07/12/2023 às 15h01min - Atualizada em 08/12/2023 às 00h03min

Estudantes da rede estadual de Goiás desenvolvem aplicativo educativo sobre mobilidade urbana

Alunos do Centro de Ensino em Período Integral José Pereira de Faria foram os primeiros colocados, dentre 64 escolas participantes, no Hackathon Low Code, desafio de programação local da Campus Party Brasil 2023 

Amotara Agência de Notícias
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RESUMO: 
- Estudantes de Ensino Médio Integral em Goiás conquistam 1º lugar no Hackathon Low Code, desafio de programação da Campus Party Brasil 2023 
- Alunos do Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) José Pereira de Faria desenvolveram aplicativo sobre mobilidade urbana e conquistaram prêmio, frente às 64 escolas participantes 
- Jovens goianos criam projeto de programação educativa para ensinar a população sobre tecnologia, enquanto utilizam transportes públicos 

Estudantes protagonistas do Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) José Pereira de Faria, escola de Ensino Médio Integral em Itapuranga (GO), desenvolveram um projeto de programação sobre mobilidade urbana e conquistaram, dentre mais de 60 escolas, o primeiro lugar do Hackaton Low Code de 2023. Juntos, os participantes criaram um aplicativo direcionado às pessoas que passam longos períodos em transportes públicos com foco em promover o ensino de conceitos básicos sobre tecnologia e inovação à comunidade.  

A proposta, como explica o professor de Matemática, João Pedro Marques, era relacionar a educação e a mobilidade urbana. "Desse modo, os alunos pensaram em um aplicativo que pudesse fazer uma parceria com empresas de transporte público, como ônibus e coletivos. A ideia é ensinar a programação de algumas linguagens e também a questão da lógica computacional", comenta. 

Protagonismo juvenil  

Segundo a gestora escolar, Valceni Lima, o protagonismo dos estudantes contribuiu 100% para o sucesso do projeto, que contou com a supervisão dos professores-orientadores. "A autonomia dos nossos discentes foi fundamental para o desenvolvimento das atividades durante a elaboração e apresentação. Foram eles que criaram todo o protótipo, apoiados pelos pilares do Ensino Médio Integral, como tutoria, aprendizado na prática, orientação de estudos e projeto de vida", reforça. 

Uma das alunas envolvidas na competição, Maria Luísa Ferreira, de 15 anos, conta como foi o processo de criação do trabalho. "Reparamos que havia um grande déficit de trabalhadores capacitados na área da tecnologia e que grande parte da população passava muito tempo em utilitários públicos. Assim, projetamos um app que funcionaria como uma espécie de jogo, onde a pessoa poderia jogar e aprender sobre a tecnologia, passando de fases e entrando em rankings e competições que geram bônus, estimulando a continuidade do usuário no game de aprendizado", disse Maria. 

Além de Maria, participaram do projeto outros dois alunos, Ana Carolina Teixeira e Matheus Nogueira, ambos de 15 anos. Todos os três estudantes participantes ganharam bolsas de Iniciação Cientifica com as quais serão desenvolvidas as próximas etapas do projeto. 

Sonhos no Ensino Médio Integral 

A premiação é resultado do estímulo à tecnologia já oferecido pelas escolas de Ensino Médio Integral, modelo que promove experiências extracurriculares diversificadas, aliadas a componentes curriculares tradicionais da BNCC - Base Nacional Comum Curricular.  
 

"O Ensino Médio Integral nos apresenta a necessidade de sonhar e como realizar o sonho. Antes, eu tinha o sonho, mas não corria atrás dele. Eu agia como se ele fosse se realizar sem nenhum tipo de esforço da minha parte, mas a escola e todos as propostas pedagógicas dela me mostraram como ser protagonista da minha própria história", finaliza Maria Luísa.  

Próximos passos 

Conforme comenta o professor João Pedro, a escola pretende dar continuidade ao projeto, incentivando os jovens a aprimorarem o aplicativo e colocarem o projeto em prática. "Nesse momento, estamos com uma eletiva sobre inovação e tecnologia, e ano que vem devemos iniciar novos projetos de iniciação científica com os alunos", conta.  

Tempo Integral 

A ampliação da carga horária nos Centros de Ensino em Período Integral (CEPI) teve início em 2016. Atualmente, essa política envolve cerca de 186 escolas para mais de 36 mil alunos em Goiás.  

O Ensino Médio em Tempo Integral é uma proposta pedagógica multidimensional, moderna, nacional, pública e gratuita. A partir de um modelo de ensino que se conecta à realidade dos jovens e ao desenvolvimento de suas competências cognitivas e socioemocionais, propõe a formação integral dos estudantes. Trabalha pilares como projeto de vida, aprendizado na prática, tutoria, protagonismo juvenil, acolhimento, orientação de estudos e eletivas, que promovem a formação completa do estudante, junto aos componentes curriculares já previstos na BNCC. Está presente em cerca de 6 mil escolas em todo o país, beneficiando mais de 1 milhão de estudantes. 


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