10/05/2024 às 17h28min - Atualizada em 11/05/2024 às 04h01min

Dia do automóvel: mobilidade do futuro contribui para a descarbonização

Campanha da ONU tem objetivo de alcançar zero emissões de gases estufa provenientes do transporte terrestre até 2050

LIGIA CERDEIRA
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As metas de descarbonização globais, que sinalizam diretrizes importantes para todos os setores produtivos e de consumo, incluem a indústria automotiva e direcionam as estratégias de negócios para a sustentabilidade. Os carros do amanhã poderão ser conectados, autônomos, compartilhados, alimentados por bateria ou por outros motores alternativos, mas certamente serão avaliados por sua contribuição para a descarbonização. Criado na década de 1930 pelo governo brasileiro para impulsionar a infraestrutura e a urbanização no país, o Dia do Automóvel, celebrado em 13 de maio, tem seu propósito atualizado em direção ao avanço sustentável da mobilidade.
Estima-se que o setor de transportes seja responsável por 23% das emissões anuais no mundo, dos quais 72% através de meios de transporte rodoviário, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Alcançar o objetivo de zero emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE) provenientes do transporte terrestre até 2050 de acordo com a campanha da ONU para mitigar os impactos das mudanças climáticas, depende de um esforço conjunto.
Matriz energética

A descarbonização representa a transição de uma economia baseada em combustíveis fósseis para uma matriz energética mais limpa e sustentável. Um passo importante é o desenvolvimento de veículos híbridos, com motores elétricos e movidos a combustíveis alternativos, como o etanol e o hidrogênio verde.
Nos motores a combustão, os biocombustíveis ainda são a opção mais ecoeficiente, se comparados ao uso dos combustíveis fósseis obtidos a partir do petróleo. O Brasil é um dos líderes no uso de biocombustíveis, principalmente pelo uso do etanol e do biodiesel, que tem proporção crescente de sua adição ao diesel. São produzidos a partir de fontes renováveis, cana de açúcar, no caso do etanol, e óleos vegetais, incluindo materiais residuais, como óleo de cozinha usado e gordura animal de abatedouros, no caso do biodiesel, que conta com o apoio do metilato de sódio, usado como catalisador eficiente que viabiliza economicamente a sua produção. “Os biocombustíveis também reduzem a poluição, são fonte de desenvolvimento, promovem a redução das desigualdades regionais porque geram trabalho e renda nas regiões produtoras”, afirma Alejandro Bossio, diretor de Negócios Monômeros da BASF. O uso de aditivos para os combustíveis, também têm sua contribuição na redução das emissões de poluentes, além de promover a limpeza do sistema de alimentação e o aumento da eficiência do combustível.
A atualização da indústria automotiva impulsiona a inovação em boa parte das soluções direcionadas aos veículos do futuro. Por exemplo, embora o fluído de arrefecimento utilizado atualmente seja também adequado para tecnologias híbridas e carros elétricos, há novos produtos dedicados especificamente para os veículos elétrico a célula de combustível e veículos elétricos alimentados por bateria. “Comparado às misturas não inibidas de glicol/água, o produto mantém baixa condutividade elétrica constante, garantindo proteção contra corrosão e segurança elétrica do sistema”, explica Luis Fernando Sabino, especialista técnico de Soluções para Combustíveis e Lubrificantes da BASF.
Redução do peso e economia circular
Nessa jornada pela sustentabilidade, os plásticos têm papel importante na concepção e produção dos veículos porque, além de permitirem flexibilidade de design, promovem importante redução de peso e, consequentemente, o menor consumo de combustível. Os plásticos também são aliados para enfrentar os desafios da mobilidade em constante mudança, como o aumento do conteúdo reciclado, proteção contra eletrificação, construção leve e novas necessidades de aplicações.
O mais recente estudo da PICPlast, revelou que, em 2022, a indústria automobilística consumiu cerca de 40% a mais de resinas plásticas pós-consumo recicladas em comparação ao ano anterior. “É enorme o potencial de crescimento da economia circular nessa indústria. Já é possível, inclusive, reciclar as partes com contaminantes, como os para-choques e as baterias, sem a perda de qualidade”, explica Jade Rodriguero Dino, do marketing de Aditivos para Plásticos da BASF. “Somos parceiros estratégicos para proporcionar essas novas possibilidades, garantindo a melhoria da durabilidade e da estética, mantendo ao mesmo tempo características competitivas de custo de utilização”.
 
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