28/05/2024 às 10h15min - Atualizada em 29/05/2024 às 20h02min

ERP integrado à tecnologia fiscal? 3 pontos que podem travar o projeto

STEPHANIE FERREIRA
Divulgação

Thais Borges é Sócia e Diretora Comercial da Syxtax

Graças aos avanços tecnológicos e da aproximação da área fiscal com a área de TI, existem muitas soluções e ferramentas tecnológicas que contribuem para uma gestão tributária mais eficiente e assertiva, como é o caso do sistema ERP (Enterprise Resource Planning), um software que integra e unifica o controle de informações de uma empresa.

Para o departamento tributário, muito mais do que automação e otimização de processos, os contribuintes passam a ter visão do negócio, estando de acordo com as obrigações de Compliance. No quesito precisão de dados, sistemas ERP colocam as informações como o motor das empresas, aderindo precisão ao seu tratamento, um critério que aprimora as análises de tributos e todo o planejamento tributário.

Tomando uma proporção de implementação cada vez maior, segundo um estudo feito pela Pesquisa do Uso da TI, da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2023, 84% das empresas já usam algum tipo de ERP em seus processos. Esta expansão, impulsionada pela necessidade crescente de automação, eficiência e decisões baseadas em dados, requer cuidados na instalação. Isso significa que, os projetos ERP integrados à tecnologia fiscal, através de conectores, são benéficos se cumprirem com a responsabilidade e segurança de implementação.

O que pode estar travando a implementação do ERP?

A fim de analisar possíveis aspectos que podem travar a integração de ERPs na área fiscal, devemos estar atentos a 3 principais sinais:

1 – Falta de clareza processual, ou seja, carência de compreensão sobre os processos fiscais existentes na empresa, levando a erros na configuração do ERP e dificultando a automação correta dos procedimentos tributários.

2 – Escopos mal definidos, resultando em requisitos subestimados ou esquecidos, que abrem brechas no sistema e comprometem a eficácia da tecnologia fiscal.

3 – Conhecimento precário sobre regras fiscais e baixa análise dos impactos sobre outros módulos, sendo resultados da falta de expertise sobre a complexidade e as constantes atualizações das leis tributárias, bem como não considerar demais frentes operacionais que precisam se adequar a integração tecnológica.

A similaridade entre estes pontos revela obstáculos para a configuração precisa e eficaz do ERP integrado à tecnologia fiscal, sendo evidências de insatisfação operacional e organizacional. Para proporcionarem produtividade e integração de dados, o sistema ERP exige informações e objetivos alinhados, a fim de garantir que o recebimento da tecnologia será sustentável e próspero.

Como garantir uma implementação satisfatória, afinal?

Garantir uma implementação bem-sucedida requer, primeiramente, estratégias de definição de objetivos, de planejamento adequado, de capacitação, de comunicação e de comprometimento. Começando por determinar objetivos, entende-se que mensurar suas metas direciona os esforços e a avaliação de sucesso do projeto. Da mesma forma, planejar agrega investimento correto de tempo em todas as etapas da aplicação, desde a primeira análise até os testes e treinamentos.

Mais um elemento indispensável é o conhecimento da equipe sobre o meio tributário e sobre a expertise tecnológica sendo agregada ao sistema, garantindo que a inovação seja complementar aos ativos que a empresa já possui. Ao lado da capacitação, a comunicação efetiva permite que todas as partes interessadas estejam com suas expectativas alinhadas e, assim, os problemas são resolvidos de forma transparente e mais rapidamente.

Por último, a alta gestão, responsável por guiar e apoiar as equipes, tornam-se fundamentais para a superação dos desafios e para garantir que os recursos necessários estarão disponíveis para a finalização do projeto ser um sucesso e, finalmente, trazer expertise e simplificação para a operação das demandas fiscais e tributárias.

Por fim, ressalto que a tecnologia fiscal, com o apoio de sistemas ERP, consegue ser ainda mais assertiva e funcional no período que estamos vivenciando, de Reforma Tributária. Sendo uma grande expectativa para o meio fiscal, a Reforma é um programa que irá unificar e flexibilizar o tratamento dos tributos no país, sendo um passo gigantesco para nossa evolução fiscal. Justamente por isso, passar a equipar e estruturar os sistemas torna-se uma obrigatoriedade nas organizações, que devem investir em tecnologias de integração para usufruírem de processos mais seguros, inteligentes e embasados em informações precisas.


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STEPHANIE FERREIRA
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