No início, era o caos.
Mas aí, foi começando devagar e passando de boca em boca
uma coisa que parecia boba e que eu gosto de chamar de arte, cultura.
Quem sabe, literatura.
Foi anotada em paredes, papiros...
Até em livros.
Estes, feitos por lendários guerreiros,
que, se começo a citar, não termino mais.
São fonte de inspiração, alegria e conhecimento.
E estes bravos guerreiros foram mudando, criticando e amando
através de sua arte:
A palavra!
E que força ela tem!
Eu aqui perdida neste pedaço de tempo e espaço
chamado de Contemporâneo
ou “pré-alguma coisa que está por vir”,
tenho a honra de com alguns destes lendários coexistir.
Não cheguei a conhecer
e algumas vezes,
desculpa,
nem ler.
Foi por falta de tempo, não de vontade.
E eu lerei.
De verdade!
E como do dia para a noite, eles começaram a ir embora...
Foi-se o primeiro, foi-se o segundo e eu quis gritar:
“FAZ PARAR!”
Foi-se o terceiro.
E sem nada para me consolar,
com o medo constante disso continuar,
e pior! passar para os músicos...
resolvi pensar.
Estamos todos aqui nesta terra.
aprendendo, sobrevivendo.
E esses guerreiros,
ouso dizer: semideuses
não merecem mais ficar por aqui.
Merecem um lugar maior, mais limpo.
Não digo nem o Paraíso...
É melhor!
E com alegria, grito: Vai, Ubaldo, Suassuna e Rubem Alves!
As bibliotecas dos céus estão em festa.