09/11/2023 às 10h18min - Atualizada em 09/11/2023 às 20h04min

Desafios e Perspectivas na Profissionalização dos Atletas de Esportes Radicais no Brasil

Stefan Santille, fundador da Ursofrango, compartilha insights sobre os obstáculos enfrentados pelos atletas de esportes radicais na busca pela profissionalização

Rodrigo Bauso
KR2 Comunicação
Ursofrango

Em uma entrevista esclarecedora, Stefan Santille, fundador da Ursofrango, aborda os obstáculos e caminhos para a profissionalização dos atletas de esportes radicais no Brasil. Os esportes radicais têm conquistado destaque global nos últimos anos, atraindo entusiastas de todas as idades. No entanto, no Brasil, a profissionalização nesse campo enfrenta desafios únicos. Santille compartilha percepções valiosas sobre esses desafios e as perspectivas de futuro.

Pergunta: Nos esportes radicais, a profissionalização dos atletas parece ser mais desafiadora em comparação com outros esportes. Na sua visão, por que isso acontece? Quais são os principais obstáculos que os atletas de esportes radicais enfrentam?

Stefan Santille: A falta de estruturas consolidadas e sistemas estabelecidos dificulta a criação de ligas formais e contratos de patrocínio consistentes. Além disso, a imprevisibilidade e a extrema natureza desses esportes podem afastar patrocinadores mais convencionais, tornando difícil para os atletas garantirem apoio financeiro constante. A infraestrutura limitada para treinamento e competições também é um obstáculo significativo.

Pergunta: A valorização dos atletas de esportes radicais muitas vezes parece estar abaixo do que vemos em esportes tradicionais. Qual é a sua análise sobre essa disparidade? Quais fatores contribuem para essa diferença?

Stefan Santille: Os esportes radicais, por sua natureza extrema e muitas vezes contraculturais, podem não ser tão amplamente aceitos e compreendidos. A falta de estruturas institucionais sólidas para os esportes radicais também contribui para a menor visibilidade. Os meios de comunicação tendem a dar mais destaque aos esportes com ligas consolidadas, deixando os radicais em segundo plano.

Pergunta: Muitas vezes, os esportes radicais são associados à adrenalina e ao entretenimento, mas talvez não sejam vistos como carreiras tradicionais. Quais fatores culturais, sociais ou econômicos você identifica como limitantes para o desenvolvimento de uma cultura de profissionalização em esportes radicais no Brasil?

Stefan Santille: Existem diversos fatores que limitam o desenvolvimento de uma cultura de profissionalização em esportes radicais no Brasil. Destaco a forte tradição em esportes mais convencionais, o que pode levar à visão dos radicais como atividades de lazer em vez de carreiras sérias. Além disso, a falta de infraestrutura especializada para treinamento e competições é uma barreira significativa.

Pergunta: Para melhorar a profissionalização dos atletas de esportes radicais no Brasil, quais mudanças você considera essenciais? Isso envolve mais apoio do governo, patrocinadores ou uma mudança na mentalidade da sociedade?

Stefan Santille: Destaco a necessidade de ações abrangentes para impulsionar a profissionalização dos atletas de esportes radicais no Brasil. O apoio do governo é crucial, tanto em investimento para infraestrutura quanto no reconhecimento oficial desses esportes como carreiras legítimas. Além disso, é de suma importância o envolvimento ativo de patrocinadores acompanhado de uma mudança na mentalidade da sociedade.

Pergunta: A Ursofrango é um exemplo de como a iniciativa privada pode contribuir para a profissionalização dos atletas de esportes radicais. Como você acredita que outras marcas e organizações podem se inspirar nesse modelo para promover uma mudança significativa?

Stefan Santille: Outras marcas e organizações podem se inspirar no modelo da Ursofrango ao ir além do simples patrocínio. É muito importante o investimento em parcerias mais profundas e envolventes que proporcionem oportunidades reais para os atletas. É necessário ter transparência e autenticidade, para comunicar claramente seu compromisso com os esportes radicais. Fica aqui meu encorajamento a outras marcas a seguir esse exemplo, demonstrando claramente seu apoio e contribuição para o desenvolvimento da comunidade.

Pergunta: Na sua opinião, quais são as perspectivas para o futuro da profissionalização dos atletas de esportes radicais no Brasil? Você acredita que estamos caminhando para uma maior valorização desses atletas?

Stefan Santille: Vejo um futuro promissor para a profissionalização dos atletas de esportes radicais no Brasil. Estamos vivenciando um crescente interesse e entusiasmo em torno dessas modalidades, tanto por parte dos praticantes quanto do público em geral. Acredito que estamos caminhando para uma maior valorização desses atletas e iniciativas como a Ursofrango impulsionam esse movimento.

Pergunta: Como a mídia e o público em geral impactam a profissionalização dos atletas de esportes radicais? Quais são as barreiras para uma maior visibilidade?

Stefan Santille: Ressalto a importância da relação entre a mídia, o público e a profissionalização dos atletas de esportes radicais. A mídia desempenha um papel significativo na criação de visibilidade e na construção de narrativas em torno desses esportes. A falta de compreensão e familiaridade é uma barreira inicial, além da tendência da mídia convencional de dar mais destaque aos esportes tradicionais. Nesse sentido, é muito importante que as redes sociais e plataformas online entendam seu papel como catalisadoras da visibilidade dos atletas de esportes radicais.

Stefan Santille, fundador da Ursofrango, traz à tona os desafios e oportunidades que se delineiam para a profissionalização dos atletas de esportes radicais no Brasil. Suas palavras enfatizam a imperiosa necessidade de um apoio amplo, com a participação ativa do governo, patrocinadores e uma mudança na perspectiva da sociedade. Com o alinhamento correto de apoio e conscientização, o futuro dos esportes radicais no Brasil se apresenta com um horizonte ainda mais promissor.


 

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