25/06/2024 às 16h10min - Atualizada em 27/06/2024 às 00h07min

Sustentabilidade Brasil aborda a seca dos maiores rios do mundo

Segundo dia de conferência também discute modelos de cidades sustentáveis em um mundo que sofre com extremos eventos climáticos

Lucas Xavier
Divulgação/Thiago Guimarães
A conferência “Sustentabilidade Brasil”, que acontecerá ao longo dessa semana, no Pavilhão Carapina, em Vitória, começou seu segundo dia discutindo temas como a qualidade e a escassez da água no planeta, refugiados climáticos, modelos de cidade sustentável, ampliação da indústria limpa, energia limpa, projetos de vegetação com espaços planejados entre outros.

A palestra de abertura com o ambientalista mineiro Henrique Lobo, um dos maiores estudiosos sobre os rios no mundo, lotou o auditório principal logo pela manhã. O engenheiro agrônomo de formação analisou, ao longo de 44 anos, mais de 60 rios espalhados pelo mundo. Lobo destacou que 35% dos rios do mundo são do Brasil e que 75% da água do nosso país está na Amazônia. “Os rios estão secando. Rios como o Tigre, Eufrates, Jordão, Nilo, entre centenas de outros e o mundo está de olho nas águas do Brasil”, comentou Lobo.
 
O ambientalista analisou os fenômenos climáticos e suas consequências no planeta através dos principais rios do mundo. “Só na Europa, de 50 rios, apenas 5 são despoluídos e os solos são pouco férteis na maior parte deles”.
 
Ele ressaltou 3 cuidados que o Brasil precisa ter para preservação dos rios paras as próximas gerações:

- Melhorar a infiltração dos solos – “Os rios estão assoreados, solos q a enxurdas trazem por conta de a compactação da terra. A água não infiltra mais no solo. Ela bate no solo e escorre. A solução é criar ‘caixas secas’ no topo dos morros, plantar florestas no topo de morro”;

- Tratar os Esgotos sanitários das cidades – “existem 130 doenças provenientes das águas dos rios do mundo inteiro. O esgoto jogado dentro da água do rio só vai depurar 50 km depois. Então, se tiver outra cidade no meio do caminho, serão mais 50 km”; e

- Resíduos Sólidos – “hoje somos cada vez mais uma população urbana em toda a Terra, nós precisamos de aterros sanitários e aterros controlados para guardarmos nossos resíduos”.

Logo em seguida, a professora Cristina Engels, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), avaliou os modelos atuais de cidades e mostrou seu estudo sobre a sustentabilidade urbana onde rios são livres de despejos, a indústria é limpa, a energia renovável... “A qualidade de vida é e deve ser a maior preocupação das sociedades atuais que sofrem com eventos climáticos extremos para que o futuro seja possível. Para isso, é necessário um processo de transformação pela tecnologia, evolução cultural e econômica e políticas públicas atuantes pela sustentabilidade”, afirmou Cristina.

Pablo Lira, diretor executivo do Instituto Jones dos Santos Neves, também subiu ao palco e mostrou resultados de pesquisas sobre derretimentos das calotas polares e ondas de calor. “Estamos há 14 meses consecutivos batendo recordes de calor e temperaturas altas. A recorrência de eventos extremos está cada vez maior. É de grande importância que todas as capitais brasileiras tenham planos de mudanças climáticas”, destacou o pesquisador.
Mais informações: https://sustentabilidadebrasil.com/
 

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BEATRIZ MERCHED FIALHO FURTADO
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