De acordo com uma pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 7 em cada 10 jovens de até 15 anos no Brasil não distinguem fatos de opiniões. Essa falta de habilidade e educação midiática pode ser um instrumento perigoso quando o assunto é desinformação e propagação de discursos de ódio, por exemplo. Para a psicóloga do Marista Escola Social Ecológica,Bianca Ferreira de Larangeira, as notícias falsas podem ser tão atrativas justamente porque não retratam a realidade. “Seja uma solução fácil para uma doença, ou uma explicação mirabolante para uma questão, as fake news extrapolam a realidade e unem pessoas em torno de uma causa comum”, explica.
Para combater esse quadro, o caminho mais certeiro é a educação e a informação, afirma a coordenadora do Ensino Fundamental Anos Finais do Colégio Marista Paranaense, Claudia Martins de Souza. “Depois da alfabetização tradicional, é essencial investir também na alfabetização digital. Ou seja, usar a internet de forma responsável, com discernimento, senso crítico e respeito para que o ambiente online seja civilizado e construtivo”, analisa. Para trabalhar essa habilidade, o projeto “Fake ou News?” estimula estudantes do 8o ano do Ensino Fundamental a analisar e debater diferentes materiais durante as aulas do componente curricular Conexão XXI.
Durante o ano, os alunos se familiarizam com a linguagem científica e tecnológica e pesquisam temas de seu interesse para se aprofundar. O professor atua como mediador, orientando a aplicação do método científico e elaboração de hipóteses e resolução de problemas. Em meio a discussões e pesquisas, os adolescentes aprendem a defender ideias e pontos de vista, assim como negociar respeitosamente e aceitar opiniões diferentes da sua.
Como identificar se uma notícia é verdadeira ou falsa?
impressas e os links que foram citados ao longo do texto. Se uma notícia não tiver referências, desconfie.
sociais, redobre suas suspeitas. Seu colega, familiar ou amigo costuma checar as informações antes de compartilhar? Caso contrário, confira a veracidade e avise as pessoas envolvidas na conversa se desconfiar de algo.
bibliotecários, pesquisadores e outros profissionais podem ajudar. Eles podem ter conhecimentos prévios relacionados àquela informação que você busca identificar se é verdadeira ou não.