17/11/2023 às 14h56min - Atualizada em 18/11/2023 às 00h06min

Jotadablio lança “Toda Forma de Adeus”, uma jornada de despedidas

Primeiro álbum do artista fluminense solidifica sua trajetória musical

Daniel Corrêa
Ernesto Carriço

“Toda Forma de Adeus” é um álbum contraditório: celebra as despedidas, ao mesmo tempo que introduz um novo nome no cenário musical brasileiro. Jotadablio é o projeto do jornalista, compositor e músico Jorge Wagner que agora ganha forma com o aguardado primeiro disco após uma sequência de singles ao longo dos últimos dois anos. 

Ouça “Toda Forma de Adeus”: https://onerpm.link/771310618066 

O disco serve como o primeiro capítulo em uma vivência musical já extensa. Nascido em Paracambi (RJ), Jorge organizou tributos de sucesso na internet na década passada: Raça Negra (“Jeito Felindie”, 2012) e Belchior (“Ainda Somos os Mesmos”, 2014), que reuniram, dentre outros, artistas como Letrux e Lucas Vasconcellos (então integrantes do duo Letuce), The Baggios e mais.

Agora explorando seu lado de compositor e intérprete, Jotadablio debuta já experiente. O álbum “Toda Forma de Adeus” mostra um repertório amadurecido por anos de composição despretensiosa. Musicalmente, Jotadablio busca influências na música alternativa americana, incluindo artistas como David Bazan e Bon Iver, mas também incorpora elementos da MPB dos anos 70 e bandas independentes como Transmissor e Harmada.

Em seu disco de estreia, Jotadablio convida a uma jornada através de composições que exploram temas de fins de ciclos, amadurecimento e mortalidade. “Mesmo de Longe” abre o disco e remonta a 2005, quando o artista a compôs como um exercício de escrita. Inspirado pelas letras de Beto Cupertino, da banda Violins, Jotadablio teceu uma balada de melodia envolvente, disfarçando declarações questionáveis do personagem em sua letra. A canção também faz referência a versos de Wilco, e o arranjo inclui uma sutil alusão a Sixpence None the Richer. “Livro na Estante” transporta para um mundo “country indie suburbano” repleto de memórias e reflexões.

“Estrelas Encobertas” confronta com a dualidade entre otimismo e pessimismo, uma composição que volta a maio de 2005, quando Jotadablio tinha apenas 21 anos. A faixa explora a esperança e a descrença, culminando em um arranjo que brinca com espaços vazios antes de crescer no refrão. “Cicatriz”, com participação especial de Vivian Benford (um dos destaques da cultuada coletânea “Jeito Felindie”), é uma promessa que nenhum sofrimento surpreenderá após as experiências vividas.

“Sobre Pertencer” e “Cartão de Embarque” continuam a narrativa do álbum, cada uma com suas nuances e referências, enquanto “Colecionando Rins” é uma colaboração que explora a ideia de tentar conquistar alguém sem se importar muito com o resultado.

“O que espero” é uma reflexão profunda sobre amadurecimento, frustrações e mortalidade. Composição mais recente do álbum, a letra foi moldada pela experiência de um infarto do  pai de Jotadablio e a estranha sensação de acompanhar a notícia de sua internação enquanto via as atualizações do parceiro de composição, André Lemos, com seu filho recém-nascido.

Por fim, “De volta, outra vez” canta os retornos e completa o ciclo narrativo. A faixa nos leva a uma jornada melódica e lírica, explorando a ideia de alguém voltando a um antigo relacionamento como um soldado que retorna para casa após a guerra.

Com uma grande bagagem de canções compostas nos últimos anos, o artista faz de “Toda Forma de Adeus” uma declaração de sua maturidade artística. O disco já está disponível em todas as principais plataformas de música. 


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