08/06/2014 às 08h53min - Atualizada em 08/06/2014 às 08h53min

1° Domingo de poesia 1/3 : Filomena

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Isabela Gomes

Percebi nos cabelos de Filomena,
Que a alma ainda vale a pena.
Se olharmos além da casca,
Encontraremos muita graça
Em mim, em você,
Na moça louca que vive na praça.
Filomena me contou
Que o Fingidor disse
Que se a alma não é pequena,
tudo vale a pena.
Somos do tamanho que queremos ser.
Junta-se os sonhos e as boas ações:
Eis seu tamanho.
Sem reclamações!
Descobri nos olhos de Filomena,
Que sua alma era muito maior do que ela mesma.
Filomena sonhava até de dia.
E se pudesse, até os ovos eclodiria
para não cansar os passarinhos da vizinha.
Filomena é imensa.
Sorte a dela ter a alma tão grande
Poderá escalar as nuvens facilmente,
subir para qualquer mundo que tiver em mente.
E, antes que o poema desande,
precisamos levar algo em conta.
Um escultor disse
que a escultura já está pronta
ele apenas a liberta da pedra.
Talvez a alma também esteja,
e Filomena, por facilidade ou por destino,
já é livre como pardaleja.

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