12/09/2023 às 11h34min - Atualizada em 12/09/2023 às 20h03min

Brasil possui 1,6 milhão de pessoas que atuam como motoristas ou entregadores de aplicativos, mas como é a realidade dessas pessoas?

O quão vulneráveis são os trabalhadores de aplicativo?

Imprensa StopClub
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Brasil possui 1,6 milhão de pessoas que atuam como motoristas ou entregadores de aplicativos, mas como é a realidade dessas pessoas?

Quando falamos em motoristas e entregadores de aplicativo autônomos, estamos falando de 1,6 milhão de pessoas, segundo pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec). A profissão é cada vez mais procurada por pessoas que desejam trabalhar de forma autônoma, especialmente nos grandes centros urbanos. 

Todavia, as atividades de motorista e entregador são classificadas dentre as mais perigosas, com as jornadas de trabalho exaustivas e falta assistência por parte dos aplicativos de viagens. Inclusive, no mês de junho, o Governo Federal, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), criou um grupo de trabalho dos aplicativos para tratar ao longo dos próximos cinco meses sobre diretrizes para a regulamentação do segmento. 

Um dos principais objetivos do grupo de trabalho é traçar as propostas para regulamentar o trabalho por aplicativos e acabar com a precarização e exploração dos trabalhadores dessa categoria tão necessária e, ao mesmo tempo, invisível. A ideia é regulamentar a atividade por meio de um projeto de lei. 

Com o ideal de ajudar motoristas na busca por melhores e mais seguras jornadas de trabalho, a fintech social StopClub atua para facilitar e garantir a segurança dos motoristas, que diariamente estão expostos a muitos perigos. Hoje, a plataforma conta com mais de 250 mil motoristas e entreegadores ativos, em mais de 900 cidades. “A StopClub nasce com a missão de melhorar a vida dos motoristas e entregadores, com ferramentas inteligentes e tecnológicas para aumentar a sua segurança e a sua rentabilidade no dia a dia.” explica o cofundador e CEO, Pedro Inada. 

As ferramentas da fintech social podem ser acessadas por motoristas de todo o Brasil pelo aplicativo 100% gratuito – disponível para Android e iOS – que podem navegar de forma ilimitada. As principais funcionalidades compreendem: gravação de corridas em caso de suspeita de perigo ou assalto ao vivo, bem como para a geração de contra prova em situações com passageiro, compartilhamento de localização com outros motoristas da sua região, canal para conversar com outros motoristas (Walkie Talkie), troca de experiências com motoristas de alta performance, indicação de serviços (oficinas, postos GNV e outros), além das funcionalidades que mostram se ofertas de corridas fazem sentido financeiramente, é possível também configurar se quer recusar automaticamente corridas abaixo de um certo valor por km ou por hora.

       Luisa Pereira, motorista de aplicativo há 7 anos, diz que a StopClub surgiu como facilitadora do trabalho no dia a dia, além de ser uma ferramenta que a ajuda a ter mais segurança: “Por meio de um aplicativo gratuito, podemos ter acesso a algumas funcionalidades que nos apoia como quase que um RH mesmo. Na questão de segurança, podemos filmar de forma secreta o trajeto e compartilhar com nossa rede de motoristas as corridas, caso nos sentimos ameaçados, pois a 99 ou a Uber, por exemplo, nos disponibiliza apenas um SAC de ouvidoria, mas suporte financeiro, nenhum. Se formos assaltados, se batermos o carro, nós arcamos com os gastos, além das porcentagens das corridas serem mínimas para nós. Eles nos dão seguro de vida em caso de morte, apenas.”, relata a motorista. 

Dados a considerar 
  • De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, cerca de 80% dos entregadores e motoristas de aplicativo não contribuem para a Previdência;
  • Já dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontam que atualmente existem no mundo cerca de 4 bilhões de pessoas sem cobertura ou proteção social.;
  • Quase 2% da força de trabalho no país, 1,7 milhão de pessoas, trabalha parcial ou exclusivamente por plataformas, segundo estimativa do Ipea;
  • Embora esse tipo de trabalho esteja coberto pelo sistema MEI, apenas 23,6% dos trabalhadores contribuem para o INSS;
  •  Em 2021, a renda média dos motoristas de aplicativo era de R$ 1.900, e a dos entregadores de R$ 1.500;
  • Uma entrevista feita pelo Datafolha com motoristas da Uber e entregadores do iFood, apontou que a única fonte de renda de metade desses trabalhadores é por meio do trabalho nos aplicativos, já para 14% mesmo não sendo a única fonte, trabalhar com aplicativo é a principal;
  • Uma pesquisa da Fairwork Brasil mostrou que a remuneração bruta de de motoristas e entregadores, mais os gastos que eles têm com a manutenção dos veículos, combustível, alimentação e etc, não atinge o valor por hora do salário mínimo (R$ 6) em oito das dez plataformas analisadas. As exceções são AppJusto e Parafuzo.

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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