22/06/2023 às 09h25min - Atualizada em 26/06/2023 às 12h14min

Reflexão histórica e dicas de leitura para quem quer aprender mais sobre racismo

Alan Jefferson Lima de Moraes, coordenador do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, avalia que um ponto de partida primordial para a desconstrução do racismo estrutural é conhecer a história e entender a formação social do Brasil

SALA DA NOTÍCIA Deiwerson Damasceno
Divulgação

Reflexões e debates sobre o tema são não apenas bem-vindos como essenciais em nosso contexto atual e histórico. Disseminar informações (jurídicas e sociais) funcionam como um mecanismo de implementação de estratégias e técnicas de combate ao racismo e desenvolvimento social, é o que analisa Alan Jefferson Lima de Moraes, coordenador do curso de Direito da Faculdade Anhanguera,

O especialista ressalta que a luta para o combate ao racismo está atrelada às conversas e reflexões que são geradas pelos indivíduos de uma sociedade. "A cultura de um povo é feita também de forma oral, isto é, as relações sociais impactam diretamente nas ações que são realizadas uns com os outros. A partir dessa ideia, é possível gerar inquietações e uma transformação de posturas e comportamentos. Precisamos nos informar e discutir com o intuito de aprender”, sugere. 

Diante desse contexto, Alan reforça a importância da compreensão de o que é a miscigenação étnica no Brasil,. que se trata, historicamente, da composição e a formação da sociedade brasileira que são resultadas de diversas variáveis que estão situadas no cerne da colonização brasileira.

“Entre tais vieses, temos o fenômeno da imigração, a escravidão e a própria dinâmica do capitalismo e suas diversas multifaces. Além disso, o “mito da democracia racial”, aliado as teorias do branqueamento social, tiveram uma marcante influência no imaginário da identificação racial brasileira. Dessa forma, somos um povo que possui em sua formação traços de outros povos do mundo. A partir dessa reflexão, podemos juntos superar os obstáculos das mazelas no racismo enquanto fenômeno social e entender essa estrutura”, analisa. 

Para Alan Jefferson Lima de Moraes, um ponto de partida primordial para a desconstrução do racismo estrutural é, portanto, conhecer esse processo histórico e entender a formação social do Brasil. 

“Reconhecer a existência do racismo já é um grande passo para a maturidade de uma consciência de raça. Muitas pessoas negam o racismo. O racismo possui multifaces e sua invisibilidade constitui uma forma nefasta dessa mazela. Dessa forma, é necessário a implementação de educação antirracista, de modo que as pessoas compreendam que isso fez e ainda faz parte de nossas relações sociais. Endosso: trazer o debate à tona e gerar conversar recorrentes sobre racismo e história, provoca essa conscientização. Todos podem se interessar na temática, afinal, nunca é tarde para aprender”, reforça.  

Por fim, o especialista dá cinco dicas de leitura para quem quer aprender mais sobre miscigenação étnica no Brasil e racismo. Confira:

  • O Pequeno Manual Antirracista, de Djamila Ribeiro
  • Racismo Estrutural, de Sílvio de Almeida
  • Mulheres, Raça e Classe, de Angela Davis
  • Racismo Linguístico, de Gabriel Nascimento 
  • O Significado do Protesto Negro, de Florestan Fernandes

Me. Alan Jefferson Lima de Moraes: Possui mestrado em Políticas Públicas e graduação em Direito, com inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Possui Pós-graduação Lato Sensu em Direito Administrativo, Direito Penal e Processo Penal e Direito Imobiliário Aplicado. Atualmente é professor e coordenador pedagógico do curso de direito da Faculdade Anhanguera - São Luís – MA. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Constitucional, atuando principalmente nos seguintes temas: direito do consumidor, ações afirmativas, políticas públicas, ordenamento jurídico e desigualdades sociais. 

Sobre a Anhanguera

Fundada em 1994, a Anhanguera faz parte da vida de milhares de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho, em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância. Em 2023, passou a ser a principal marca de ensino superior da Cogna Educação, com o processo de unificação das instituições, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno.

A instituição ampliou seu portfólio, disponibilizando novas opções para cursos Livres; preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos.

Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 112 unidades próprias e 1.398 polos em todo o país. A instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais.

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