20/06/2024 às 00h02min - Atualizada em 20/06/2024 às 18h03min

Um Telecom projeta hub de dados para Pernambuco

Para que isso se concretize, a empresa pretende dar sua contribuição construindo primeiro datacenter Tier 3 do estado de Pernambuco

DA ASSESSORIA
Divulgação
A Um Telecom, empresa de infraestrutura de serviços digitais, com portfólio variado dentro de cinco
verticais de produtos: Computação em Nuvem (Cloud), Segurança da Informação, Conectividade,
Mobilidade (MVNO) e Serviços Gerenciados, anuncia a construção de seu datacenter Tier 3. A
iniciativa faz parte dos planos da empresa de transformar o estado em um hub de dados.

Rui Gomes, CEO da Um Telecom, explica que já existem operações de data centers em Fortaleza e
João Pessoa, que são parceiras da companhia. “Tanto somos seus clientes, como eles são nossos. Há
também vários clientes dessas operações que usam nossa rede para transportar dados. Além disso,
no mercado de datacenters, o fundamental é ter vários deles – quanto mais, melhor. Para o cliente
final, é interessante saber que ele tem opções, que pode instalar uma segunda instância,
redundância e equipamentos. Claro que serão competidores, mas isso é positivo para o ecossistema
como um todo. Por exemplo, é o que está acontecendo em Barueri, no Rio e em Fortaleza. Quanto
mais projetos houver, mais o local se tornará um hub de datacenters e mais o cliente se sentirá
confortável em estar lá”, esclarece o executivo.

A ativação do datacenter Tier 3 deve acontecer até o final de 2025, quando da entrega da primeira
fase, que tem capacidade para até 150 racks e potência útil de TI de até 1 MW, em um Data Hall.
Nesta primeira etapa, o investimento ficará em torno de R$40 milhões. O projeto será executado no
Parque Tecnológico (Parqtel) de Recife, localizado no bairro do Curado, em uma região que conta
com três importantes rodovias federais (BR-232, BR-408 e BR-101). Isso facilita a logística de
equipamentos, além de contar com redes de fibra óptica ao longo dessas estradas e, ainda, as redes
de transmissão de energia estarem próximas. O local está, por exemplo, muito perto de uma
subestação de energia da distribuidora local e, também, da geradora Chesf.

Neste momento, a Um Telecom encontra-se com o projeto na fase de concorrência, especificamente
na etapa final de avaliação das propostas. “Temos uma shortlist com quatro empresas que
participam do processo e devemos definir nossa escolha no início de maio de 2024. Todas são
empresas do segmento, que já construíram datacenters no país”, explica Rui Gomes. “A previsão é
que em junho ou julho de 2024, a obra tenha início”, completa.

Daniel Gomes, COO da Um Telecom, explica que o Datacenter da empresa foi concebido em três
fases. A primeira com capacidade para até 150 racks e potência útil de TI de até 1 MW, em um Data
Hall. A segunda e a terceira fases acrescentarão 300 racks cada uma. No entanto, como o terreno é
grande, há espaço para crescer. “É isso que esperamos que aconteça dadas as oportunidades
identificadas por nossas pesquisas de mercado”, afirma o executivo.

Rui Gomes esclarece que, até então, o grupo só tinha um datacenter para consumo próprio. A Um
Telecom possui mais de 200 POPs espalhados pelas cidades onde atua. Em cada cidade em que inicia operações a empresa abre um novo POP. “Temos, também, uma rede de mais de 20 mil km de fibra
ótica distribuída por todo o Nordeste, em todas as capitais e em mais de 200 cidades. Esta rede é
uma alternativa para escoar tráfego. E estamos também interconectados com os principais
datacenters do Brasil – Fortaleza, São Paulo e Rio”, completa o CEO.

Em relação à capacidade total do projeto, a tendência é que na segunda e terceira fases ela vá
aumentando para mais 2 MW, cada uma. Ou seja, o projeto, da forma como o temos desenhado
hoje, chegaria até 5 MW. Mas tudo isso dependerá da demanda. O terreno onde ficará o Datacenter
tem 14 mil m². “Na primeira fase devemos utilizar cerca de 30% disso, considerando a parte de
escritório e administrativa, portanto, há espaço para crescimento”, explica Daniel Gomes.

No que diz respeito ao início de atividades comerciais, Rui Gomes esclarece que estão com algumas
conversas iniciais, no entanto a Um Telecom ainda não iniciou a pré-venda comercial do datacenter.
“Temos visto um interesse enorme, inclusive de empresas e investidores que não imaginávamos”,
disse o CEO.


Datacenter no Brasil

De acordo com o estudo “Estratégia para a implementação de política pública para atração de
Datacenters”, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), até junho de 2021, o Brasil
contava com 58 data centers em operação, sendo 48 concentrados na região Sudeste. São 38
datascenters em São Paulo, sete no Rio de Janeiro e três em Minas Gerais. O Nordeste conta com
apenas três equipamentos: dois no Ceará e um na Paraíba.

Para o COO da Um Telecom, Daniel Gomes, a implementação de políticas públicas direcionadas ao
setor de datacenters é crucial para fortalecer a posição do Brasil e do Nordeste nesse mercado em
crescimento. “Ao aproveitar as oportunidades oferecidas pelo segmento de hyperscale e fortalecer
aspectos estruturais como infraestrutura de conectividade e formação de mão de obra qualificada, o
Brasil pode se posicionar como um hub global de datacenters, impulsionando a economia digital e
promovendo a inovação em todo o país”, esclarece.

Com a sociedade em constante digitalização e uma demanda cada vez maior por armazenamento e
processamento de dados, o mercado de datacenters tem vivenciado um crescimento exponencial. O
advento da internet globalizada, aliado à expansão da banda larga móvel, impulsionou modelos de
negócios digitais e serviços on-line em diversas áreas, desde saúde até governo digital. A pandemia
acelerou essa transformação, consolidando práticas virtuais que vieram para ficar.

Apesar do crescimento impressionante, o Brasil ainda se encontra aquém de seus pares globais no
setor de datacenters. Enquanto países como os Estados Unidos, Chile e Índia demonstram avanços
significativos, o Brasil enfrenta desafios como a infraestrutura de conectividade concentrada em
poucas regiões, complexidade tributária e custos burocráticos elevados.
 

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MARCELO AURELIO PAES BARRETO MONTARROYOS
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