05/07/2023 às 15h05min - Atualizada em 06/07/2023 às 00h05min

Cecil lança livro sobre seus 60 anos de história

Celebração aconteceu no Teatro Municipal de Itapevi e contou com participação de familiares do fundador, apresentação teatral da APAE e concerto de cordas

SALA DA NOTÍCIA Compliance Comunicação
Cecil
Divulgação
A celebração de 60 anos de fundação da Cecil Laminação de Metais chama a atenção não só pela sua trajetória de sucesso, mas pela forma como foi festejada. Poderia ter sido em um bufê privado ou mesmo dentro das dependências da empresa com a participação de convidados e funcionários. Mas, pelo contrário, aconteceu no Teatro Municipal de Itapevi, município da Grande São Paulo onde a fábrica está instalada. E o motivo é simples: a Cecil não é apenas o legado deixado pelo imigrante italiano Miguel Langone aos seus familiares. É um legado para o município, trabalhadores da cidade e para o Brasil.

Não por acaso, a comemoração ocorreu simultaneamente ao lançamento do livro intitulado “Inspirada por desafios e movida por pessoas – Cecil: 60 anos”, na noite da última sexta-feira, 16 de junho. A obra conta a história da empresa desde sua fundação, desafios superados até os dias atuais, quando a empresa não só investe em tecnologia e pesquisa como também guia sua gestão para os conceitos ESG (Ambiental, Social e Governança), em alinhamento às preocupações mundiais com a sustentabilidade.

“Esse evento foi um marco para nós porque não se tratou apenas de comemorar o aniversário da empresa. Ele contou a nossa trajetória, que começou quando meu avô veio para o Brasil. E tem a importância de mostrar que ninguém faz nada, ninguém chega a lugar algum sem o apoio das pessoas. Por isso nós sempre valorizamos aqueles que trabalharam e trabalham conosco porque eles fazem parte de tudo o que foi construído. O nosso verdadeiro legado é o quanto conseguimos transformar a vida das pessoas e as nossas próprias vidas”, disse emocionada a presidente do Grupo Cecil, Maria Antonietta Cervetto.

A festa

O evento começou com um coquetel aos convidados no saguão do Teatro Municipal de Itapevi. Na sequência, foi apresentado um vídeo em homenagem aos 60 anos da empresa, seguido de uma cativante apresentação teatral de crianças da APAE (Associação de Pais e Amigos do Excepcionais). No final do evento, o livro foi vendido aos convidados que quiseram adquirir a publicação. O preço era definido pelo próprio comprador e a renda obtida foi doada ao projeto Ação do Coração, da Associação Eduardo Furkini, e para Fundo de Cultura de Itapevi, que possui vários projetos para os jovens da região. 

Depois das crianças, os convidados tiveram a oportunidade de assistir a um concerto da Família de Cordas, formada por cinco jovens músicos que arrancaram aplausos do público presente. Na sequência o ator e contador de histórias Alexandre Camilo, de forma humorada, contou a história da Cecil interagindo com o público. O ápice foi a entrada da família no palco sob o comando da CEO Maria Antonietta. Cada um deles fez uma homenagem particular ao fundador do Grupo, Miguel Langone, e da matriarca Maria Antonietta, mãe da atual presidente do grupo. 

Os fundadores

Miguel Langone migrou para o Brasil em 1908. Com a Itália passando por dificuldades econômicas, o então jovem de 16 anos vendeu as terras da família em Sasso di Castalda, nos arredores de Basilicata e viajou com destino à Argentina. Mas quando o navio fez uma parada no porto de Santos, cansado da viagem e das condições precárias da embarcação, Langone não quis seguir para o destino planejado e ficou no Brasil. 
Resolveu morar em São Paulo, onde tinha uma irmã, o que de fato contribuiu bastante para ele se adaptar ao novo país. Artista por natureza, trabalhou em uma marcenaria artística e depois em uma gráfica onde cuidava dos desenhos e decoração das embalagens de produtos diversos, como caixas de charutos e maços de cigarros. E ainda se iniciou na arte de criar efígies para medalhas religiosas e comemorativas. Foi quando resolveu voar mais alto.

Em 1920, em sociedade com o irmão Vicente, fundou a Metalúrgica Artística Reunidas para fabricar medalhas religiosas em grande escala, um negócio completamente novo no Brasil. Os negócios prosperavam e, além dos temas religiosos, a metalúrgica passou a criar medalhas relacionadas com datas comemorativas e acontecimentos importantes, como a Revolução de 1932. Nos anos 1930, aliás, sua fábrica começou a fornecer com exclusividade, botões para as fardas dos soldados das Forças Armadas, o que ajudou a empresa a se firmar de vez. 
Visionário, Miguel Langone percebeu que não daria para manter a fábrica como produtora apenas de botões e medalhas. Em 1940, comprou um terreno de 10 mil m² e instalou a Laminação de Metais Langone, em sociedade com o irmão Vicente. O foco era a fundição e laminação de latão para abastecer uma demanda crescente. A decisão, décadas depois, apesar de muitos percalços, demonstrou-se certeira. Não por acaso a empresa segue até os dias atuais firme e preparada para as exigências do futuro.

Nada disso teria acontecido, porém, sem a contribuição de outra figura importante: Giovanni Cervetto. Engenheiro e genro de Langoni, ele fundou a Cervetto Engenharia Comércio e Importação e, posteriormente, foi o responsável pela fusão das duas empresas, que resultou no nascimento da Cecil S/A Laminação de Metais. Com ele, o negócio foi novamente alavancado. 

Atualmente, o Grupo Cecil conta com mais de 400 colaboradores e capacidade de processamento de mais de 100 mil toneladas/ano, ou o equivalente ao cobre utilizado na fabricação de 5 milhões de carros. Entre os itens fabricados, estão os laminados – chapas, rolos, tiras e discos; e os trefilados — arames, barras de latão e cobre, perfis, fios e vergalhões de cobre e granalhas. A Cecil A Cecil é a empresa mais antiga que deu origem ao grupo, composto também pelas empresas Elfer, Linea, Veel Trade e Abluo.
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