19/09/2023 às 11h58min - Atualizada em 20/09/2023 às 00h03min

Projeto gratuito estimula o desenvolvimento saudável e a autonomia de crianças com síndrome de Down

 Dia 21 de setembro é o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência

Cristiane Miranda
Divulgação/Arquivo Pessoal

Baseado na preconcepção limitante de que as pessoas com deficiência são incapazes de realizar tarefas, o capacitismo subestima suas competências, promove a exclusão social, e pode se manifestar sob a forma de superproteção e piedade. Datas como o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, comemorado nesta quinta-feira (21), e iniciativas público e privada são indispensáveis para combater a discriminação e conscientizar sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência.

Um desses exemplos vem do projeto gratuito “Somos 21”, desenvolvido pela Estácio Belo Horizonte, que oferece um atendimento multidisciplinar a recém-nascidos e crianças de até cinco anos na clínica escola do campus Floresta. “O Somos 21 envolve docentes e alunos de Enfermagem e Fisioterapia, com apoio dos cursos de Direito, Nutrição, Odontologia e Psicologia, e oferece serviços de orientação relacionados aos cuidados, desenvolvimentos físico e cognitivo, alimentação, aprendizagem, atendimento jurídico sobre os direitos legais, entre outros. Nosso trabalho consiste em auxiliar no tratamento e reabilitação dos assistidos, com a principal missão de acolher, orientar e conscientizar as famílias do seu papel nessa trajetória, mostrando que seus filhos são capazes e podem ter autonomia no decorrer do seu desenvolvimento”, explica Rosiane Almeida, professora de Enfermagem da Estácio BH e idealizadora do Somos 21.

A docente acrescenta que a atenção e o cuidado prestados desde o nascimento da criança com síndrome de Down promovem ganhos importantes para uma formação saudável, ativa e capacitada, atingindo seus marcos de desenvolvimento. “E os estímulos devem continuar em casa, pois também fortalecem os laços afetivos”, reforça.

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, cerca de 300 mil brasileiros têm trissomia do cromossomo 21 e precisam lidar diariamente com o capacistismo e o preconceito social. “A síndrome de Down é uma condição genética, e não uma doença, caracterizada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Ela não incapacita os indivíduos, pelo contrário, eles podem e devem ser inseridos em todos os âmbitos da sociedade”, frisa Rosiane Almeida.

A falta de acesso a uma equipe multidisciplinar habilitada para orientar pais ou responsáveis e atender pessoas com síndrome de Down, pode favorecer o isolamento social e afetar o desenvolvimento do seu potencial.

Amor de mãe

Rosiane Almeida conta que a ideia do Somos 21 surgiu após o nascimento do seu filho Theo, ao perceber a carência de profissionais capacitados. “Aos três meses de vida, Theo começou a fazer terapias, e em muitos momentos me vi levando informação para algum profissional e para mães e pais que aguardavam seus filhos na sala de espera. Entendi que era preciso difundir informações, mas, principalmente, preparar os profissionais. Atualmente, as vagas para o Somos 21 estão preenchidas, 82 crianças são assistidas, mas à medida que mais profissionais da saúde se interessarem em contribuir com o projeto de forma voluntária, mais crianças poderão ser atendidas”, expressa.

 


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