11/06/2024 às 11h55min - Atualizada em 11/06/2024 às 20h02min

Você tomaria leite com aditivos ou envenenado?

Agenda para agricultura até 2030

Florence Rei, www.florencerei.com
Florence Rei / www.florencerei.com
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Claro que nem preciso contar para vocês que por trás dessa agenda tem um nome bem conhecido, cujas aplicações renderão, com toda certeza, rios de dinheiro para o onipotente investidor da agenda da Organização das Nações Unidas, ONU – Bill Gates.  O que tem de bom aí para nós? Provavelmente nada, e muito embora a abordagem seja “vendida” como sustentável e boa para o planeta, temo que para nós, humanos, não seja assim tão maravilhoso o caminho sendo trilhado. Então, aqui seguem mais alguns alertas associados aos investimentos desse homem, que sempre acabam trazendo riscos sérios à saúde.

A agricultura terá que reduzir as emissões climáticas em 5 milhões de toneladas de CO2 até 2030, e diversos programas espalhados pelo mundo começam a implementar a discutível agenda da ONU, que vem ganhando força há alguns anos, principalmente após a pandemia de 2020.

Estudiosos acreditam que a agenda de reduzir as emissões pode acabar com o negócio de muitos agricultores e pecuaristas, pois não conseguirão sobreviver à redução do rebanho, às altas taxas que provavelmente ocorrerão para àqueles que não cumprirem as determinações, e à pressão no uso de aditivos para a redução de emissão de gases. Pois agora as vacas estão sendo acusadas de serem uma das principais fontes de emissões de metano, gás resultante da fermentação que ocorre no rúmen (compartimento do estômago bovino) desses animais.


E para contornar o problema da emissão do gás metano pelas pobres vacas, diversos países estão começando a usar aditivos na alimentação desses animais para inibir o gás produzido no arroto das vacas. Como estão fazendo isso? Vejamos:

Aditivo – 3-NOP
Só de olhar o nome me arrepia, pois acrescentar o 3-NOP na alimentação das vacas leiteiras é altamente questionável, acredito. E a estratégia para melhor a eficiência é adicionar outros aditivos, além do 3-NOP.

Mas vamos examinar quem é esse tal de 3-NOP! É um composto químico orgânico (não é um produto orgânico, bom para o nosso consumo) cuja fórmula é 3-Nitrooxipropanol. Não quero atormentar ninguém com fórmulas, mas é para que fique bem entendido que se trata de um aditivo químico sintético, não tem nada de natural, e as caraterísticas do composto são assustadoras. Pois ele é corrosivo para os olhos, irritante para a pele e potencialmente prejudicial por inalação.

Segundo o Painel da FEEDAP (Aditivos e Produtos ou Substâncias usadas na alimentação de animais), foi observado que a toxicidade do 3-NOP não pode ser descartada e que as lesões pré-cancerosas e os tumores observados no estudo de carcinogenicidade de dois anos, com o 3-NOP, são biologicamente relevantes. E eles concluem – “No entanto, o consumidor não está exposto ao 3-NOP. Por conseguinte, as conclusões acima referidas não são consideradas relevantes para a segurança do consumidor.” Ah... Verdade mesmo que não estamos expostos, então quem está?
Adiante, eles informam: “os níveis de 3-NOP ou do metabolito primário NOPA (3-NOP oxidado) no leite e nos tecidos comestíveis não foram considerados preocupantes, uma vez que a ingestão pelos consumidores estaria dentro do consumo diário aceitável.”  Embora corrosivo, eles falam em consumo diário aceitável!! Ora, isso é ou não leite envenenado? Bem, depois vocês me contam!

Nos Estados Unidos o leite “neutro em carbono” já pode ser encontrado nas prateleiras dos mercados Whole Foods Market, Sprouts, Target e outros. Com uma abordagem de marketing sensacional, se você não for bem atento à frase com letras pequenininhas informando “carbono neutro”, comprará um leite com resíduos de aditivos que, talvez, você não deseje consumir. Bem, ainda que você veja escrito “carbono neutro” há grandes chances de que não saiba do que se trata. Pois é, trata-se do leite da vaca que consumiu alimento com adição de aditivo cancerígeno para que ela não arrote, não é piada!

No Brasil há várias empresas investindo na produção de leite carbono zero, um artigo longo, publicado em outubro de 2023 pela Folha de São Paulo, fala sobre o assunto e aponta o Rio Grande do Sul como “despontando” na produção desse tipo de leite.

Embora haja grande discussão sobre o plantio de árvores para “compensar” o gás emitido pelos animais, ainda assim o balanço não fecha e a menção do uso de aditivos não deixa claro que aditivos são esses.

Soluções tecnológicas, como sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), recuperação de pastagens degradadas e uso de aditivos na nutrição, têm apresentado bons resultados na descarbonização e contribuído para o desenvolvimento de uma agropecuária sustentável e em sintonia com as tendências do mercado e das demandas do consumidor. Demanda do consumidor, do que estão falando? Não demando nada que não seja um produto sem aditivos, puro e saudável, e aqui saudável se refere à saúde do consumidor, não à saúde do bolso dos investidores da ONU.

Honestamente, tudo isso mais me parece uma agenda sórdida da ONU para forçar os produtores a aderirem aos protocolos de sustentabilidade de produção de leite carbono zero. Caso contrário os produtos locais perderão competitividade nos mercados internacionais, uma maneira fácil de destruir a agropecuária nacional. E sem ela o país não sobrevive.

Há quem diga (médico americano Dr. Mercola) que a intenção por trás da agenda 2030 nada mais é do que eliminar grande parte dos animais vivos e substituí-los por alternativas patenteadas derivadas das plantas, leveduras, bactérias, fungos e insetos, ou seja, as comidinhas de mentira altamente processadas que Bill gosta. Assim, as empresas privadas controlarão o fornecimento de alimentos, e os donos das patentes controlarão as pessoas. O que você acha?

Será mesmo que temos que controlar o arroto das vacas?

por Florence Rei, formada em Química pela Oswaldo Cruz em São Paulo, graduada pela Faculdade de Medicina OSEC em Biologia e formada em Microscopia Eletrônica. Atualmente vive na Flórida (USA) e desde 2019 vem atuando como pesquisadora independente e escritora. contato: www.florencerei.com / email: [email protected]
 

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DENISE MONTEIRO SANTOS
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