18/12/2023 às 20h36min - Atualizada em 19/12/2023 às 00h03min

Como abordar temas relacionados a conflitos e guerras com crianças e adolescentes

O impacto das notícias sobre o conflito Israel-Hamas permeia os lares e salas de aula, tornando-se uma oportunidade para promover a compreensão e o diálogo com crianças e adolescentes. Neste artigo, especialistas da Geekie compartilham orientações valiosas sobre como abordar esse tema sensível de maneira educativa e construtiva

Ana Carolina Esmeraldo
Divulgação / FACES Comunicação


À medida que o conflito Israel-Hamas continua a impactar nosso cenário global, surge a necessidade urgente de abordar esse tema complexo nas salas de aula e em casa. A Geekie, reconhecida por seu compromisso com a educação de qualidade, oferece diretrizes práticas para capacitar pais, responsáveis e professores na tarefa crucial de explicar esse assunto sensível a crianças e adolescentes, pois compreende o papel da educação na formação de cidadãos conscientes e críticos, capazes de entender o mundo que os cerca. 

A seguir os especialistas Jaques Leone, Designer Pedagógico da Geekie e Mestre em História, e Stefan Valim Menke, Coordenador Editorial de Ciências Humanas e Geógrafo, compartilham suas perspectivas quanto ao papel da educação na formação de cidadãos e explicam como abordar o tema especialmente com alunos dos Ensinos Fundamental e Médio.

  • Fontes seguras e combate à desinformação:

Os especialistas enfatizam a importância de recorrer a fontes seguras ao explicar o conflito a crianças e adolescentes. O uso de informações confiáveis não apenas garante uma base factual sólida, mas também é fundamental na luta contra a "infodemia", caracterizada pelo excesso de informações, muitas vezes imprecisas, nas redes sociais. O Coordenador Editorial de Ciências Humanas e Geógrafo da Geekie, Stefan Valim Menke, sugere que “quanto mais fontes confiáveis de diferentes linhas de pensamento e visão de mundo forem lidas, maior o aprofundamento conceitual, maior é o desenvolvimento de pensamento crítico e, consequentemente, melhor é o ganho de proficiência para responder questões e argumentar a favor ou em contraponto a uma dada situação-problema”. Ao promover o acesso a fontes confiáveis, pais, responsáveis e professores contribuem para que os estudantes desenvolvam o pensamento crítico, capacitando-os a discernir entre informações de qualidade e notícias falsas. 

  • Práticas ativas:

Na escola, antes de iniciar a explicação, os especialistas recomendam a identificação do conhecimento prévio dos estudantes sobre o assunto. Utilizar práticas ativas, como rotinas de pensamento, por exemplo, é uma abordagem pedagógica eficaz. E a compreensão das referências dos estudantes não apenas personaliza a aprendizagem, mas também permite a correção de desinformações e a adaptação da abordagem pedagógica de acordo com as diferentes perspectivas e níveis de conhecimento na sala de aula.

  • Material atualizado e educação hiperatualizada:

Os especialistas destacam a importância de utilizar materiais atualizados, especialmente em contextos de conflitos em evolução. Esses materiais não apenas garantem precisão, mas também tornam o conteúdo mais relevante e envolvente para os estudantes. O Designer Pedagógico da Geekie, Jaques Leone, destaca que os conteúdos do Geekie One são revistos constantemente e são atualizados de forma a manter os alunos informados sobre os desenvolvimentos mais recentes em variados temas, como os conflitos internacionais. “Em se tratando de um contexto de guerra em curso, novos eventos ocorrem diariamente, novas declarações e estratégias de paz articuladas. Portanto, é crucial ter acesso a materiais hiperatualizados. E os estudantes são mais propensos a se envolver e se interessar por um tópico quando percebem sua relevância no contexto atual”, afirma.

  • Linguagem adequada e adaptação à idade:

Ao explicar o conflito, os especialistas ressaltam a importância de empregar uma linguagem adequada à faixa etária das crianças e jovens. A simplificação da linguagem, a contextualização do tema em relação ao mundo dos estudantes e a imparcialidade na apresentação das informações são aspectos essenciais. O objetivo é fornecer um entendimento básico, promover o pensamento crítico e manter o respeito pela idade e maturidade dos alunos.

  • Recursos visuais e sensibilidade:

O uso de recursos visuais, como mapas e infográficos, é recomendado para tornar o tema mais compreensível. No entanto, os especialistas aconselham evitar o uso de imagens chocantes dos conflitos. Ao escolher recursos visuais apropriados, os educadores conseguem promover uma aprendizagem eficaz sem expor as crianças e adolescentes a imagens perturbadoras. “Por exemplo, uma forma que utilizava para explicar as tensões nos conflitos armados e as regras de engajamento em uma guerra era por meio do tabuleiro de xadrez. Eu tratava, primeiramente, as regras do jogo; depois, o papel de cada peça e sua analogia com o Estado Moderno, e; por último, trabalhava a noção de que no xadrez um rei não mata um rei. O objetivo do xadrez é justamente tirar a liberdade de ação do seu oponente e não simplesmente matá-lo (regras de engajamento)”, explica o Coordenador Stefan Valim Menke.

Ao seguir essas orientações, pais, responsáveis e professores podem desempenhar um papel fundamental na formação de filhos e alunos conscientes, críticos e informados sobre questões globais complexas.

Sobre a Geekie

Fundada em 2011, a Geekie é uma empresa de educação referência em inovação e pioneirismo no uso da tecnologia com intencionalidade pedagógica que trabalha incansavelmente com seu time de educadores engajados em contribuir com a transformação que a educação do Brasil tanto precisa. Com foco no Ensino Básico, a companhia já alcançou mais de cinco mil escolas públicas e privadas de todo o país, impactando cerca de 12 milhões de estudantes. Para mais informações, acesse o site www.geekie.com.br.


Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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