10/05/2023 às 09h31min - Atualizada em 10/05/2023 às 16h08min

Câncer de pulmão está entre os que mais retornam, principalmente, nos pacientes tabagistas

Sempre existe a probabilidade da doença retornar de acordo com o estágio da doença, o tipo do câncer e os hábitos de vida da pessoa

SALA DA NOTÍCIA PAULA BATISTA
Pixabay
A rainha do rock Rita Lee faleceu (09/05) vítima de câncer de pulmão. A cantora começou a ter sintomas, como crises respiratórias, no começo de 2021, quando recebeu o diagnóstico. Após, em abril de 2022, a família comemorava o tumor considerado como eliminado. Mas não demorou muito para os sintomas voltarem. O câncer de pulmão é o 5° tipo de tumor mais comum no país, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer).
O termo “remissão” está relacionado à eliminação da doença, mas não é o mesmo que cura. De acordo com o glossário temático Controle de Câncer, publicado em 2013 pelo Ministério da Saúde, a definição correta de câncer em remissão é “diminuição ou desaparecimento de sinais ou sintomas de um câncer, comumente após a realização do tratamento proposto”. O material também faz referência à remissão parcial, remissão completa e remissão espontânea da doença.
Conforme a médica cirurgiã torácica do Pilar Hospital, em Curitiba (PR), Cristiane Mignot Meyer, o termo remissão causa muita confusão, por isso, é complicado usar a palavra como sinônimo de cura. “Quando uma doença como essa começa a entrar em estágio de remissão é motivo sim para comemorar, mas não significa a cura do câncer. Por isso, há protocolos a serem seguidos e o tratamento continua”, comenta.
A especialista avalia que, não somente nos casos de câncer de pulmão, mas em outros diversos, sempre existe a probabilidade da doença retornar de acordo com o estágio da doença, o tipo do câncer e os hábitos de vida da pessoa. “Nos casos de cânceres de pulmão os tabagistas precisam de cuidados redobrados. A situação ainda é mais complexa para aqueles que voltam a fumar após o tratamento, pois podem desenvolver, novamente, a doença, por isso, manter hábitos saudáveis e acompanhamentos médicos é fundamental para que, com o passar do tempo, as chances de retorno dos tumores diminuírem”, ressalta.
O câncer de pulmão é responsável por mais de 30 mil mortes todo ano. A grande maioria dos casos ainda é diagnosticada em estágio tardio. “Aqueles tabagistas, principalmente, com mais de 50 anos, precisam fazer acompanhamento médico mais frequente, além de exames como tomografia de tórax, pois o diagnóstico precoce ajuda a reduzir a mortalidade por câncer de pulmão”, completa a cirurgiã.
            Muitas vezes a doença não apresenta sintomas nos estágios iniciais, por isso, é preciso consultar um especialista quando com alguns desses sinais, como tosse que não passa ou piora com o tempo, mudança nas características de tosse que já existia, dor no peito que não passa e piora quando a pessoa respira fundo ou tosse, dor no braço ou no ombro, tossir sangue ou catarro com cor de ferrugem, falta de ar, chiado no peito ou rouquidão, crises repetidas de bronquite ou pneumonia, inchaço no rosto ou pescoço, perda de apetite ou de peso inexplicáveis e fraqueza ou cansaço.
            O Pilar Hospital conta com um Pronto Atendimento Respiratório que pode ajudar os pacientes com diversos tipos de sintomas. Além disso, exames de imagem podem ser realizados na CEDIP - centro de exames e diagnósticos por imagens, que conta com 31 anos de atuação.

 
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