25/06/2024 às 17h40min - Atualizada em 26/06/2024 às 18h04min

Visita ao Espaço Iauê em Poá proporciona vivência indígena para alunos da rede municipal

GNMASSONETTO COMUNICAÇÃO
Espaço Iauê

No último dia 04 de junho, mais de 30 alunos da EMEB Antônio Carlos de Paula Souza, escola da rede municipal de Poá (SP) tiveram a oportunidade de vivenciar uma experiência indígena no Espaço Iauê. Localizado na região do Alto do Tietê, o espaço ofereceu uma imersão cultural que foi além dos livros didáticos: proporcionou um contato direto com práticas e tradições ancestrais.

Durante a visita, as crianças puderam participar de atividades que incluíram desde a contação de histórias até a manipulação de miniaturas de animais de madeira, artesanato tradicional Guarani, tudo sob a orientação de indígenas de diversas etnias, que compartilharam seus conhecimentos. Além disso, fizeram oficina de pintura com jenipapo, onde exploraram técnicas tradicionais de pigmentação.

Na troca, estavam presentes indígenas Guarani Mbya da Tekoa Itakupé, localizada no Pico do Jaraguá. "Uma vez, em uma destas vivências, uma professora queria que eu lesse um livro em Tupi Guarani, mesmo eu não sendo dessa etnia, o que mostra na prática como precisamos ir além do que há nos livros didáticos", relata Mônica Ará. 

Colocar as mãos e os pés na terra também é uma parte importante nessa experiência. “As crianças não estão mais acostumadas a mexer na terra, nós procuramos resgatar o se sujar na natureza como uma maneira de se reconectar”, diz Soliane Kerexu.

Já os indígenas Aroeira e Juá, do coletivo Pindoreta, comentam sobre as diferentes características das etnias: “Alguém que mora no Amazonas, é diferente de quem mora no litoral de São Paulo, por exemplo. Existem diversos fenótipos no Brasil, não somos todos iguais”. Esses depoimentos sublinham a importância de experiências educativas que vão além dos limites da sala de aula.

Durante o dia, as crianças também participaram de um papo sobre culinária indígena, ampliando seu entendimento sobre as práticas cotidianas dessas comunidades. "Poá não se reconhece como indígena, mas conversas com as escolas mostram que existem alunos de famílias originárias", destacou Ana Pires, uma das idealizadoras do projeto, ressaltando a necessidade de reconhecer e valorizar essa diversidade cultural.

A visita ao Espaço Iauê não apenas complementou o currículo escolar, mas também inspirou os alunos a valorizar e respeitar as diferentes culturas presentes em nosso país. “O objetivo do Espaço Iauê com tais vivências é ser cada vez mais reconhecido como um ponto de cultivo de cultura, onde saberes ancestrais são preservados e compartilhados com as novas gerações”, finaliza Ana.


 

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GRAZIELA NATASHA MASSONETTO
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