso, o tutor precisa ficar atento na respiração do animal. De acordo com Mariana, é possível perceber alterações na frequência respiratória, na salivação, que se torna excessiva, e também na ocorrência de vômito e diarreia, chegando a ocorrer falta de coordenação nos movimentos e até mesmo convulsões, desmaios, língua arroxeada. “Esse é um quadro grave, por isso se o tutor perceber quaisquer desses sintomas deve levar seu cão imediatamente ao veterinário", orienta.

 

No transporte, a dica é utilizar toalhas molhadas sobre o corpo do pet para reduzir a temperatura.

 

Medidas preventivas

 

Mas é possível prevenir esses problemas. Mariana recomenda, por exemplo, que o tutor evite caminhadas em horários de sol intenso e tenha atenção redobrada nas raças braquicefálicas, com animais obesos, idosos e filhotes. “Também ofereça água a vontade nos passeios, faça pausas sempre que necessário e procure locais com sombra disponível”, afirma.

Para garantir a hidratação e ajudar na perda de calor, também é possível ser oferecido sorvete com frutas ou até com a própria ração. “Basta colocar a ração e água em formas de gelo, de sorvete ou garrafas plásticas e congelar, criando um momento divertido e de estímulo mental também".

Banhos semanais também são uma boa alternativa no verão. O que deve ser avaliado, lembra a veterinária, é a necessidade de uma tosa um pouco mais curta para auxiliar na limpeza e perda de calor. “Mas, é importante não realizar tosas rentes à pele, pois os pelos fazem o isolamento térmico e também por riscos de queimaduras do sol.”

Já o uso de roupinhas ou outros acessórios que fiquem em contato com o corpo do animal não é recomendado, pois vai acelerar o aumento da temperatura dos pets nos dias de calor. 

 

Mariana lembra, ainda, que a água deve ser oferecida em abundância e estar sempre fresca. Para ajudar, no mercado existem bebedouros que mantêm a temperatura da água fresca, como os de cerâmica. Podem ser colocadas pedras de gelo no pote de água também.

Cães na praia

Se o tutor decidir levar seu pet à praia, os cuidados acima devem ser acrescidos de outros. “Procure lugares com sombra ou arborizados, atenção com os horários de passeio e temperatura do asfalto, que pode queimar as patas do pet. Ofereça sempre água e se for ficar na praia com ele, garanta um guarda-sol”, afirma.

 

Protetor solar também é muito indicado, principalmente em animais com pele mais clara. “Existem no mercado protetores específicos para pets. Aplique nas áreas expostas como focinhos, orelhas, barriga e patas”.

 

Ela sugere ainda que é importante levar brinquedos e manter o pet na guia. “Se possível, vá fazendo testes de socialização quando o cão ainda não está muito acostumado com o ambiente”.Se o seu pet gosta de banhos no mar, o importante é dar banho nele em água corrente logo após, para evitar danos causados pela água salgada e secagem incorreta.” A secagem dos pelos é muito importante para evitar o desenvolvimento de dermatites, então às vezes pode ser necessário levar o cãozinho ao pet shop para um banho efetivo.

 

Outro cuidado no litoral é garantir que as vacinas, antipulgas e vermífugos estejam em dia. “Em locais com praia a  dirofilariose (doença do verme do coração) é endêmica e vermífugos específicos podem prevenir”, lembra. “Algumas coleiras antipulgas contêm repelentes, o que auxilia na prevenção da leishmaniose e verme do coração, que são transmitidos por vetores. O tipo de antipulgas deve ser escolhido de acordo com a rotina do pet e, mesmo com repelente, outras técnicas de prevenção da dirofilariose e leishmaniose devem continuar.”

 


 
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