23/09/2023 às 13h13min - Atualizada em 26/09/2023 às 00h09min

Búzios vive a expectativa de promover "clima olímpico" para nova geração da vela nacional

Mundial da Juventude voltará a ser disputado na cidade fluminense, entre os dias 8 e 16 de dezembro

Flavio Perez Guimarães
Fred Hoffmann

A dois meses do início do Mundial da Juventude de Vela, a cidade de Búzios (RJ), no litoral norte fluminense, vive a expectativa de sediar mais uma edição histórica do evento. A competição, organizada pela Confederação de Vela – CBVela em parceria com a World Sailing, será realizada entre os dias 8 e 16 de dezembro, e servirá como uma experiência em "cima olímpico" para os participantes.

O Mundial da Juventude é encarado no universo da vela como uma espécie de edição de Jogos Olímpicos da modalidade. Serão 11 classes, incluindo ILCA 6, 420, 29er, Nacra 15, Hobie Cat 16, Fórmula Kite e iQFoil, com cinco sedes em Búzios. 

As regatas do Mundial da Juventude devem reunir mais de 900 pessoas de todo o mundo, incluindo atletas, treinadores, torcedores, entre outros. A competição é anual e a edição de 2023 será a 52ª edição da história. 

"Cada classe manda apenas um atleta por país. Os velejadores, acima de tudo, defendem a nação e depois a si. Quando falamos do Mundial da Juventude, costumamos dizer que os atletas conhecem o espírito olímpico, a experiência olímpica. A diferença é que todos os países são bem-vindos e podem inscrever atletas, diferentemente das Olimpíadas, em que há seletivas", comentou o português Pedro Rodrigues, gerente de eventos da World Sailing.

O dirigente liderou uma visita técnica à cidade fluminense em junho, quando aconteceu a Búzios Sailing Week. O evento, organizado pela CBVela, foi considerado um sucesso e serviu como evento-teste para o Mundial da Juventude. 

"Há um estudo muito fácil de fazer de que os grandes velejadores olímpicos participaram do Mundial da Juventude. É um processo natural. O nível e a competição são de alto nível. É um 'miniolimpíada'. A ideia é esta", avaliou Pedro. 

A edição de 2024 do Mundial da Juventude já tem palco definido: o Largo di Garda, na Itália, em julho do ano que vem.

Histórico do Brasil

O evento para velejadores de até 18 anos terá Búzios como sede pela segunda vez. Em 2009, o Mundial da Juventude foi marcado pela primeira conquista internacional das bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze, que ficaram com o ouro na classe 420. 

O Brasil soma ao todo 16 medalhas na história da competição. A primeira medalha foi obtida por Robert Scheidt na classe Laser em Largs, na Escócia, em 1991. 

Depois de 14 anos, o Mundial da Juventude dobrou de tamanho e ganhou novas classes, se aproximando do calendário olímpico e igualando meninos e meninas em número de participação.  

Vela Jovem

A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto com ao Ministério da Cidadania para a vela jovem pelo Convênio 920223/2022.

O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ). 

O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

Mundial da Juventude 2022

A Equipe Brasileira de Vela encerrou o Mundial da Juventude 2022 de Haia, na Holanda, entre as 10 melhores nações do evento. O melhor resultado foi o sétimo lugar de Joana Gonçalves e Luísa Madureira na 420. Todos os resultados de 2022 aqui.

O Mundial da Juventude foi realizado pela primeira vez na Suécia em 1971 e é um dos principais eventos da World Sailing para ajudar a promover a participação dos jovens em provas de alto nível. 

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

 


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