DivulgaçãoPara manter a floresta em pé e gerar créditos de carbono a brCarbon, uma climate tech brasileira que atua no mercado voluntário de carbono, conta com a parceria das comunidades e investe em um relacionamento no longo prazo. Isso significa que o envolvimento de todas as gerações de famílias que vivem em área florestal estão incluídas no processo que busca garantir a continuidade da preservação florestal.
Os projetos chamados REDD+ (sigla para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) funcionam gerando créditos de carbono a partir da conservação de vegetação nativa por meio de abordagens em propriedades privadas, a partir do não desmatamento permitido por lei do excedente de reserva legal. Estas iniciativas contam com a etapa de CLPI (Consentimento Livre Prévio Informado), na quala adesão ao projeto precisa ser consciente e atingir todas as gerações, por serem projetos com duração de 30 anos.
“O processo de CLPI é um processo longo, primeiro precisamos consultar os proprietários para saber se há ou não interesse na adesão, explicar como tudo funciona e como ele pode beneficiar as comunidades. Muitas vezes é preciso um trabalho educativo para que possamos estar no mesmo nível de entendimento e, dessa forma, garantir o consentimento”, explica Marcelo Rodrigues, coordenador da área Social.
Para auxiliar no processo de CLPI a equipe utiliza materiais pedagógicos, dinâmicas, vídeos, mapas participativos e processos dialógicos, que visam levar clareza e transparência para as comunidades. Segundo Rodrigues, o grande desafio do processo é justamente o de garantir a continuidade dessa parceria no longo prazo por meio do engajamento da comunidade com a construção do entendimento de cidadania e as contrapartidas que a empresa oferece para as comunidades, que vão além do lucro com o crédito de carbono gerado pela preservação. Por exemplo, ações como a instalação de internet, reforma e informatização de escolas, instalação de poços artesianos, campanhas de atendimento médico e odontológico, instalação de sistemas de energia solar, reformas de pontes e ramais, apoio cultural, entre outras.
Hoje, apenas com o projeto Brazilian Amazon, iniciativa que mantém 260 mil hectares de floresta amazônica no Acre, Amazonas, Pará e no Mato Grosso, a empresa já soma 70 famílias tradicionais ribeirinhas atendidas diretamente e outras 370 beneficiadas indiretamente – comunidades que vivem no entorno das áreas de projeto. Até 2025 esse número deve aumentar para 1.000 famílias. “Apesar da parceria, temos consciência de que somos visitas nesses locais e, para tudo o que fazemos, contamos com a cooperação dessas comunidades, sempre com transparência e envolvendo os órgãos reguladores e ambientais para participar desse processo importante”, acrescenta Rodrigues.
Após a etapa de CLPI concluída, as comunidades viram parceiras da brCarbon, que atua de forma horizontal, ouvindo e respeitando as demandas locais, trazendo benefícios reais e tendo as famílias como parceiras fundamentais para o desenvolvimento dos projetos. Ao receberem orientações, cursos e treinamentos, os moradores desenvolvem suas atividades de forma mais sustentável, sem derrubar a floresta, o que agrega valor para seus produtos e, com isso, gera mais renda.
A brCarbon
A brCarbon (BRC) é uma climate tech que promove soluções climáticas naturais com recursos financeiros do mercado de carbono para mitigar os efeitos das mudanças climáticas globais. Atua com estratégias e tecnologias inovadoras para viabilizar ações de conservação florestal, restauração ecológica e agropecuária e extrativismo sustentável, além de desenvolvimento das comunidades locais. Uma das frentes de trabalho é a geração de créditos de carbono para produtores rurais por meio da conservação de áreas florestais dentro de suas propriedades. Além do ganho ambiental e benefícios climáticos, a manutenção da floresta em pé do excedente da reserva obrigatória por lei é transformada em resultado financeiro para os proprietários. Fundada em novembro de 2020 e com sede em Piracicaba (SP), integra o portfólio da AMAZ aceleradora de impacto e conta com uma diretoria técnica com 15 anos de experiência no mercado voluntário de carbono.
