01/07/2021 às 15h26min - Atualizada em 01/07/2021 às 15h20min

De 5 a 50 graus: o retrato de um mundo que está se transformando

No meio do Ambiente

No meio do Ambiente

Vamos mergulhar em um tema essencial para o desenvolvimento da humanidade no sec XXI e você que está no meio do ambiente não pode ficar de fora!

Flávia Bellaguarda e André Castro Santos

As manchetes nos últimos dias mostraram de forma clara extremos de temperatura. O Canadá registrou essa semana uma temperatura recorde de 50°C; a Rússia enfrenta onda de calor mais forte dos últimos 120 anos, enquanto São Paulo registra uma de suas noites mais frias, chegando a marcar menos de 5°C, ao mesmo tempo em que nevou em algumas cidades da serra catarinense. 

 

Os negacionistas dirão que mudanças climáticas não existem, pois no hemisfério norte é verão, então é esperado que as temperaturas sejam elevadas, quanto no hemisfério sul é inverno, portanto é esperado o frio. Esse ponto de vista é plausível, mas o que torna esse fator uma consequência da crise climática é a frequência com que fenômenos atípicos têm acontecido. A cada ano, os intervalos entre temperaturas extremas têm sido menor. 

 

Importante ressaltar que temperatura extrema é uma das consequências das mudanças climáticas, assim como tempestades tropicais, inundações, secas, furacões e tornados também têm acontecido com muito mais frequência ao redor do mundo.  Esses fatores trazem graves consequências para populações humanas, com alto risco de morte como elucidam as manchetes acima. E, infelizmente, na maioria das vezes, as populações mais vulneráveis são as mais afetadas. 

 

Os ecossistemas naturais e a economia também são afetados. Um exemplo atual que podemos citar é a crise hídrica enfrentada pelo Brasil. Já estamos em estado de calamidade, a conta de luz está muito mais cara e, consequentemente, também estão mais caros os alimentos que chegam até a nossa mesa. E mais uma vez, quem sente as consequências de forma mais abrupta são os mais vulneráveis. 

 

Os efeitos da crise climática vão chegar para todos, assim como a COVID-19. Precisamos olhar para a sociedade de forma sistêmica, criar ações e políticas públicas para proteger aqueles que já sofrem diariamente os efeitos da crise climática e trabalhar de forma colaborativa para criar uma sociedade adaptativa, resiliente e de baixo carbono. Afinal, os intervalos cada vez menores entre os eventos extremos vão continuar e temos que aprender a viver em uma nova dinâmica como sociedade.  


 
Link
Leia Também »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp