divulgação De acordo dados do Censo Escolar 2022, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as mulheres são a maioria do corpo docente no país. No ensino básico, dos mais de 2,3 milhões de profissionais, 79,2% são professoras, seguido de 97,2% nas creches e 94,2% na pré-escola, etapa inicial da trajetória escolar. Já no ensino fundamental e no ensino médio, elas representam 77,5% e 57,5%, respectivamente.
Contudo, no Brasil, apenas em 1827, com a Lei Geral, as mulheres foram permitidas a ingressarem nos colégios e a estudarem além da escola primária. Na faculdade, o direito foi decretado só em 1879, mas com apresentação de licença de seus pais para mulheres solteiras e consentimento por escrito do marido para mulheres casadas.
Segundo Adriana Gobbo, Diretora do Colégio Leonardo da Vinci, o ingresso tardio da mulher na educação vem com um impacto muito grande em outros setores também: “O patriarcado sempre foi contra as mulheres saírem de casa para buscar independência financeira, porque quando dependemos financeiramente de alguém, não temos direito à voz e à opinião bem como nos privamos do desenvolvimento pessoal e profissional proporcionados pela educação”.
“Esse cenário sempre afetou diretamente a desigualdade econômica entre os gêneros, visto que, com menor formação e menor escolaridade, as mulheres ocupavam lugares e postos de trabalhos mais baixos, com menores salários e continuavam dependendo dos homens financeiramente, causando impacto enorme para a sociedade, o que se reflete até os dias de hoje”, complementa a diretora.
Com os movimentos feministas no início do século XX, as mulheres começaram a trabalhar fora e aos poucos conquistaram espaços que, antes, não eram permitidos. Atualmente, no setor educacional, além dos cargos de docente, a gerência também é ocupada por muitas mulheres.
Ainda conforme o Censo Escolar 2022, dos 163 mil gestores de educação básica no Brasil, 8 entre cada 10 são mulheres.
“Hoje, temos um aumento significativo da presença feminina no meio educacional em todos os segmentos, o que torna esse ambiente mais plural e representativo. Inclusive, na redação do Enem do ano passado, foi abordado um tema voltado para mulheres, quando também recebemos com alegria a Nota 1000 de uma de nossas alunas, marcando o Colégio Leonardo da Vinci pela qualidade de ensino, e sem dúvida, a vida da estudante. À medida que nós, mulheres, nos tornamos agentes de mudança, promovemos justiça social e igualdade de oportunidade para todos”, finaliza Adriana.
