15/02/2023 às 15h41min - Atualizada em 15/02/2023 às 20h04min

Eritroblastose fetal: entenda o que é a incompatibilidade sanguínea

Condição se deve à interação entre proteínas que podem ou não estar presentes no sangue da mãe e do feto

SALA DA NOTÍCIA Thaiane Muniz
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A eritroblastose fetal, também conhecida por doença hemolítica do recém-nascido, é uma alteração que acontece quando os glóbulos vermelhos do bebê são destruídos por anticorpos maternos que passam a barreira placentária, atingindo aproximadamente 10% das gestações no Brasil, segundo dados da Fiocruz.

De acordo com Dr. Nelson Tatsui, diretor-técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, esta situação é muito comum na segunda gravidez, pois é necessária uma gestação anterior para que a mãe seja sensibilizada pelo sangue incompatível do bebê, desta forma produzindo uma resposta imune que afetará a gestação subsequente. “Os sintomas vão desde anemia e icterícia leves, a situações graves neurológicas e sistêmicas incompatíveis com a vida”, afirma.

Para identificar os possíveis riscos gestacionais é preciso realizar um exame de sangue no início da gravidez, que avalia o tipo de Rh — proteína encontrada na superfície dos glóbulos vermelhos. Caso a gestante seja Rh negativo, o médico deve pedir que o pai do bebê também realizar o exame de sangue. Se ele também for, não é necessário fazer qualquer tipo de tratamento. Porém, se for constatado Rh positivo, a gestante deverá fazer uso da injeção de imunoglobulina anti-Rh para prevenção da formação de anticorpos contra o sistema Rhelica.

O tratamento com imunoglobulina é uma das maneiras de tratar e evitar a eritroblastose fetal. “A aplicação tem o objetivo de neutralizar essa diferença. Entretanto, cabe um pré-natal completo para detectar a formação de novos anticorpos, seja do grupo Rh ou de outros sistemas que podem causar o mesmo problema" pontua.

Esse tipo de “vacina” age impedindo a exposição do sangue do bebê ao sistema imunológico da mãe, impedindo o início da produção de anticorpos, ou seja, a mãe não terá anticorpos que causam a eritroblastose fetal nas próximas gestações. A injeção é usada há muitos anos, para essa e outras condições, e pode ser aplicada sempre que houver alguma possibilidade de sensibilização do sistema Rh.

Após o nascimento do bebê, a eritroblastose fetal pode ser tratada através de exsanguineo transfusão. “Antes do nascimento, pode ser necessária a transfusão do bebê intrauterina. Este tipo de distúrbio requer atenção multidisciplinar do pediatra, hematologista e obstetra, para tratar a anemia e icterícia, evitando situações que ponham em risco a saúde do bebê”, finaliza.
 

Sobre a Criogênesis

A Criogênesis está sediada em São Paulo e possui mais de 19 anos de experiência com células-tronco. A clínica é membro institucional da AABB (Associação para o Avanço do Sangue e Bioterapias), sendo referência em serviços de coleta e criopreservação de células-tronco, medicina reprodutiva, gel de plaquetas e aférese, incluindo a diferenciada técnica de fotoférese extracorpórea. Sua missão é estimular o desenvolvimento da biotecnologia através de pesquisas, assegurando uma reserva celular para tratamento genético futuro. Link 
 


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