17/07/2023 às 08h24min - Atualizada em 17/07/2023 às 20h06min

17 de julho é o dia de proteção às florestas

Saiba como o mercado de carbono pode contribuir na preservação

Alexandre Lenzi
Primeira Via Comunicação Integrada
Alexandre Lenzi

O dia 17 de julho é celebrado como o dia de proteção às florestas, um trabalho que ganha cada vez mais urgência e conta com mais envolvidos. No Brasil, diante da imensidão de sua biodiversidade, um setor tem despontado como um dos protagonistas no processo de  preservação das florestas: o mercado de carbono. 

A climate tech brCarbon é uma das empresas brasileiras atuantes na área. Fundada em novembro de 2020 e com sede em Piracicaba (SP), a empresa promove soluções baseadas na natureza com recursos financeiros do mercado de carbono para o enfrentamento às mudanças climáticas e melhoria da qualidade de vida de comunidades tradicionais, ao mesmo tempo que traz retorno financeiro aos produtores rurais.

A brCarbon utiliza estratégias e tecnologias inovadoras no desenvolvimento de projetos de carbono para viabilizar e monetizar ações de conservação florestal (REDD+), restauração ecológica (ARR) e agropecuária sustentável (ALM), além de prevenção e combate a incêndios florestais e queimadas. Entre as tecnologias diferenciadas, está o uso de um drone equipado com um sensor LiDAR (do inglês Light Detection and Ranging), que traz agilidade ao processo de mensuração florestal, permitindo a cobertura de uma área muito maior em menos tempo, com mais acurácia e transparência.

"A brCarbon é responsável pela execução completa do projeto, desde a análise de viabilidade até a venda dos créditos, assumindo todos os custos envolvidos. O proprietário rural não tem qualquer despesa. Ele precisa apenas permitir que as atividades do projeto sejam implementadas em sua propriedade e se comprometer a contribuir para o projeto pelo período de 30 anos, seja na preservação da floresta, no plantio de espécies ou na adoção de boas práticas agropecuárias", explica o CEO e um dos fundadores da brCarbon, o engenheiro ambiental Bruno Matta. 

Todos os projetos são registrados na plataforma Verra, seguindo os padrões VCS (Verified Carbon Standard) e CCB (Climate, Community & Biodiversity Standard), e auditados anualmente por um órgão verificador de terceira parte. Apenas o projeto agrupado Brazilian Amazon abrange uma área de 30 mil hectares de floresta amazônica preservados nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Mato Grosso, e monitora cerca de 800 espécies de animais. O projeto é na área de REDD+, projetos de carbono para viabilizar e monetizar ações de conservação florestal. Somado aos outros projetos REDD+ em andamento ou desenvolvimento, a área total de preservação é de 58,1 mil hectares.

  Hoje, a brCarbon está presente em nove estados e conta com 47 funcionários, entre engenheiros florestais, ambientais e agrônomos; biólogos; cientistas sociais e naturais; geógrafos; psicólogos, e administradores. A empresa integra o portfólio da AMAZ aceleradora de impacto e conta com uma diretoria técnica com 15 anos de experiência no mercado voluntário de carbono.

 

Como funciona o mercado de carbono

Um crédito de carbono consiste em uma unidade transacionável e rastreável que atesta a redução de emissão de Gases de Efeito Estufa devido a implantação de uma atividade relacionada ao projeto de carbono, evidenciado o impacto ambiental da atividade anualmente em função da emissão evitada de 1 tonelada de dióxido de carbono equivalente (CO2e). No Brasil, por enquanto, existem projetos registrados no mercado voluntário. Ou seja, internamente não existe uma exigência legal para que as empresas compensem as suas emissões de Gases de Efeito Estufa por meio da compra de créditos de carbono para compensar os impactos negativos de suas atividades sobre o meio ambiente. "Mas as empresas que estão em busca de atender aspectos de compliance relacionados ao ESG aderem, seja por consciência ou por pressão de investidores e de seus consumidores. Ou mesmo na expectativa de se antecipar à regulamentação do mercado, o que já ocorre em diversos países", acrescenta o diretor da brCarbon, o engenheiro florestal Diego Serrano.


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