04/06/2024 às 12h27min - Atualizada em 04/06/2024 às 20h19min

O papel do terceiro setor na resposta a desastres naturais

As instituições filantrópicas desempenham um papel essencial na resposta a desastres naturais ao oferecer suporte imediato e a longo prazo às comunidades afetadas

MURILO AMARAL
Divulgação/BaseLab

SÃO PAULO - Desastres naturais são consequências de decisões políticas mal planejadas.

Os desastres naturais que afetam comunidades ao redor do mundo são, em grande parte, resultado das escolhas políticas que nossa sociedade tem feito. Aqueles que têm o poder de implementar medidas ambientais para mitigar os impactos das mudanças climáticas muitas vezes optam por soluções de curto prazo que geram votos, como asfaltar uma cidade em ano eleitoral.

Em vez de investir em planejamento urbano preventivo, como a construção de infraestruturas para evitar enchentes e que talvez nem seja utilizado.

É neste contexto que o terceiro setor, composto por organizações não governamentais, entidades filantrópicas, associações comunitárias e outras instituições sem fins lucrativos, desempenha um papel vital na resposta a esses eventos. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou o número de doações repassadas entre 25 de abril e 27 de maio. No total, foram doados quase 1.6 toneladas de água, cerca de 200 mil cestas básicas e quase 400 mil kits de roupas.

Uma das reações mais importantes do terceiro setor à falta de planejamento do Estado foi a ação rápida e o auxílio humanitário em situações de emergência, como a que estamos vivendo no Rio Grande do Sul. 

Essas instituições, pela capacidade de criar rapidamente pontos de coleta e distribuição, garantiram que os suprimentos chegassem às pessoas que mais precisavam ao conseguir mobilizar recursos financeiros e humanos com agilidade por meio de suas redes locais.

Diversas ONGs gaúchas têm desempenhado um papel crucial no auxílio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Entre elas, destacam-se a Ação da Cidadania, uma ONG que está distribuindo refeições prontas, além de kits de higiene e limpeza, a Cáritas Regional Rio Grande do Sul em que por meio da campanha "Sementes de Solidariedade", Cáritas está recebendo contribuições financeiras para apoiar as vítimas das enchentes​ e a Mesa Brasil SESC/RS, uma iniciativa do SESC.

Além disso, muitas outras organizações oferecem apoio ao bem-estar emocional das pessoas afetadas pelo desastre com aconselhamento individual e organizam grupos de apoio para ajudar indivíduos e famílias a enfrentarem o trauma e o estresse pós-traumático de maneira mais humana e acolhedora.

As organizações do terceiro setor desempenham um papel vital na resposta às tragédias, como a ocorrida no Rio Grande do Sul, assim como em outros eventos climáticos que afetam a dignidade humana. A cooperação entre essas organizações, o governo, empresas e a comunidade local é essencial para mitigar os impactos e promover a recuperação após desastres como os que estamos enfrentando. 

 

Pedro Mattosinhos

COO da Baselab.


 

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PATRICIA MOREIRA
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